quarta-feira, 6 de abril de 2011

Boteco em novo endereço

Botequeiros e botequeiras (acreditem, elas estão por aí, mas são tímidas e recatadas demais pra aparecer).

Tenho um comunicado a fazer.

Vamos mudar de local. A decoração do novo ponto é quase a mesma. O endereço é que é mais fácil de divulgar.

A partir de agora estaremos no www.botecodoilgo.com.br.

De cara, aproveito para anunciar o lançamento da Kidiaba, linda por fora, gostosa por dentro.

Bem, este boteco também é de vocês. Apareçam.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Leandro: um novo caso Ronaldinho?

O empresário/procurador da nova revelação do Grêmio é Gilmar Veloz. Ele deu entrevistas hoje dizendo que não tem pressa em renovar e, assim, ampliar o tempo de contrato de Leandro, que hoje expira em abril de 2013.


São dois anos pela frente. Veloz diz que 'vai renovar no momento certo'. Garante que a ideia é manter o guri no Olímpico. Só falta proferir juras de amor ao Grêmio, imitando Assis e seu irmão.


Veloz já é dono de 27 por cento do passe do guri. Com certeza, se renovar mesmo, conforme está assegurando, vai levar mais um naco do filé. Não sei quanto irá sobrar para o Grêmio, mas se ao menos sobrar alguma coisa, quem sabe uns 50%, já será um bom negócio.


Afinal, RG e tantos outros sairam sem render nada aos cofres do clube.


Veloz é um empresário sério, e isso ajuda a explicar seu sucesso. Mas é um empresário, seu negócio é ganhar dinheiro.


Ele dizia que Pato ficaria no Beira-Rio. Pato saiu, mas o Inter ganhou uma boa grana.


Leandro também vai sair, não me iludo, e não deve demorar. O importante é que o Grêmio não fique de mãos abanando.


Agora, uma coisa eu não entendo: por que nenhum dirigente do Grêmio percebeu o enorme potencial desse guri e não se antecipou ao seu sucesso fazendo um contrato com prazo mais elástico?


Afinal, o que esse pessoal das categorias de base e os de cima está fazendo?


Modéstia à parte, eu vi o Leandro num jogo (está registrado aqui no boteco) e logo percebi que está diante de um projeto de craque.


Eu nunca tinha ouvido falar no Leandro, mas quem trabalha no Olímpico teria a obrigação de saber, ou ao menos desconfiar, de que havia ali um diamante a ser lapidado.


É por essas e outras que Gilmar Veloz - está aí um sujeito que enxerga os talentos - ganha tanto dinheiro.


Quem sabe ele não aceita trabalhar no Grêmio quando cansar de viajar e acumular fortuna?

domingo, 3 de abril de 2011

Leandro repete Taison

Leandro estoura no Gauchão e repete Taison. Hoje, marcou outra vez. Se não me engano, ele fez gol em todos os jogos que disputou desde que começou essa sequencia no time titular.


Resta esperar que Leandro não desabe na Libertadores, imitando o que houve com Taison no Brasileirão. Taison sentiu tanto a queda que custou a reerguer-se, mas quando emergiu das trevas o fez com tanto brilho que o Inter conquistou a Libertadores e ele logo foi negociado.


Torço para que Leandro se mantenha e cresça ainda mais, porque tem potencial para isso. E torço também para que continue no Olímpico pelo menos por mais uns dois anos. Leandro é o atacante que o Grêmio estava precisando para jogar ao lado do centroavante.


Hoje, o vice de futebol Vicente Martins disse que Leandro é o atacante que a torcida queria. E ele, dirigente de futebol do Grêmio, não queria? Estava satisfeito com Viçosa, Clementino, Carlos Alberto? Parece que estava, porque não moveu uma palha para encontrar um substituto de Jonas. E pelo jeito não está fazendo absolutamente nada para contratar mais um centroavante. Ou ele acha que pode ser campeão apenas com Borges, que já não é lá essas coisas?


Não adianta depois, com a eliminação anunciada na Libertadores, reclamar de arbitragem, do técnico, dos jogadores, do clima, da torcida, dos astros. A conquista de um lugar na Libertadores foi tão festejada, tão exaltada (como sempre aliás), que eu acreditei que a direção armaria uma equipe realmente capaz de brigar pelo título. Sei que André Lima vai voltar, mas em que condições? Não será tarde?


Se na Libertadores o time causa desconfiança e temores, no Gauchão vai bem, obrigado. Já garantiu a maior pontuação e, se houver outro vencedor do segundo turno, a finalíssima será no Olímpico. Já é uma boa vantagem.


O Inter tem todas as condições de ser campeão do returno. Ao menos no papel, teoricamente. Na prática, o time acumula atuações preocupantes. Vi parte do jogo contra um dos meus times, o Lajeadense, no estádio Florestal onde exibi meu talento nos distantes tempos de guri.


O Lajeadense é ruinzinho. O Inter conseguiu ser igual. E com todas as suas estrelas, estrelas que parece que só gostam de brilhar contra os castelhanos. Acho que o Lajeadense bateu demais. O juiz foi conivente. Tem sido assim neste Gauchão e em todos os anteriores. Já escrevi sobre a violência no futebol: os maiores responsáveis são os juizes. Eles custam a expulsar. Querem preservar o espetáculo, como canso de ouví-los dizer.


O fato é que o Inter está patinando demais no Gauchão. O Grêmio tem feito alguns jogos de boa qualidade, principalmente nos segundos tempos depois da fala do Renato. No Inter, Roth não consegue fazer o mesmo. Pelo contrário.


Para concluir, quero destacar outro nome na vitória por 2 a 1 sobre o Veranópolis: Pessali. O guri entrou, fez a jogada do pênalti. Espero que ele desencante e que tenha continuidade no time titular.


Já o Victor, como destacaram alguns botequeiros, está numa fase ruim. É a tal 'selecionite aguda'. A cura talvez passe por uns jogos sentado no banco de reservas. Mas ainda prefiro o Victor em má fase ao Marcelo Grohe, que até evoluiu muito, a vem da verdade, mas sigo apostando no titular.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Renato, as situações esdrúxulas e um ano sem CP

No final da tarde de hoje, na Band, um conhecido jornalista esportivo classificou de 'a coisa mais esdrúxula' que tinha visto no futebol gaúcho nos seus '15 anos de carreira' essa situação envolvendo a folga de Renato.

Com o tom de voz elevado, um tanto acima do normal, criticou Renato por ter pedido afastamento para jogar futevôlei 'em pleno campeonato gaúcho' e a direção por ter permitido.


Incluo essa manifestação no arquivo dedicado aqueles que não se conformam que o Grêmio (sua torcida ao menos, e é o que afinal importa) tenha essa relação de amizade, de cordialidade de tolerância com seu maior ídolo. Parece que isso incomoda, perturba, inquieta e, em alguns casos, causa revolta e inveja.


Se a questão é o afastamento em pleno Gauchão, como podemos classificar a decisão de uma diretoria e de sua comissão técnica de escalar um time C para disputar uma parte significativa do campeonato, o que resultou na sua eliminação prematura da primeira fase? Será que cabe a palavra esdrúxula para essa decisão? Acredito que sim.


Estou certo de que essa questão do futevôlei teria outro tratamento se o Grêmio tivesse perdido o primeiro turno.


Colegas do talentoso jornalista apressaram-se a lembrar de situações mais ridículas: a poltrona 36, por exemplo.


Mas aí fugimos um pouco da questão que interessa: a gestão do futebol. Nesse aspecto, nada pode ser comparado ao que fez a diretoria anterior do Grêmio ao esperar 40 dias por um treinador em meio à disputa de uma Libertadores. Por coincidência, Renato era apontado em todas as pesquisas feitas com a torcida gremista como um dos fortes candidatos a substituir Roth (toc-toc-toc).


Enfim, essa foi de longe a decisão mais esdrúxula e estapafúrdia que eu vi nos meus 32 anos de carreira como jornalista, a maior parte do tempo no futebol.


Estou convencido de que o colega, na ânsia de alfinetar Renato, não pensou muito sobre o assunto, ou foi traído pela memória. Ou, ainda, realmente acredita que dar folga a Renato foi mesmo uma decisão que causou enorme prejuízo à instituição. É uma questão de valores.


SAIDEIRA


No Sala de Redação, percebi que seus participantes ficaram consternados com a situação de Gilson, que depois de marcar o gol mais bonito de sua carreira, foi imediatamente substituído por Renato. Teria sido uma espécie de punição. Não foi, claro. Por que Renato iria punir o lateral esquerdo que mais admira no elenco gremista? Era uma questão de buscar a vitória e, nesse caso, não se pode perder tempo. Renato colocou um atacante.


Ah, pobre do Gilson. Ah, digo eu, pobre do torcedor que tem que aguentar o Gilson.


FECHANDO A CONTA


Há exatamente um ano, mais ou menos neste horário, eu decidia deixar a Caldas Jr, onde comecei a trabalhar em 1978. Foi uma decisão difícil, mas as circunstâncias me deram força e determinação.


No dia seguinte, primeiro de abril, pela manhã, bem cedo, entreguei minha carta de demissão no departamento de pessoal.


Um mês depois, convidei colegas do esporte que julgava amigos (afinal, tínhamos uma relação fraterna, éramos quase uma família, daquelas que se dá bem) para uma confraternização num bar. Só apareceu o Chico Izidro.


Agora, cheguei a pensar em convidar os ex-colegas de tantas brincadeiras na redação para um encontro comemorativo a este primeiro aniversário de desligamento do CP. Poderíamos falar do velho Moura, que nos deixou recentemente, e dos velhos tempos. Daríamos boas risadas. E, claro, falaríamos mal dos ausentes, que é a melhor parte nesses encontros.


Mas acabei me dando conta que pagaria outro mico, passaria por outra decepção. De decepção chega as que o Grêmio me dá.


Hoje, infelizmente, eu sei que nós não éramos tão amigos quanto eu imaginava. Mesmo assim, ficaram os bons momentos, e estes são meus parceiros para sempre.

Ozzi e o gol contra de Gilson

Ozzi Osbourne cobriu parte do corpo com a bandeira do Grêmio. No Gigantinho!!!! E não foi vaiado, é o que saiu nos saites. E mais, no final, desprezou uma bandeira do Inter jogada sobre o palco.

Será o público desse tipo de show mais civilizado do que o que frequenta os estádios de futebol? Ou o pessoal não tá nem aí pra essa rivalidade que às vezes beira à insanidade?

Agora, o mais interessante da noite musical-futebolística é que Celso Roth ficou um jogo sem sofrer o repúdio da torcida. Se houve alguma vaia, não foi enfatizada.

O time colorado bateu o glorioso Jorge... por 3 a 0. E com gols dos jogadores que se aproximam do goleador Damião e não são exatamente atacantes dentro do conceito tradicional ao menos: Oscar, D’Ale e Zé Roberto.

Por falar em vaias, Gilson entrou definitivamente no grupo dos mal-amados. Ele marcou um gol contra (e foi um belo gol de cabeça), e abriu caminho pro Juventude virar o jogo no Jaconi: 3 a 2.

Gilson, está provado, não tem condições de jogar num clube de ponta, num clube que almeja grandes títulos. O gol que marcou pode ter sido providencial. Se Gilson começar o próximo jogo, principalmente se for da Libertadores, terá que jogar o que nunca jogou na vida para conquistar a torcida.

O técnico Renato estará desafiando a sorte se continuar bancando esse rapaz. A hora é de Neuton na posição. Ou de Bruno Colaço. Nunca de Gilson.

Se domingo o Inter não conseguiu superar o São Luiz, no beira-Rio, mesmo com um jogador a mais no segundo tempo, o Grêmio não ficou atrás. Conseguiu perder para o modesto time do Juventude, que ficou uns 30 minutos com um jogador a menos.

Agora, o lance da noite foi o Ozzi envolto pela bandeira tricolor na casa dos colorados. Minimizou o fracasso no Jaconi.

Ah, Leandro marcou mais um gol e foi destaque. Renato já confirmou que ele segue no time.

Leandro pode ser um indicativo de que nem tudo está perdido na Libertadores.

Mas ainda falta um grande centroavante, ou um centroavante grande.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A volta de Koff

Com o Clube dos 13 ruindo, o ex-presidente Fábio Koff deve buscar outros rumos. Ele admite voltar ao Grêmio.

Koff foi o último grande presidente do clube. Todos os outros cometeram erros de maior ou menor envergadura.

Alguns conseguiram sucesso aqui e ali, e graças a isso conseguem voltar. Outros, nomes que é melhor esquecer, empilharam fracassos. No meio do caminho, houve quem fosse extremamente danoso ao clube.

Uma pena que o possível retorno cheire a retaliação política por causa da posição adotada pelo presidente Paulo Odone, que aderiu rapidamente ao projeto da rede Globo.

Uma pena, também, que se tivesse retornado antes, talvez a situação do Grêmio hoje fosse outra.

Mas vale o ditado: antes tarde do que nunca.
Koff tem todas as condições de colocar o Grêmio de novo no rumo dos grandes títulos.

Ah, a lamentar a morte de um grande dirigente: Rudi Petry, o homem que consagrou a frase 'assunto de economia interna'. Se realmente voltar, Koff não terá mais a voz sábia e conciliadora do 'seu' Petry.

SAIDEIRA

Sábado, passei o dia fazendo um curso de cervejeiro. O segundo. O primeiro foi com o mestre Cléber, do http://www.alquimiadacerveja.com.br/. Ali aprendi os primeiros passos e lancei a 1983 e a Mazembier. Senti necessidade de aperfeiçoamento.

Fiz o segundo curso com um mestre cervejeiro formado na Alemanha. É a minha pós-graduação.

A 1983 (Pale Ale, Weiss, Pilsen e Golden Ale) está cada vez melhor. A Mazembier é um sucesso. Tem gente que compra, bebe e coloca a garrafa cheia de café como um troféu na prateleira da sala.

Em seguidinha, sai do forno, digo, da geladeira, a Kidiaba. Um cerveja tipo Dunkel, com puro malte alemão. Quem tive interesse, que faça sua reserva o mais rápido possível. São poucas unidades.

domingo, 27 de março de 2011

Um raio de luz e o futevôlei

Quando assisto a um jogo do Gauchão nem penso na tabela de classificação, não me preocupo com o resultado, e outras coisas banais como a 'grande polêmica' que envolve a participação ou não de Renato num torneio de futevôlei no Rio.


Percebo que tem muita gente preocupada com isso: "Meu Deus, como ficará o Grêmio sem Renato num final de semana?". Está aí uma questão que poderia ser tema do programa Polêmica da R. Gaúcha, ou do Conversas Cruzadas, da TVCom.


Os sites também poderia fazer uma enquete, algo bem tendencioso: Renato tem o direito de deixar o time na mão para se divertir nas areias de Copacabana?


Agora, deixando as amenidades de lado e voltando ao que interessa: cada jogo do Gauchão serve basicamente para que a gente avalie as condições do time (Grêmio e Inter) em termos de Libertadores.


É claro que é bom ser campeão do regional, mas no momento o que conta é a mesmo a disputa da Libertadores, ainda mais que os dois estão envolvidos e a qualquer momento podem se enfrentar, provocando um terremoto de emoções, seguido de tsunami no Guaíba.


Os resultados da dupla no Gauchão não dizem muita coisa, mas o que os times apresentaram sim. O Inter, dentro de casa, com titulares, ficou num melancòlico 0 a 0 com o São Luiz. O resultado foi ruim, a atuação pior. Os colorados ficaram preocupados.


Já escrevi: o Inter tem time para ser campeão da Libertadores, mas não tem treinador para chegar lá. O Grêmio, ao contrário, tem treinador para ser campeão, mas não tem time. Por enquanto.


É aí que eu quero chegar: Leandro, com seus 17 anos, é uma raio de luz em meio a mediocridade ofensiva do Grêmio desde a saída de Jonas. No jogo em Pelotas, um jogo encardido, o guri jogou com naturalidade e espontaneidade (características fundamentais dos craques). Entrou no intervalo (Escudero, lesionado. O argentino foi razoável) e mudou a cara do time. Outra característica do craque.


Então, o Grêmio está ganhando um reforço importante para a segunda fase da Libertadores. Falta, agora, um centroavante.


O Grêmio não pode depender apenas de um centroavante, ainda mais se esse centroavante for o Borges. Além de dodói, é um jogador que não tem temperamento e força para enfrentar as agruras da Libertadores.


Mais do que um centroavante, o Grêmio precisa alguém para ser titular, com Borges ficando na reserva. Fora isso, não tem salvação.


Sobre a vitória por 3 a 1 sobre o Pelotas: foi justa. No primeiro tempo, jogo parelho. A melhor chance de gol foi do Pelotas, com o Clodoaldo entrando livre nas mãos do Marcelo Grohe, que, aliás, está me surpreendendo (além do mesmo corte de cabelo do Victor, ele está tão seguro quanto o titular). No segundo tempo, com a já tradicional sacudida de Renato (mais uma diferença entre ele e Roth), o time envolveu o Pelotas e chegou fácil à vitória. A dupla W. Magrão-Adilson foi demais.


SAIDEIRA


Não sei se mais alguém percebeu: Borges reclamou forte de Leandro em dois lances. Num, Leandro pegou a bola pela direita e chutou forte, cruzado, com a bola desviando no zagueiro e saindo para escanteio. No outro, Leandro foi ao fundo e chutou rasteiro, com o goleiro mandando para escanteio, que resultou em gol. Em ambos os lances, Borges gesticulou irritado, talvez porque quisesse o cruzamento, talvez por inveja mesmo. Escrevi sobre a inveja na semana passada.


FECHANDO A CONTA


Há uma semana participei do programa Cadeira Cativa, na Ulbra TV. O Reche não comandou o programa. Motivo: foi passear (na verdade, um evento social importante) em SP a convite da direção da Record (acho que o Reche vai acabar na matriz, tá com moral). Se o Reche pode deixar seu programa na mão, porque Renato não pode se divertir um pouco no Rio? Nem o programa perdeu grande coisa, nem o Grêmio vai perder.


Agora, uma coisa é certa: fosse com Roth, daria uma revolução.