quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O caso RG

Depois de tudo acertado, segundo minha fonte altamente confiável, parece que houve um recuo nas negociações envolvendo RG.

Assis passou uma ideia que tudo seria fácil, que o Milan não colocaria obstáculo para liberar
Ronaldinho. A direção do Grêmio acreditou.

Passam dirigentes, entram dirigentes, e eles continuam acreditando no Assis.

Eu ainda acho que Assis está bem intencionado. Ainda.

Minha fonte garante que está tudo certo. Mantém sua posição.

Só que agora já não sei se sua convicção é mais desejo do que realidade.

Sigo apostando minhas poucas fichas que tudo realmente dará certo.

SAIDEIRA

Estou de férias de alguns dias no litoral. Portanto, vou escrever pouco nesse período.
A todos os botequeiros desejo um belíssimo 2011.
Até mais.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Mais uma lista de final de ano

Dez coisas difíceis de entender e\ou aceitar no futebol gaúcho em 2010:

1-o excessivo tempo de permanência de Silas e do Meira no Grêmio

2-a derrota do Inter pro Mazembe, vexame histórico

3-a renovação de contrato de Celso Roth depois do fracasso no Mundial

4-a dança da bunda do goleiro Kidiaba após os gols sobre o Inter

5-a liberação de Sandro e Taison antes do mundial de clubes

6-a displicência no Inter no Brasileirão

7-O pênalti que Héber R. Lopes não marcou no jogo Flu x Grêmio

8-a luta de determinados setores contra a volta de Ronaldinho

9-o crescente endividamento da dupla Gre-Nal

10-a decadência do Juventude


Minha memória não é lá essas coisas. Podemos aumentar a lista.

SAIDEIRA

A direção colorada não sabe mais como explicar a renovação com Roth.
Agora, é o novo homem do futebol, Siegmann, que tenta justificar
o injustificável. 'Seria arriscado trocar de técnico antes da Libertadores', disse ele.
Mas o Inter fez isso com o torneio em andamento...

É forte a influência do Jorge Machado no Beira-Rio...

GORJETA

O Inter contratou Rodrigo, dispensado no Grêmio.
Agora, o Grêmio pode trazer Ilan, dispensado no Inter.

sábado, 25 de dezembro de 2010

A volta iminente de RG causa pânico


A famosa gremistona da foto acima, que veio passar o Natal em Porto Alegre com familiares, conheceu a 1983 e não largou mais o copo. Ela volta para o Rio com a 1983 na bagagem.

É a 1983 globalizada.

A Cerveja Campeã é mesmo irresistível...

PENDURA

O Natal me comove. O Ano Novo mais ainda. Sou emotivo demais. Choro em comédia romântica, comédia dos Trapalhões no cinema. Até em novela, facilitar, eu choro.

Chorei de alegria quando o Grêmio foi campeão do Mundo em 1983, abrindo a porteira para a gauchada e provando que a Terra é mesmo Azul.

Sou muito emotivo.

Por isso, não pude conter uma lágrima quando vi o CP, edição de Natal, e li a matéria sobre uma proposta do Grêmio que RG e o mano Assis recusaram. E só tinham mesmo que recusar, embora fosse uma grana formidável. É que naquele momento, meados de janeiro de 2001, a traição já estava consumada e RG já era do PSG.

A proposta foi uma tentativa desesperada da direção gremista de ainda segurar RG, mesmo sabendo que a saída era irreversível.

Agora, retomar essa questão (mais do que superada) justo neste momento em que o Grêmio está trazendo de volta sua cria mais famosa? Tenham a santa paciência.

É comovente o esforço para melar a contratação de RG.

Por isso, a lágrima. Como já disse, sou muito emotivo.

GORJETA

Vamos esperar o que mais vem por aí.

FECHANDO A CONTA

Eu era contra a volta do RG, a quem muitas vezes chamei de Traíra, chegando a criar o COR (Clube do Ódio ao Ronaldinho) lá no CP, com muitas adesões, diga-se.

Mas diante do desespero que percebo do outro lado sou cada vez mais a favor
da volta de RG ao seu antigo lar.

Volta RG, a casa é tua!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal a todos os botequeiros e botequeiras.


Quem não comprou a 1983 que brinde com espumante, mas não deixe de brindar pela paz, pela saúde e pelo Grêmio campeão do mundo de 2011.

Os colorados podem brindar, por exemplo, por uma revanche com o Mazembe em outro Mundial.

SAIDEIRA

O Inter dispensou Ilan. Outra contratação desastrada do Fernando Carvalho, que teve um ano de mais sorte que juizo. Além do Ilan, outros erros que custaram caro ao Inter em grana e em resposta: Kléber Pereira e o 'espetacular' Mathias.

Olha, ele já está ganhando do Meira no quesito contratações desastradas.

Os títulos nacionais e RG

A CBF confirmou nesta quarta-feira que os campeões das Copa do Brasil e do torneio Roberto Gomes Pedrosa disputados de 1959 e 1970 serão reconhecidos como títulos brasileiros.

A CBF está certa. São as competições nacionais que existiam.

Com isso, o Santos passar a contar com oito títulos, ao lado Palmeiras. Pelé, que conquistou seis títulos nesse período, passa a ser o jogador com mais títulos nacionais.

A CBF age corretamente.

Dentro do mesmo critério, a Fifa em breve irá 'oficializar' os títulos conquistados antes que ela assumisse os torneios mundiais de clubes.

A entidade dos velhinhos malandros da Suíça vai fazer um charme, um doce, mas vai acabar confirmando que todos as disputas anteriores conterão o seu aval.

Isso significa que o Santos de Pelé será um campeão Fifa. E o Grêmio, de 1983, também.

Só vejo um problema: é vantagem ser campeão 'mundial Fifa' ao lado de um Corinthians, que, segundo a Fifa, é campeão do mundo, embora não tenha sido campeão sequer da América do Sul?

SAIDEIRA

RG está contratado. Assinou contrato nesta quarta-feira. É claro que tudo é feito discretamente. Conforme saiu aqui no boteco, a ideia é anunciar tudo no dia do Natal.

Por falta de assunto, ou para tumultuar, pipocam aqui e ali notícias sobre o interesse de uns e outros.

Se algum gremista tem dúvida sobre se é positiva ou não a contratação de RG, basta ver como estão reagindo os colorados da mídia.

É como mexer num ninho de marimbondo. Estão enlouquecidos.

A ideia de RG vestir de novo a camisa do Grêmio os apavora.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Roth fica. E não é piada.

O time que Celso Roth (des) armou conseguiu perder para o Mazembe, que ninguém no planeta, fora da África, conhecia. Um dos maiores fiascos da história do Inter. E ainda assim Roth tem seu contrato renovado por um ano.

É a soberba dos dirigentes.

Além de não ouvir o clamor silencioso da torcida, sem forças sequer pra gritar depois da monumental frustração no mundial, a direção ignorou discursos de colorados eminentes, como o Ibsen Pinheiro, que deu entrevistas dizendo que não havia clima para Roth permanecer.

Eu me quebrei. Havia dito aqui que Roth cairia.

Disse também que se ele ficasse seria apenas por um motivo, além da soberba da direção, a influência do empresário Jorge Machado, representante de Roth.

É bom esse Machado.

As notícias dão conta que a renovação é até 31 de dezembro de 2011.

Ninguém acredita que Roth ficará no Inter até lá. Nem ele próprio.

Por que será que ouvi foguetes pelos lados da Azenha após o anúncio de que
Roth fica, de certa forma atendendo o apelo dos torcedores no Beira-Rio lotado após a conquista da Libertadores.

Hoje, num Beira-Rio igualmente lotado, o grito seria outro, muito diferente.

O Beira-Rio iria rugir.

SAIDEIRA

Nesta quarta, RG assina contrato com o Grêmio, conforme anunciei aqui.

À noite, deverei estar no Cadeira Cativa, da Ulbra TV.

Depois, às 21h, no Bar do Beto, da Venâncio.

Se algum botequeiro quiser aparecer será bem vindo. Será fácil me achar.

Provavelmente estarei numa mesa com belas mulheres.

Agora, se não estiver cercado pelo sexo feminino, com certeza estarei ao lado do meu amigo Chico Izidro, do CP, exibindo uma 1983, 600ml, só pra sinalizar que a Bohemia está com os dias contados.

É possível que até o Roedor Maldito, o Élvio Silveira, apareça.

GORJETA

Atenção, hoje, quarta-feira, é o prazo final para garantir a 1983 de Natal (confiram ao lado).

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Bomba! Bomba!

Bomba! Bomba!

(Sem duplo sentido)

Ronaldinho Gaúcho assina contrato com o Grêmio por três anos e meio. Será hoje, terça, ou amanhã, quarta-feira.

O anúncio oficial será na sexta, dia de Natal. Com direito a brindes no Olímpico.

Coisas de Papai Noel.

GORJETA

Dirigentes do Grêmio conversaram com RG. Olho no olho.

Sairam convencidos de que ele quer mesmo voltar a jogar futebol.

Se RG fala sério desta vez, o Grêmio conseguiu um reforço espetacular. Dentro e fora
de campo.

O tempo dirá.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

RG e a arte de desconstruir a história

RG segue dividindo opiniões.

Percebo que há um esforço grandioso dos adeptos da contratação em colocar atenuantes ao comportamento da família Moreira quando da estrondosa saída do Grêmio.

Além de perder muito dinheiro, o clube virou motivo de gozação aqui e no exterior. Pior, por este ângulo, só mesmo a derrota colorada para o glorioso Mazembe.

Existem bons argumentos a favor da volta de RG.

São tão bons que não precisam de ‘informações de bastidores’ para descontruir a história, mudar os fatos.

O que anda surgindo de gente com dados que atenuam a culpa de Assis e RG, e aumentam a responsabilidade da direção do clube para o desfecho do caso.

Eu acompanhei de perto o que aconteceu, passo a passo.

Assis agiu como um procurador frio e calculista. Fez o melhor, em termos financeiros, para o seu cliente. Neste aspecto, foi perfeito.

Um estrategista, um mestre do xadrez. Previu todas as jogadas.

Agora, tem o outro lado, que diz respeito à ética, valores morais, questões como gratidão, afeto, história de vida.

RG e seu procurador/irmão poderiam ter agido de outra maneira, mais transparente, mas optaram por um caminho obscuro, marcado por falsas promessas de amor e simulações.

A direção gremista pode ter cometido erros, mas por maiores que sejam em nada diminuem o que realmente aconteceu: uma traição.

E é isso que a torcida, ou parte dela, não perdoa. A traição.

É como o sujeito ser abandonado pela mulher, uma linda e cobiçada mulher, que muito tempo depois, sem o esplendor de outrora, pede pra voltar, pra viver em paz seus últimos dias com aqueles a quem abandonou, desprezando a dor e as cicatrizes de quem ficou.

Hoje, há um ressentimento enorme a ser superado.

Só uma pessoa pode mudar esse quadro. É ele, o RG.

Com boas atuações - o que não é impossível porque é muito mais uma questão de vontade e determinação pessoal -, o jogador que um dia encantou o mundo, irá reconquistar o coração dos gremistas.

Vai depender unicamente dele.

Agora, se ele falhar, a própria instituição ficará abalada.

SAIDEIRA

Só pra efeito de comparação. Alexandre Pato poderia ter saído quase de graça do Inter, como RG. Mas ele e seu pai preferiram renovar. Queriam ajudar o clube que formou o jogador. Uma questão de gratidão, de caráter. Deixaram de ganhar mais dinheiro, mas estão em paz com a torcida.

Existe algo mais valioso do estar em paz consigo mesmo e com os moradores de sua aldeia?

SAIDEIRA

Celso Roth não fica. F. Carvalho diz que, por ele, Roth não sai. Vejam a ressalva: por ele.

Começar o ano com Roth depois do vexame no mundial é provocar a torcida.

Se bem que os colorados, terminada a Libertadores, gritavam Fica Roth.

Torcedor é mesmo um ser volúvel.


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domingo, 19 de dezembro de 2010

O Inter, ainda. E um pagode no Olímpico

Uma confissão: quando escrevi o tópico anterior sobre a vitória consagradora do Inter sobre o poderoso 'quem?' da Coréia nem sei se do sul ou do norte, estava mais desatento que o Índio e o Bolívar no lance do primeiro gol africano.

Eu tinha certeza de que o jogo havia terminado em 4 a 1. Só fiquei sabendo do segundo gol coreano, feito nos descontos (cresci falando 'descontos', hoje substituído por 'acréscimo', que é algo que os deputados, juízes e outros fazem com seus próprios salários) quando voltei pra casa, no começo da madrugada, ao entrar na internet.

Até aquele momento não sabia que os coreanos, com um jogador a menos (expulso de maneira absolutamente estranha e tendeciosa), tinham marcado o segundo gol. Foram dois gols em poucos minutos. O que me leva a crer que se o jogo continuasse por mais uns dez minutos os coreanos poderiam virar, comprovando que realmente o Inter não estava tão bem preparado para ser campeão mundial quanto todos imaginavam.

Já a Inter de Milão, sim, mostrou como se ganha desses times mambembes. Se impôs, fez os gols e depois deixou os adversários espernearem enlouquecidos, e dê-lhe contra-ataque.

Nada de ficar trocando bola no meio de campo, como costumam fazer os times treinador por Celso Roth, agressividade zero.

Quando o Inter foi campeão da Libertadores em prognostiquei que ele seria também campeão brasileiro e mundial, seria bi. Não escrevi isso porque considerava o time extraordinário, foi muito mais porque tudo dava certo para o Inter. A vitória sobre o Estudiantes foi fruto da sorte.
Todos os ventos sopravam a favor do Inter naquele momento.

Depois, com Roth implantando sua filosofia de trabalho, as coisas começaram a mudar. Roth é assim: o tempo escancara a verdade do seu trabalho.

Por fim, depois de ventos e brisas a favor, o Inter enfrentou um furacão contra, que foi o glorioso Mazembe. Nesse jogo, a sorte abandonou completamente o Inter. Os gols que sairam de tudo quanto é jeito na Libertadores, sumiram. Giuliano, o talismã, voltou à sua realidade, a de um jogador nota 7 ou 8, jamais um craque, alguém capaz de desequilibrar um jogo.

E Roth, claro, deu uma mãozinho ao substituir erradamente.

Bem, o que esperar do Roth? Eu espero que ele continue no Inter, atendendo ao 'Fica Roth' cantado pela torcida poucos meses atrás.

Por fim, nesta manhã de domingo ensolarado e quente (calor Congolês, eheheheh), deparo com a notícia que os jogadores colorados se recusaram a receber os 3 milhões de dólares pelo terceiro lugar. O dinheiro, então, iria para os cofres do clube.

Sinceramente, alguém acredita nisso?

Não passa de uma tentativa ingênua de fazer média com a torcida, uma tentativa de melhorar o clima para a chegada a Porto Alegre.

SAIDEIRA

Ronaldinho Gaúcho no Grêmio. Não acredito, nem acho que seria uma boa. Ao contrário. Nem tanto pela traição, mas pelo futebol que ele anda jogando, um futebol que o abandonou faz tempo, substituído pelo pagode.

Agora, se o Grêmio quer montar uma banda de pagode no Olímpico, aí sim pode ser um bom negócio.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Homenagem ao Terceiro Lugar Fifa

A maior diferença do Inter que está batendo o time coreano para o Inter que perdeu para o glorioso Mazembe é o aproveitamento dos chutes a gol.

No dia do Fiasco Fifa, o Inter teve chances para abrir o placar, mas não as aproveitou.

Hoje, nas duas primeiras conclusões, dois gols.

Não vi o primeiro jogo, mas pelo que ouvi e li o futebol colorado foi semelhantes nos dois jogos, com certeza com mais vontade no primeiro, já que era um jogo que valia vaga na decisão.

Terminou há pouco o primeiro tempo. O time coreano perde por 2 a 0, teve um jogador expulso. Jogo jogado.

Alecsandro, alvo da ira vermelha, deu o passe pro primeiro gol, do Tinga, e fez o segundo.

Acabei de ouvir um dirigente colorado, Mário Sérgio Martins, que fez um apelo patético ao torcedor que está em Porto Alegre:

- Façam festa, mesmo com o terceiro lugar, porque o Inter é o clube brasileiro que mais venceu na década.

Fazer festa depois do vexame histórico do dia 14, data inesquecível para gremistas e colorados, é impossível. Não há ânimo para isso.

Imagino que o tal dirigente, da oposição colorada, vai sair sambando do estádio.

O Inter garantiu o terceiro lugar.

Penso que o Grêmio poderia publicar anúncio de página inteira nos jornais de segunda ou de terça-feira cumprimentando o coirmão pelo título de terceiro colocado no mundial de
clubes.

O Inter faria o mesmo. E seus dirigentes diriam exatamente o que disseram os do Grêmio, provocando revolta na mídia colorada. É muita hipocrisia.

Não sei se minha sugestão será aceita.

Mas eu faço a minha parte:

Parabéns Inter.

Terceiro Lugar Fifa.

Afinal, ser o terceiro é sempre melhor do que ser o quarto.

SAIDEIRA

Curioso, hoje quase não escutei foguetes explodindo no céu cada vez mais azul de
Porto Alegre.

Acho que os foguetes ficaram reservados para receber o time depois da participação no mundial,

ou para a noite da virada de ano.

Tem muito foguete estocado, muito.

FECHANDO A CONTA

Alecsandro, o Rejeitado, marcou dois e o Inter goleou, da mesma forma como deveria ter feito na fatídica estreia para confirmar seu favoritismo.

Agora, tomar gol coreano, no finalzinho, adversário com um a menos...

Hummmmm

GORJETA

Há horas que quero escrever isso:

no primeiro gol africano, Bolivar subestimou o atacante. Bolívar imaginou a bola passaria pelo jogador, tanto é que chegou a esboçar uma corrida no sentido contrário ao do africano. Mas aí o atacante deu um gancho sensacional e Bolívar ficou batido.
Tenho certeza que se fosse um Jonas, um Fred, Bolívar entraria de outra maneira na jogada, indo ao encontro da bola e do adversário.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Texto premonitório e a volta de M. Paraíba

Mandei um email para o editor da Placar, o Sérgio Xavier, que é gaúcho. Ando muito exibido.

Enviei uma foto minha com a 1983, a Cerveja Campeã - e sortuda, porque desde que ela foi lançada os ventos passaram ser mais favoráveis ao Grêmio, e contrários ao Inter.

Trecho da resposta do Sérgio, que demonstra ser realmente um conhecedor de cerveja:

'Ilgo, gosto muito de cerveja, uma noite perfeita começa por uma Weiss, passa por uma Ale e termina numa Guiness. Mas, depois de ler o teu blog e ver a perfeita e premonitória análise da segunda-feira, fiquei com vontade de provar a 1983. Farei isso na semana que vem quando estiver no Sul'.

Publico isso porque o Sérgio se refere ao comentário que fiz na manhã do jogo contra o glorioso Mazembe, depois de ser acordado às 7 da matina pelo foguetório enlouquecido dos colorados (aliás, o que tem de foguete estocado em casa de colorado).

Realmente, o texto é um tanto de premonitório mesmo. Só o Sérgio se deu conta disso.

Quem quiser, pode conferir. Gosto muito desta frase:

Se esse pensamento do já ganhou for também o dos jogadores, aí o jogo desta tarde contra o mambembe pode complicar.

Aqui vai o finalzinho:

É o momento do Inter. Faz parte. Precisamos ser tolerantes e compreensivos.Porque isso um dia também termina.

Que esse dia não demore a chegar.

E o dia chegou mais cedo do que eu esperava.

SAIDEIRA

O Grêmio estaria interessado no Marcelinho Paraíba. Ouvi comentários de colegas contra sua contratação. Os colorados foram os mais enfáticos. Curioso.
Concordo que o Marcelinho está em final de carreira, mas acho que numa Libertadores ele
pode ser útil, muito útil.
Dependendo do custo, vale a pena investir nele.
Nem que seja só pra irritar os colorados, que, como os gremistas, não esquecem
de sua importância no único título nacional do Grêmio neste século.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O volantão, a soberba e a demolição

O Inter é um volantão e mais dez.

A direção colorada, com Fernando Carvalho no comando das coisas do futebol, tem adoração pelo volante tradicional, o volantão, o cabeça-de-área, o antigo centromédio. O cara que vive pra desarmar, ou seja, pra dar vida mansa aos zagueiros.

A prova disso é que menos de 24 horas do monumental fiasco no mundial o Inter anuncia interesse no tal camisa 5. E o primeiro nome que surge é Edinho, um jogador que nasceu e foi batizado pra ser volante na vida.

O mentor intelectual desse endeusamento do volante é o sr Ibsen Pinheiro, o mesmo cidadão, que corroído pela inveja ou por dificuldade na análise, um dia declarou que não sabia qual a posição de Ronaldinho Gaúcho, insinuando que seria mais um jogador daqueles que em breve desapareciam, e seriam esquecidos, ou terminariam num time da segunda divisão ou vendendo sapatos numa loja.

Se alguém tem dúvida, peço que leiam a ZH do dia 14, onde há um pequeno artigo do Ibsen clamando por um volantão para enfrentar o poderoso Mazembe. Ele não pediu um atacante goleador, nem um meia habilidoso para furar a defesa adversária. Pediu um volante pra vencer o time africano.

Terminado o vexame, o que faz o Inter? Busca um volante. A solução de todos os problemas.

O ataque colorado vive uma crise terrível desde a saída de Taison. E o problema é o volante...

Com esse pensamento...

SOBERBA

Antes do jogo, no dia do jogo contra o Mazembe, eu escrevi que o Inter era só festa, que todos já contavam com a vitória, que a torcida e direção estavam de salto alto, acometidos da soberba gremista pós a estupenda conquista do mundial de 1983, e que se isso passasse para os jogadores a situação poderia ficar complicada.

Pois passou para os jogadores. Eu afirmo, agora com o aval do grande zagueiro Lúcio, que também fala em soberba colorada. "Foi um desrespeito aos adversários", disse.

A direção nega o salto alto. Claro, ela, mais do que ninguém, estava de salto alto.

Bem, acho que agora sim acabou a soberba colorada.

O único time com soberba em Porto Alegre, agora, é o Cruzeiro, que subiu pra primeira divisão...

SAIDEIRA

Assumiu o Paulo Odone. E já começou provocando. Legal para um discurso de posse logo após um dos dias mais tristes da história do Inter e mais felizes para os gremistas. Mas agora é trabalhar sério para não proporcionar a mesma alegria aos colorados.

FECHANDO A CONTA

Bateu uma melancolia ao ver imagens da demolição de parte das arquibancadas do Beira-Rio. Triste ver aquelas máquinas frias, as montanhas de tijolo e concreto.

Como irei me sentir quando isso acontecer com o Olímpico?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Só o D'Ale vale mais que todo o time do algoz

O site globo.com publica levantamento de um site especializado, o ‘Transfermarkt’. Nele, consta que o time colorado é avaliado em € 34,2 milhões (R$ 77,2 milhões), enquanto o Mazembe (que nunca será esquecido aqui no RS) vale € 2,1 milhões (R$ 4,7 milhões).

A soma dos 19 atletas do Mazembe (€ 2,1 milhões, ou R$ 4,7 milhões) não dá um D'Alessandro, que vale € 2,5 milhões (R$ 5,6 milhões).

O jogador mais caro em campo na semifinal foi o jovem Giuliano, que começou no banco e depois entrou no lugar de Tinga: € 8 milhões. Os mais valiosos do Mazembe são o goleiro Kidiaba e os atacante Kaluyituka e Bedi, avaliados em € 200 mil (R$ 451 mil). Renan está cotado em dez vezes mais que o goleiro Kidiaba, novo ídolo gremista.

Os pés (ou a bunda) de Kidiaba na Calçada da Fama. Que tal?

SAIDEIRA

O meu amigo Juremir acusou o golpe. Hoje, no programa do Mendelsky, ao ser provocado por um ouvinte gremista, disse, soletrando, que o futebol é IRRELEVANTE.

Sim, depois do vexame que ficará eternamente na história, o futebol realmente fica uma coisa pequena, sem graça, sem importância, ir-re-le-van-te.

Pelo menos até a próxima competição ou o próximo Gre-Nal.

Confesso: nas horas ruins gosto muito de golfe, tênis, peteca...

GORJETA

Outro ponto positivo da derrota colorada. Nos livramos de mais um DVD de exaltação.
A propósito, o que farão com o filme Absoluto, que lotou o Beira-Rio dia desses?

Um dia muito especial

Começo a escrever quando passam 10 minutos de um dia muito especial, o dia seguinte em que me senti vingado pelo sofrimento que tive nos anos 70.

Quando se tem uns 18 anos e se vê o seu time só apanhando do grande rival o trauma é grande.

Só não foi maior porque decidi ser jornalista esportivo. Em 76, como estagiário, fiz setor do Inter de Falcão, Figueroa e cia. Foi logo depois do bi nacional e no meio de uma série de títulos
regionais.

Aquele convívio profissional atenuou meu sofrimento. Fiquei menos torcedor. E cada vez menos com o passar dos anos.

Mas sempre gremista. Acima de tudo Ilgo Futebol Clube, um time que sempre lutou pra não cair pra segundona, e que sempre se manteve imparcial, honesto na crítica, nunca escrevendo alguma coisa com intenção deliberada de prejudicar ou favorecer alguém ou algum clube.

Nesses anos todos, fui chamado de 'jornalista marrom' por um presidente do clube do qual fui sócio antes de ingressar na reportagem esportiva já como profissional, em 1978, na Folha da Tarde.

Era o que me faltava para me sentir realmente um jornalista isento. O presidente do 'meu' clube me atacar desse jeito.

Nunca, porém, neguei que era gremista quando me perguntaram. Há alguns anos, de saco cheio de tanto levar porrada de leitor me chamando de gremista ou colorado por qualquer coisa, escrevi uma coluna dizendo que sou gremista, mas antes de tudo profissional.

Desde primeiro de abril deste ano, quando pedi demissão do CP, já não sou profissional da imprensa...

Por isso, e também por estratégia, não me senti na obrigação de conferir a estreia do Inter contra o Mambembe.

Estratégia porque sempre que seco o Inter, o Inter se dá bem. Além disso, considerava absoluta perda de tempo, porque não tinha dúvidas de que o Inter venceria.

Liguei o rádio do carro perto das 3 horas (até ali ouvia música no CD). Pensei ter ouvido mal quando o narrador disse que estava 0 a 0.

Sorri, pensei: será que pode acontecer um crime? Não, impossível, respondi pra mim mesmo.

O desespero faz a gente falar sozinho.

No trabalho, só música. De repente, foguetes e uns gritos ao longe. Imaginei que era o primeiro gol do Inter. Um colega vibrou no corredor. Gol do Mambembe.

Como tem gozador nesse mundo, pensei. Confirmado, gol dos africanos.

Iiihh, daqui a pouco eles abrem as pernas, pensei. Continuei ouvindo música no Youtube. Se eu ouvir o jogo um minuto que seja, dá gol do Inter. Resisti bravamente.

Depois, mais foguetes, gritos. O Inter empatou, imaginei. Errei de novo.

Nisso, entra um colega gremistão, em êxtase. Ele me abraça emocionado. 'Dois a zero, Ilgo, dois a zero, o impossivel aconteceu', ele gritou.

Senti naquele momento que podia voar. Não arrisquei, claro. Estava no quinto andar...

Faltavam poucos minutos pra terminar o jogo. Liguei o rádio. Já não havia perigo. Saboreei cada palavra da narração.

Inter eliminado pelo Mambembe (tá bem, Mazembe), um vexame histórico. O clube que havia conquistado o mundial sobre o poderoso Barcelona agora caía espatifado diante de um clubeco de quinta categoria.

Pode haver vexame maior, com repercussão mundial? Adianto que queda pra segundona é coisa pra consumo interno.

Agora, ser eliminado de um mundial de clubes por um clube tão inexpressivo é demais.

É uma mancha na história de qualquer clube de ponta. E o Inter é um clube de ponta.

Vitório Piffero, com a soberba habitual, exagerada para um dirigente que só ganhou graças ao Fernando Carvalho: pior que perder aqui, é não estar aqui. Foi algo assim. Recuperou a velha máxima que ninguém leva a sério: o importante é competir.

Será que os 10 mil colorados que estavam lá concordam?

Numa hora dessa, é melhor ficar calado. Enfiar o rabo entre as pernas e sair de fininho.

E o Celso Roth?

Tempos atrás, no programa do Reche, na Ulbra,disse que Roth havia sido campeão da Libertadores porque não tivera tempo suficiente para estragar o trabalho do Fossati. E que no Brasileiro o 'trabalho' do Roth estava aparecendo, talvez com consequencia no mundial. Um vice-presidente eleito do Inter quase foi no meu pescoço.

Gostaria de ver a cara dele de novo.

Agora, reconheço que sou uma fraude como analista esportivo: escrevi que o Inter venceria o Mazembe mesmo se levasse pra dentro de campo o salto alto que existia fora dele.

Errei feio.

Não sei como poderei conviver com esse erro tão grave... Melhor largar tudo. Estou desolado.

Acho que vou ficar só fazendo a cerveja 1983, que, aliás, dá sorte mesmo.

SAIDEIRA

O Grêmio poderia convidar o Mazembe pra um amistoso no Olímpico. Seria divertido.

GORJETA

Só faltou o aviãozinho no céu azul de Porto Alegre ...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

DESCOBERTA SENSACIONAL

DEUS É GREMISTA!!!!!!!

O foguetório da ansiedade

O foguetório começou no final da tarde, início da noite de ontem. Não sei se em toda a cidade, mas ali pela zona norte aconteceu.

O pior foi o foguetório das 7 da manhã.

Que o torcedor colorado esteja ansioso, é aceitável. Normal. Mas gastar tanto foguete antes de um jogo, e de um jogo contra um time quinta categoria, para ser gentil, é um fenômeno que merece atenção, um olhar mais apurado.

Será que é para desovar parte do estoque de foguete temendo uma surpresa? Será que o foguetório é sinal de medo?

Não, é claro que não. Todo esse barulho, primeiro, é para mexer com os gremistas, mais encolhidos que pinto no inverno.

Segundo, é porque os colorados já contam com a vitória sobre o time africano. Já projetam a final contra a Internazionale. É a soberba.

Se esse pensamento do já ganhou for também o dos jogadores, aí o jogo desta tarde contra o mambembe pode complicar.

Se bem que mesmo que o Inter entrasse de salto alto, literalmente, venceria o time africano.

Agora, foguete às 7 da matina...

Fico imaginando o que será depois da goleada sobre o mambembe, e tudo o mais que pode ocorrer até o dia 18.

É o momento do Inter. Faz parte. Precisamos ser tolerantes e compreensivos.

Porque isso um dia também termina. Que esse dia não demore a chegar.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tsunami midiático e a soberba

Paro na sinaleira. De repente, fico com a sensação que eu também estou em abudabi. Afinal, qual o jornalista esportivo (com ou sem veículo ‘oficial’) não está em abudabi?

Em 1983 (olha 1983 aí de novo, gente...), foi meia dúzia de gato pingado.

Mas como eu ia dizendo, um sujeito com vestimenta de árabe se aproxima carregando uma bandeira vermelha e umas toalhas brancas com o escudo do Inter (o verdadeiro, não aquele que a Fifa colocou em seu site, o do Vitória).

Ele olha pra mim e eu sinalizo um não rotundo (como diria o Brizola) com o dedo indicador balançando de um lado pro outro.

Penso: eu já não ligo o rádio no AM pra não ouvir boletins de abudabi a todo instante descrevendo as mais diversas situações do pessoal que está por lá, hábitos, comida, lazer, urbanismo, piscina, praias, trânsito e, acreditem!, até futebol.E aí me aparece um 'árabe' em plena Goethe...

Os jornais também estão exagerando. Nem falo nos sites.

Em todos os quesitos a RBS desponta. É um tsunami de informações. O clicrbs há dias joga na nossa cara um banner gigante sobre o mundial.

Pode aparecer um marciano anunciando um ataque ao planeta ou um cientista revelando ao mundo a descoberta definitiva do câncer e da Aids, que o banner sobre o Inter em abudabi estará ali, acima de tudo.

NA ZH, a cobertura é abrangente. Levaram até um parente do Harry Potter e uma especialista em amenidades e sociedade. Só faltou o Sant'anna.

E o que são as fotos de página inteira em preto e banco com os grandes personagens colorados? Duas por dia. Numa, hoje, o Celso Roth, o maestro, com duas musicistas. As fotos até que são legais, mas me parece tudo tão exagerado.

Sem contar o jornal que é impresso lá, cinco mil exemplares distribuídos aos torcedores que cruzaram o planeta para acompanhar o time. Outra boa ideia.

E tem ainda a rádio, a TV...

A RBS tem fama de ser gremistona. É coisa de torcedor. Não penso assim, mas é algo que existe já há muito tempo. Talvez desde 1983.

Naquele, numa dimensão infinitamente inferior, a RBS fez um carnaval em cima do título gremista. Os tamborins, as cuícas ficaram ecoando 23 anos nos ouvidos colorados. Pode ser que tenha começado aí essa história de RBS gremista. Uma bobagem.

O grupo, talvez pra provar que não tem nada disso, foi com tudo pra abudabi. E bem que ela faz. A imagem da RBS deve mudar perante os colorados depois desse torneio. Agora, se o Inter não vencer pode ficar uma fama de pé-frio. Torcedor não perdoa. Alguém tem que pagar a frustração galática.

Agora, não tenho dúvida de que quando o Grêmio chegar lá de novo, vai ser a mesma coisa ou até mais, dependendo da tecnologia que estará disponível e dos interesses em jogo.

A cobertura deste ano supera bastante a realizada quatro anos atrás.

Então, não é questão de coloradismo ou gremismo.

De qualquer jeito, é uma festa para os colorados, que hoje vão atropelar o time africano que a Fifa colocou no centro dos acontecimentos.

Para os gremistas, tudo isso é insuportável.

Pior só cobertura de carnaval sem ter TV a cabo, ou aquele massacre que é cobertura de eleição, principalmente quando se sabe que o nosso candidato não tem a mínima chance.


SAIDEIRA

Todo essa cobertura da mídia já inflou a torcida colorada. Atingiu dirigentes. F. Carvalho assina um blog. Roth se esforça para levar o Mazembe a sério, mas a gente percebe que ele tá de brincadeira. Treina até pênalti, mas não convence. Os jogadores não sabem se são modelos fotográficos ou atletas.

Durante 23 anos o Grêmio levou o carimbo da soberba.

Ser campeão do mundo dá nisso. A soberba agora trocou de lado, estimulada pela mídia.

O Inter que enfrentou o Barcelona era diferente. Humilde.

Este é um Inter que veste Prada e anda de salto alto. Contra o mambembe não fará diferença, mas contra a Inter...

DOSE DUPLA

CONFIRAM ABAIXO O SUCESSO DA 1983, a cerveja campeã. E sem soberba.


Facebook da Cerveja 1983

Agora até a 1983 tem uma página no Facebook.

Clique no botão "curtir" ali ao lado e junte-se a turma dos adoradores dessa cerveja artesanal.

Só para dar um gostinho, confira uma das fotos que estão no álbum da Cerveja 1983 no Facebook:

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Fifa e o distintivo do Inter

A Fifa é uma entidade deplorável.

Apesar disso, tem poder total e absoluto sobre o futebol no planeta.

Tem mais poder que a ONU.

Semanas atrás, em seu site, divulgou que o Inter era campeão mundial de 2006 e de 2010.

Agora, o mesmo site dessa entidade tão poderosa consegue a proeza de publicar o escudo do Vitória da Bahia no lugar do escudo do Inter.

Está lá no link abaixo, na parte em que descrevem os clubes que participam do torneio atual:

http://es.fifa.com/mm/document/fifafacts/mencompcwc/01/15/71/66/statskitcwc2010.pdf

Recebi essa informação de atentos botequeiros gremistas.

A Fifa é uma entidade que merece uma ampla investigação de algum organismo internacional. A imprensa inglesa de vez quando revela algum escândalo envolvendo veneráveis membros da entidade.

Corrupção de fazer inveja ao pessoal do mensalão do governo Lula.

O problema nem são esses erros absurdos no site, em especial relacionado a um dos seus 'campeões Fifa'. Não se trata de um clube desconhecido, pelo contrário.

O problema é esse poder que a Fifa tem.

Lá pelos anos 90 a Fifa, se não me engano, rebaixou o Inter, acho que por umas 24 horas, só por causa de uma dívida. Quem concede o direito a essa gente a fazer esse tipo de coisa, inclusive ignorando e desprezando a soberania do país?

Em que gabinete luxuoso se refugiou essa gente quando o PSG veio aqui e levou de graça aquele que se tornaria o melhor jogador do mundo? De graça. Imaginem se fosse o contrário, um clube do terceiro mundo surrupiando um europeu...

Só depois de muito esforço do Grêmio, tempo e dinheiro dispendidos, que o clube conseguiu uma compensação, absolutamente ridícula diante do que valia e do que passou a valer o tal jogador.

Essa entidade nojenta está a serviço dos europeus. O resto é o resto.

O resto só serve na hora de ampliar os lucros da entidade - cada vez maiores -, como esse torneio em que equipes sem tradição e sem a mínima condição técnica disputam um título mundial ao lado dos dois Inter, esses sim habilitados e credenciados.

Então, a publicação equivocada do distintivo do Vitória no relato sobre o Inter pode alegrar os gremistas, que a essa altura se agarram a qualquer coisa para suportar essa avalanche da mídia gaúcha na cobertura do mundial, mas isso não é nada diante da iminência do bi colorado.

O pior ainda está por vir. Ou o melhor...

Já coloquei várias 1983 no gelo.

ATENÇÃO - A 1983 está no facebook (confiram ao lado). Em breve, fotos de belas mulheres degustando a cerveja campeã.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Esforço para esquentar o Mazembe

É digno de elogios o esforço da mídia gaúcha para transformar o Mazembe, um time mambembe, num adversário temível, que tem velocidade estonteante - se é assim que vá disputar 100m ou 400 com revezamento.

Ora, esse time africano é um mero figurante de um torneio programado para dar sempre os verdadeiros candidatos, os protagonistas, os campeões da América do Sul e da Europa.

A Fifa, ao incorporar equipes exdrúxulas, no nível de muitas da série B brasileira, quer passar a ideia que esse sim é um campeonato mundial de clubes, já que reúne representantes de todos os continentes, ou quase todos.

Na verdade, é igual ao anterior, porque desemboca sempre na dupla de protagonistas, mais ou menos como o Gauchão, que para muitos poderia ser decidido em dois ou três Gre-Nais.

Leio que Celso Roth está impressionado com a velocidade dos africanos. Bem, isso não é de hoje. Correria é com eles. Sempre foi.

Mas, como dizia um velho filósofo do futebol, quem tem que correr de verdade é a bola.

É claro que é preciso respeitar o adversário, seja qual for, até porque a soberba é o primeiro passo para a derrota.

Mas não há dúvida de que é jogo jogado esse contra o mambembe.

O Inter é favorito também contra a Inter, que segue desfalcada e ainda por cima não tem a mesma gana que seu rival por esse título. Nós, aqui do terceiro mundo, normalmente jogamos com mais determinação que os do primeiro mundo, que costumam nos olhar de cima pra baixo, nariz empinado.

Temos mais tesão por esse título.

E isso tem feito a diferença.

Espero que a Inter me surpreenda.

SAIDEIRA

Agora, bem que a Fifa merece uma final com dois figurantes, o que, para o pessoal de abudabi, não faria a menor diferença. Pelo que li e ouvi dos 320 repórteres e assemelhados da mídia gaúcha que cobre o torneio, o povo local não está nem aí pra essa competição.

ENGASGA GATO

Essa de um pedófilo em posto de comando nas categorias
de base do Grêmio é dose. Se é mesmo verdade, como é que ele ficou tanto tempo, uns 20 anos,
na função?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

11 de dezembro de 1983


O que vc estava fazendo quando tal coisa aconteceu? Quem já não se deparou com essa pergunta que mexe com a memória da gente?

Algumas coisas antigas a gente guarda pra sempre; outras, mais recentes, muitas vezes são esquecidas com facilidade.
Tenho um amigo que não lembra de nada que aconteceu em 2006. É como se o ano não tivesse existido. Fenômeno.

Já eu não esqueço, por exemplo, do que eu estava fazendo quando John Kennedy foi assassinado, novembro de 1963. Incrível. Eu era um piá, morava em Lajeado. Caminhava numa calçada quando passei por uma casa com janela aberta, rádio ligado anunciando a morte do presidente dos Estados Unidos. Parei pra ouvir.

Eu não esqueço, também, nem poderia, o que estava fazendo dia 11 de dezembro de 1983.

Alguém se lembra do que fazia nesse dia histórico, quando um clube gaúcho conquistava pela PRIMEIRA vez o título de campeão mundial de clubes?

Pois eu varei a madrugada comendo sanduíche e tomando refrigerante numa redação improvisada da revista Gool, na Av. Getúlio Vargas, onde funcionava o estúdio fotográfico de um colega fotógrafo.

Se o Grêmio fosse campeão sairia uma edição especial. Se perdesse, apenas algumas páginas.

Eu e mais um grupo de colegas estávamos ali para cobrir o jogo pela TV, uma de 20 polegadas, a maior que havia na época. Fomos contratados pelo guerreiro Aveline, que até hoje mantém a revista.

Eu fiz a crônica do jogo e mais alguma coisa. O Marco Antônio Schuster e o Ari Teixeira as reportagens, entrevistas, etc. O editor era o inesquecível Paulo Acosta, que faz muita falta por sua inteligência e humor, sempre com uma piada pronta.

Além de bons amigos, quatro gremistas. Os três mosqueteiros, mais o D'Artagnan.

Quando Renato fez o segundo gol o Acosta se ajoelhou diante do monitor e beijou a tela, olhos cobertos de lágrimas.

Grêmio campeão do mundo!

Eu fiquei paralisado, estático, olhos arregalados. Depois, nos abraçamos felizes e abrimos uma cerveja qualquer - a '1983' sairia muito tempo depois, só em 2010.

Escrevi cada linha com emoção. Lembro-me que escrevi que o Grêmio havia vencido o Hamburgo com sua alma gaúcha, sua garra, sua bravura, aliada ao talento de alguns jogadores. Arte e força.

Nem sonhava que 23 LONGOS ANOS DEPOIS, teria que redigir o texto principal, de capa, da conquista do mundial pelo Inter. Encarnei tanto o sentimento colorado naquelas linhas escritas em 2006 para o Correio do Povo que tem gente que até pouco tempo atrás jurava que eu sou colorado.

O jornalista é antes de tudo um prostituto. Pagou, a gente escreve. Por isso, na hora do trabalho não tem essa de gremista ou colorado. Pelo menos comigo foi sempre assim.

Agora, depois de 30 anos de mordaça, não tenho mais a obrigação de ser imparcial. Mas também não vou deixar de ser crítico e também de reconhecer a grandeza do Inter.

O futebol é coisa séria, mas pode ser tratado com humor, com brincadeiras, com provocações...

Mas, vc sabe dizer onde estava e o que fazia no dia 11 de dezembro de 1983?




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

No 'Gre-Nal' da Sul-Americana deu Grêmio

É brabo torcer pra time ruim.

Mesmo com um futebol deprimente, o Independiente venceu o Goiás por 3 a 1 e depois nos pênaltis, cinco acertos contra quatro do adversário.

Grêmio na Libertadores, por obra graça de um time ruim, que, na verdade, merecia mesmo é ser batido diante de sua torcida. E que torcida! Nunca vi tanto marmanjo chorando.

O Goiás foi mal no primeiro tempo. Depois, foi superior no segundo e na prorrogação. Na cada do adversário, um clube com sete Libertadores e dois mundiais nas costas.

Não tenho dúvida que o Independiente, no Brasileirão, faria companhia ao mesmo Goiás no grupo dos rebaixados.

Não vi nenhum jogador realmente talentoso nesse time.

O resultado foi injusto com o Goiás, mas justíssimo com o Grêmio, que fez por merecer uma vaga na Libertadores.

Então, aquilo que os colorados temiam aconteceu: pode ter Gre-Nal na Libertadores de
2011.

Na única vez em que os dois estiveram juntos na competição, não deu Gre-Nal porque o Inter caiu antes.

No 'Gre-Nal' da Sul-Americana deu Grêmio. Será um sinal?

SAIDEIRA

Prova provada: vi o jogo degustando a 1983 bem gelada. Além de gostosa, dá sorte.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Lexotan é a salvação

Pior que vencer só o Gauchão numa temporada, é não conquistar nem o Gauchão.

É uma frase lapidar, que me remete a esse torneio mundial de clubes.

Apesar da companhia de clubes inexpressivos, com suas equipes medíocres, é bom estar lá. Pior é ficar por aqui.

Vejam os talentos que despontaram no primeiro jogo, disputado hoje: Hugo e Fernando Baiano. Eles fizeram gols na vitória por 3 a 0 do glorioso Al Wahda sobre o poderoso Heraki United. O ‘alvada’, ou é ‘alvadá’? passou às quartas de final.

O glorioso clube dos Emirados Árabes pega o portentoso Seognam Ilhwa, da Coreia do Sul. Se vencer de novo, terá o direito de enfrentar a decadente Inter de Milão em uma das semifinais, na outra quarta-feira.

Usando uma expressão dos meus tempos de craque de futebol, lá na esquina das décadas de 60 e 70, ‘tá uma teta’ pro Inter ganhar o torneio e festejar o bi.

O bi que aquele juiz sacana tirou do Grêmio na decisão contra o Ajax, quando ele expulsou o Rivarola com base nas imagens de um telão no estádio.

Só com o Grêmio acontece esse tipo de coisa!

Decisão de mundial e o juiz olha pro telão, algo que nunca tinha sido feito e que nunca mais ocorreu. E ficou por isso mesmo.

Depois, o Arce que nunca errara pênalti, errou.

Agora é a vez do Inter.

A empolgação é tanta que os colorados quase lotaram o Beira-Rio pra assistir a um dos 350 filmes lançados sobre feitos da dupla Gre-Nal nos últimos anos.

O ruim é que quanto maior o entusiasmo, a expectativa, maior o sofrimento no caso de um fracasso, coisa que nós gaúchos, independente da cor clubística, não queremos, não é mesmo?

Quem leu até aqui já constatou como me sinto. É fácil perceber meu estado de espírito, sem forças até pra pensar no jogo do Independiente hoje contra o Goiás.

Sim, estou despeitado.

Com inveja.

Com medo. Mais que medo.

Pânico é a palavra mais adequada.

Vou pedir uns lexotan pro meu amigo Chico Izidro, o culpado de um dia ter indicado o
boteco pro Roedor Maldito.

O boteco era um lugar família. Mais um pouco vira prostíbulo da volunta.

SAIDEIRA

A notícia abaixo seria manchete em determinado jornal se o primeiro colocado fosse o Inter.

Acho que vai virar nota de rodapé, dependendo do espaço.

"A CBF divulgou nesta quarta o novo ranking nacional de clubes. E o Grêmio segue na primeira colocação, com 2.159 pontos. O Tricolor é seguido pelo Corinthians, que tem 2.137. O Inter está em oitavo, com 1.996, à frente do Cruzeiro".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jonas, a grande virada, e o bronze para Renato

Jonas, goleador do Brasileiro 2010 (não ganhou também no ano passado porque se lesionou umas sete ou oito rodadas do final quando liderava a tabela de artilheiros), e melhor atacante.

Está com um pé na seleção brasileira. O técnico Mano Menezes acenou com essa possibilidade durante a entrega dos prêmios, ontem.

O patinho feio, o cara que foi considerado o pior atacante do mundo por uns afoitos da mídia; o cara que ficou na reserva do decadente Alex Mineiro (afinal, por onde anda esse jogador um ano depois de ser titular do Grêmio?) na Libertadores do ano passado, perdendo um gol que nem Jonas em seu pior momento perderia na decisão contra o Cruzeiro.

Jonas deu a volta por cima. Imagino que hoje seja unanimidade entre os gremistas. Sei que existem alguns com um pé atrás, prontos para disparar contra ele na primeira queda de rendimento. "Esse nunca me enganou", vão dizer.

Vale o mesmo para o Renato. Tem gente na mídia também pronta para atacar na primeira sequencia de resultados negativos ou não tão bons.

Até eu cheguei a perder a paciência com Jonas algumas vezes. Mas sempre vi nele qualidades, e isso está escrito em inúmeros comentários. Escrevi que faltava ao Jonas mais confiança, mais moral, o que era difícil de conseguir no entra-e-sai, sem uma sequencia.

Existem jogadores que tem auto-estima elevada, que já entram arrebentando. Renato, jogador, foi assim. Alexandre Pato a mesma coisa.

Outros, como Jonas, e coloco na lista o André Lima, precisam de mais tempo.

Há tempo estou convencido de que o atacante, o centroavante, o matador, é o jogador mais sensível, aquele mais suscetível à crítica, e que precisa de plena confiança em si mesmo para render tudo o que pode.

O centroavante sempre entra em campo preocupado em fazer gol, porque sabe que se não marcar vai durar pouco. Eles, os atacantes, costumam repetir nas entrevistas que 'atacante vive do gol'. Então, já entram em campo com essa pressão.

Jonas não se firmava como titular porque perdia gols; ou perdia gols porque não se firmava como titular?

O que começou primeiro?

Assim que adquiriu confiança, melhorou sua auto-estima, Jonas mostrou a todos aquilo que eu já havia escrito e dito em programas de rádio e TV: ele é tão bom quanto Nilmar, só precisa de tempo para provar isso.

Agora, poderemos ter Jonas e Nilmar juntos na Seleção.

O futebol é mesmo fascinante.

SAIDEIRA

Renato Portaluppi foi o melhor treinador do campeonato. Pegou um time arrasado e colocou no topo. Muricy e Cuca pegaram times prontos, deram uma ajustada e o time andou.

Renato ficou com o bronze. Não deixa de ser uma conquista para um técnico sobre o qual pairavam dúvidas e desconfianças.

Mas ele merecia mais. Agora, respeito o critério de premiar o campeão. Não é justo, mas respeito.

Vejamos o Tite: entrou quase no final e poderia ter sido campeão. Seria ele o técnico do campeonato?

GORJETA

O botequeiro 'nordestino' Francisco lembra que o Roth deixou o Conca, o craque do campeonato, na reserva em sua passagem pelo Flu.

FECHANDO A CONTA

Muricy destacou a vitória sobre o Grêmio como decisiva na campanha. Só esqueceu de agradecer a Heber Roberto Lopes pelo apito amigo.

Aliás, Heber merece uma homenagem do Fluminense.

Sobre arbitragem: Simon é arrogante, mas é um bom juiz. Sem o Gaciba concorrendo, foi o melhor do Brasileiro deste ano. O Ricci, depois daquele 'erro' que afastou o Cruzeiro da briga pelo título, não poderia jamais ser eleito o melhor.

Ah, ontem vi o presidente da Comissão de Arbitragem, o Sérgio Correa, entregando os troféus. Um bandeirinha obscuro, que prejudicou o Grêmio escandalosamente numa decisão da década de 90, comanda a arbitragem brasileira.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Renato: a vitória do 'pensamento mágico'

Se a vaga na Libertadores acontecer, será a cereja no bolo.

A maior conquista que se poderia esperar diante do mal causado pelo trio Kroef/Meira/Silas (no ano passado era um quarteto, completado pelo Krieger) foi atingida: a recuperação magnífica do time no campeonato brasileiro.

Não conheço um gremista sequer que não temia por uma terceira queda para o inferno da segunda divisão. Eu mesmo já me daria satisfeito se Renato Portaluppi conseguisse afastar o Grêmio da zona de rebaixamento, onde foi deixado por seu antecessor, que só não afundou também o Flamengo porque não teve tempo (lá os cartolas foram ágeis).

Quem refletir um pouco sobre o time, o ambiente, a situação toda que Renato encontrou, não tem dúvida de que seu trabalho foi espetacular. Se vai continuar assim, não sei, ainda não consultei a minha bola de cristal, que, aliás, anda me sacaneando, não acerto uma, apostava na armação pra beneficiar o Corinthians, mas quem acabou campeão foi o Flu, o queridinho do Heber.

A maior conquista de Renato, depois de inverter a posição do time na tabela, é a recuperação da autoestima gremista, e tudo o que isso representa até em termos de arrecadação para o clube.

A campanha do Grêmio, campeão do segundo turno, ataque mais positivo do campeonato, goleador, etc. orgulha todos os gremistas.

Mais do que isso: torna a vida gremista mais suportável. Afinal, enquanto o time ganhou apenas um Gauchão (prêmio consolação dos incompetentes) em dois anos e jogou fora uma Libertadores por causa de uns aloprados, como diria o Lula, o seu maior adversário conquistou o bi da Libertadores e se encaminha para disputar o Mundial de clubes, a meu ver como favorito diante da decadência da Inter.

É nessa campanha, é em Renato, é na possibilidade de uma vaga na pré Libertadores, que a torcida se agarra nesse momento que é todo colorado.

A torcida gremista se agarra na esperança. E é por isso que fez tanta festa no Olímpico. A torcida está feliz com o seu time e com suas perspectivas para 2011.

A goleada sobre o Botafogo, uma vitória obtida sem sofrimento, algo raro antes de Renato,
foi festejada como um título. Renato levou os jogadores pra junto dos torcedores. Foi um momento de congraçamento, de agradecimento mútuo.

Renato conseguiu quase um milagre.

Quando ele foi contratado não faltou quem falasse em 'pensamento mágico' trazer o grande ídolo para salvar o time.

O tempo acabou provando que a relação do Grêmio com seu ídolo maior é mesmo mágica, e, com certeza, motivo de inveja aos clubes que não conseguem o mesmo com seus heróis do passado.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Exército, Tropa e a Traffic

Quando o Grêmio lançou o 'Exército Gremista' li e ouvi comentários criticando a ideia, que teria uma conotação belicosa, que contribuiria para colocar mais lenha na fogueira da guerra entre torcidas. Enfim, um monte de baboseira.

Na época, percebi nas críticas uma ponta de inveja, além de uma pitada de vontade de atacar qualquer iniciativa do Grêmio, da mesma forma que tem gente que gosta de atacar qualquer coisa que parte do Inter.

É a rivalidade Gre-Nal levada ao extremo, soterrando o bom senso e a imparcialidade.

'Exércio Gremista' é uma boa ideia.

Tanto que agora é imitada parcialmente pelo... Internacional.

Lia o jornal agora pela manhã e deparei com anúncio de página inteira convocando - como quem convoca para o Exército - a torcida a comparecer a exibição do filme Absoluto, que trata da conquista da Libertadores.

No anúncio é utilizada a expressão 'tropa', que remete para Exército, ou não?

A DESPEDIDA DA TROPA COLORADA PARA O MUNDIAL VAI SER UM FENÕMENO DE PÚBLICO.

É o que diz o anúncio em letras garrafais, como se dizia antigamente na redação dos jornais.

Se não é tropa/exército, a alternativa é tropa/boiada, esta sim pejorativa.

A segunda opção me faz lembrar antigos filmes do velho oeste americano. A imagem de centenas de bois, vacas, touros, bisões, búfalos, não importa, em disparada rumo ao...

Abismo.

Era uma bela imagem, naquela tela grande. Ficava com uma pena dos animais...

Mas o fato é que 'tropa' é empregada no sentido de exército, e ponto final.

E isso caracteriza, mais uma vez, uma imitação colorada, confirmando o que sempre escrevi: o Inter é o Filho e o Grêmio o Pai. Freud explica.

O Inter normalmente correndo atrás, e tentando superar o pai. Tem feito isso com muita eficiência.

Só falta a suprema imitação: a queda pra segundona. Duas vezes.

Aí, então, minha tese freudiana estará definitivamente confirmada.

SAIDEIRA

Há dois anos o Grêmio realizou uma eleição tumultuada. Resultado: o time afundou no Brasileiro, que estava na mão.

Hoje, o Inter repete o pai, digo, o Grêmio. Só que a briga parece ainda mais feia, sem contar o dinheiro que está rolando.

Vamos ver qual será a consequência em curto prazo.

GORJETA

A ZH faz uma especulação absurda: apresenta uma lista de grandes nomes que poderia vir para o Grêmio através da Traffic. Parece até comercial dessa empresa.

A Traffic passou pelo Palmeiras e pelo Atlético Mineiro.

Sem mais palavras, meretíssimo.

FECHANDO A CONTA

O prêmio para o quarto lugar no Brasileiro é de 2 milhões de reais. O quinto, leva 1 milhão de reais.
Já é um bom motivo para vencer o Botafogo, independente da Sul-Americana.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

1983: últimas unidades


Atenção, quem quiser 'acompanhar' os jogos do Inter no mundial com a '1983, a cerveja pé-quente'', ou
presentear com o kit (cervejas com ou sem copo), precisa acelerar, porque restam poucas unidades de long neck e
de 600 ml.

INVESTIMENTO (preço não se usa mais)
3 long neck: 18 reais
2 long e um copo: 24 reais
1 600 ml: 10 reais
EM TEMPO: A IDEIA NÃO É GANHAR DINHEIRO, MAS ATORMENTAR OS COLORADOS.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A revista Vip e os campeões do mundo

A revista Vip, edição de dezembro, comete um sacrilégio aos adoradores da Fifa, gente que passou a cultuar a entidade dos velhinhos da Suíça após a conquista do título mundial – 23 longos anos depois do seu maior rival.

Sempre que um desses recentes adoradores da Santa Fifa se refere ao título obtido – em grande estilo, reconheça-se – fazem questão de fixar ‘campeão do mundo Fifa’.

Até acho que a continuar nesse ritmo o clube irá chamar-se Sport Club Internacional-Fifa. Não soa bem? Algum conselheiro poderia apresentar essa proposta de mudança estatutária. Olha, nem precisa me dar crédito pela (brilhante) idéia.

Mas eu falava sobre a Vip, que traz na capa uma beldade, um colírio para os olhos cansados desse botequeiro. É a Priscila Fantin, ainda melhor depois de um fotoxópi feito no capricho. Eu a receberia de braços abertos até sem o fotoxópi.

A revista ousou (quanta audácia!) colocar no mesmo nível o título ‘Fifa’ do Inter com o título mundial do Santos de 1962 (vejam só!), e, pior ainda, ao lado do título mundial do Grêmio, obtido em 1983, quando muitos colorados desses que gritam nas arquibancadas do Beira-Rio nem haviam nascido.

A Vip fez um torneio, comparando as equipes que venceram o Mundial ao longo dos anos, com ou sem a chancela da Fifa.

Começa com a fase classificatória, na qual o Inter elimina o Corinthians, campeão daquele torneio fajuto feito em SP pela mesma idolatrada (pelos colorados) Fifa.

E por que o Inter eliminou, com justiça, o Corinthians: porque tinha o título da Libertadores, algo que o Lula e os demais corinthians não conhecem nem o cheiro.

O Grêmio é eliminado pelo São Paulo de um ano que não me lembro agora. É aquele que tinha o Raí e o Telê de treinador. Justo. Nada a reparar.

O Santos de 62 eliminou o Santos campeão do mundo (não-Fifa) de 63. Aqui um aparte pra dizer que comecei a gostar de futebol vendo os gols de Pelé sobre o Benfica nas decisões do mundial de 62, pelo canal 100, nos cinemas.

No final, o Santos de 62 acaba campeão desse torneio hipotético criado pela Vip.

Questão de ordem: eu tenho a Vip em casa. Depois informo como foi essa grande decisão do torneio entre os times brasileiros campeão do mundo, que continuarão sendo campeões do mundo quer queiram a Fifa e o Inter.

Aliás, outros campeões do mundo/Fifa não fazem questão dessa vinculação.

É coisa nossa.

E sabem por que? 1983 continua doendo.

É por isso que lancei a cerveja e os copos.

São meus patuás contra o mau olhado. Alho contra os vampiros.

SAIDEIRA

A Vip só não comparou o Grêmio de 1983 (a cerveja campeã) com o Inter de 2006.

Eu acho que o Grêmio tinha melhor time. E vocês?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O futebol e a lavagem de dinheiro

O dia em que os órgãos competentes acompanharem o futebol com lupa, a mesma com que fiscalizam pequenos e médios empresários, eu vou comemorar.

Gostaria muito de ver o Ministério Público, sempre tão vigilante, e também a Receita e a Polícia Federal, atuando em cima dessas fundações e institutos que jogadores e técnicos de futebol criam depois (e durante) longa estadia no exterior.

O sujeito desembarca no aeroporto e já está abrindo uma entidade em que se propõe a executar projetos sociais, normalmente com crianças e jovens carentes. Alguns aproveitam para unir o útil ao agradável, descobrindo guris talentosos para o futebol.

São projetos, em tese, meritórios, tanto é que seus mentores conseguem apoio e incentivo de órgãos públicos.

Há, na maioria desses casos, um investimento pesado de recursos financeiros desses seres caridosos, quase todos oriundos de classes sociais mais baixas, aparentemente preocupados em devolver à sociedade parte do que o futebol lhes deu.

A questão é que essas entidades podem servir para lavagem de dinheiro.

Vamos supor que eu crie uma fundação, ou um instituto. Poderia ser o Instituto 1983. Armo um circo, consigo a parceria da prefeitura, universidades, etc.

A ideia, na verdade, é legalizar a fortuna que estou amealhando com a cerveja 1983.

Posso, por exemplo, implantar campos de futebol com grama sintética para a gurizada carente. Cada campo pode custar uns 50 mil reais, por exemplo. Mas eu consigo que o fornecedor da grama sintética emita uma nota de 1 milhão de reais, ressarcindo-o dos impostos incidentes sobre a nota.

Assim, já esquento uma parte do que arrecadei com a 1983.

Na verdade, com o dinheiro da 1983 eu não consigo fazer nem um campo de futebol de mesa.

Mas esse pessoal do futebol volta com muuuuuito dinheiro. É possível que isso ocorra também com dirigentes, não daqui, claro.

O presidente da CBF está sendo acusado de ter recebido dinheiro por fora da ISL, de ter uma empresa no exterior só pra esse fim ilícito. Mas deve ser um caso isolado, não é mesmo?

Quero acreditar que a maioria desse pessoal do futebo siga a legislação e não recorra a esses expedientes para lavar dinheiro.

Agora, que seria bom ver uma fiscalização em cima de tais empreendimentos, seria.

Obervação: o texto acima nada tem a ver com o Instituto Ronaldinho, que está fechando suas portas, atingindo mais de 500 jovens que o frequentam. É mera coincidência.