sábado, 30 de outubro de 2010

O sopro dos apitadores e os avalistas da corrupção

Mais um jogo marcado pela incompetência da arbitragem. Se na quinta o Grêmio foi prejudicado escandalosamente, neste sábado o sopro do apito impediu que a nau vermelha afundasse em pleno Beira-Rio, diante de uns 30 mil torcedores.

O empate por 1 a 1 foi injusto para o Santos. Para começar, Edu Dracena marcou um gol de cabeça que o juiz Paulo Godói Bezerra não validou. E o quarto árbitro, Francisco Neto, um que foi apontado tempos atrás como sendo um torcedor colorado no apito, informou que a bola não entrou.

O lateral Nei tirou a bola pelo menos meio metro após a linha. Meio metro. É claro que depois daquele lance na Copa do Mundo, os bandeiras não precisam ver mais nada, só aquilo que lhes interessa.

As imagens da TV, na diagonal do campo, provam que o bandeirinha das sociais teve todas as condições de ver que a bola entrou. Nem precisava ouvir o quarto árbitro, que eu não vi onde estava, mas que imagino estivesse perto da goleira.

Na Copa, foi um escândalo. Aqui, a mesma coisa.

Curioso: em dois jogos seguidos em POA os quartos árbitros são destaque, e ambos em situação a favor do Inter, um vibrando atrás da goleira; outro influenciando no resultado do jogo.

Agora, preocupante para o torcedor colorado foi mais uma vez o goleiro Renan. Que saída medonha nesse lance. Ele foi lá na linha do pênalti para soquear a bola. Se tivesse ficado parado dentro da goleira a bola cairia mansa em suas mãos.

Para completar, um pênalti acintoso do Kleber em Neymar, a poucos metros do juiz. O jogador colorado tirou o guri pra dançar na quina da grande área.

Então, em dois jogos seguidos, o Inter é beneficiado (no Gre-Nal também o foi). E o Grêmio em dois jogos seguidos é afrontado em sua grandeza e nada acontece.

É claro que amanhã isso vai acontecer com o Inter, mas agora é com o Grêmio.

Com isso, o Grêmio teve travada sua arrancada rumo ao grupo da Libertadores e quem sabe até ao título.

São cinco pontos sonegados pelos apitadores de plantão.


PERGUNTA DE BEBUM

Esse Francisco Neto vai apitar jogos do Grêmio e do Inter no Gauchão???????

SAIDEIRA

Amanhã, os avalistas da corrupção vão festejar mais quatro anos. Se a esperança é a última que morre, a minha em termos de Brasil já morreu a horas.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Contra Conca e a arbitragem fica difícil

O juiz Heber Roberto Lopes imitou Carlos Simon.

Talvez tenha pensado: se o melhor árbitro do país, o juiz dos Mundiais, pode deixar de marcar pênalti a favor do Grêmio - como aconteceu no último Gre-Nal -, por que eu, um juiz que só não é decadente porque nunca subiu, com fama consolidada de caseiro, tenho que marcar?

E não marcou. O zagueiro Leandro Eusébio quase dividiu Jonas ao meio dentro da área, numa falta inquestionável, e Heber fez de conta que era uma jogada normal. Não deu o pênalti.

Dizem que ele levou o apito à boca para marcar. Acredito. Mas aí ele se deu conta que estava na casa do Fluminense.

Se o ato cirúrgico tivesse sido praticado por um zagueiro do Grêmio no Washington, na área do Grêmio, ele com toda a certeza levaria o apito à boca e o sopraria com toda a força dos pulmões, correndo qual uma gazela, braço direito esticado, apontando a marca do pênalti.

Quando soube da indicação de Heber para apitar esse jogo, temi pelo pior. Tinha certeza de que o Grêmio no máximo conseguiria um empate.

Assim como no Gre-Nal, o Grêmio mereceu vencer. Foi superior ao Fluminense, que estava muito desfalcado, diga-se.

O problema é que o Fluminense tem o melhor jogador do campeonato, o Conca, este que foi tema de dois comentários meus nesta semana aqui no boteco, e que o Grêmio tenta contratar usando o prestígio de Renato Portaluppi.

Por sinal, ao final do jogo, Conca correu para abraçar Renato. Namoro ou amizade? Os dois se dão bem desde os tempos de Vasco.

Se o Grêmio tem Douglas, o Flu tem Conca. O argentino marcou um golaço no primeiro tempo, talvez o único lance de ataque dos cariocas nessa etapa. Já o Douglas não acertou um chute, nem cobrança de escanteio, embora também seja um grande jogador.

No segundo tempo, o Grêmio foi avassalador. Domínio absoluto. Mas poucas conclusões com perigo. Agora, uma delas...

Se Heber saiu do estádio criticado por não ter marcado o pênalti e depois amarelado meio time do Grêmio por reclamação, o que dizer do sr. André Lima? Ele teve a bola de jogo na sua cabeça, mas mandou por cima. Estava sozinho, o goleiro paralisado embaixo da trave.

Heber é localista, caseiro, um mau juiz. André Lima não chega a ser mau jogador, mas quem é festejado por ser bom cabeceador não poderia ter perdido essa oportunidade.

Não se pode atribuir os 2 a 0 (o segundo também foi de Conca) apenas ao juiz. O ataque gremista fez muita fumaça, mas pouco fogo. Aliás, repetiu o Gre-Nal.

Sobre arbitragem, ainda: alguém vai escrever que Heber, a exemplo de Simon no Gre-Nal, também teve 'grande atuação'?

O resultado põe um fim ao delírio de pensar no título brasileiro e afasta o time do sonho de uma vaga na Libertadores, que agora ficou muito mais difícil.

Já o Muricy, o iluminado, parte em busca de mais um Brasileirão.

O problema dele é que há um Tite no meio do caminho, agora ainda mais forte porque comanda o queridinho da CBF.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Namoro ou amizade?

Frase de Renato Portaluppi sobre Conca:

— O Conca é um amigo. Tenho orgulho de ter trabalhado com ele. Ele está entre os cinco melhores do Brasil porque ele realmente é diferenciado. E fora das quatro linhas também é um cara exemplar.

Frase do Conca sobre Renato:

— Tenho uma amizade muito boa com o Renato. É um grande treinador, que me ajudou muito. É uma grande pessoa e tenho muita admiração por ele. Vai ser muito bom reencontrá-lo.

É namoro ou amizade? É por aí que o Grêmio quer chegar no argentino.

A relação entre os dois é muito boa. Renato foi o treinador de Conca no primeiro ano do argentino no Brasil, em 2007. Os dois trabalharam juntos no Vasco. em 2008, Renato foi para o Fluminense e lembrou de Conca. Os dois quase foram campeões da Libertadores. O Flu era muito melhor do que a LDU. Foi um crime.

Repito: Conca é o melhor articulador em atividade no futebol brasileiro. Aliás, neste aspecto, os argentinos dão de relho: tem ainda o D'Alessandro e o Montillo.

Se conseguir Conca e garantir Renato, o Grêmio começará 2011 com o pé direito.

SAIDEIRA

Recebi há tempo um video em que o Presidente do Nunca Antes discursa, no tempo em que tinha a barba mal cuidada para compor o tipo de operário, ataca o bolsa-escola, chamando de tudo e mais um pouco.
Em outro vídeo, elle discursa defendendo o bolsa-família (uma bolsa-escola piorada porque não exige nada em troca, a não ser o voto, de modo subliminar, mais adiante) atacando ferozmente os críticos por usarem os mesmos argumentos que ele antes, quando convinha, utilizava.
É muita cara de pau.
E tem gente que gosta e ainda pede bis...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Conca para 2011

O Grêmio acompanha com atenção o desenrolar da negociação para a renovação de contrato de Conca com o Fluminense.

O jogador está insatisfeito com a proposta recebida e com a tática 'empurra com a barriga' da direção, que promete resolver a questão e não resolve.

Conca admite que sua paciência está terminando. Seu contrato vai até o fim de 2011.

A informação que eu recolhi é que Renato já entrou em campo. O técnico do Grêmio é um grande admirador do meia argentino, peça fundamental no time que foi vice campeão da Libertadores.

Assim como foi decisivo para trazer Gabriel, Renato pode contribuir para trazer Conca para o Olímpico.

Conca joga aquilo que Douglas pensa que joga, e mais um pouco. É melhor que D'Alessandro, porque mantém o nível o tempo todo. É um jogador participativo, interessado, além de muito talentoso.

E tem personalidade forte, de vencedor. Contra o Atlético-PR, domingo, ele tirou a bola das mãos de Washington, que se preparava para bater um pênalti. Conca pegou a bola e fez o gol de empate.

Conca jogou todas as partidas do Fluminense neste Brasileirão.

Ele ganha bem menos do que Fred e Deco no Flu.

O Grêmio pode pagar o quanto Conca vale. Basta liberar alguns medalhões que mais ficam de fora do que jogam.

Só tem um probleminha: ele fará artroscopia do joelho esquerdo ao final do campeonato. Tem jogado com dor há tempo. Imagine se jogasse sem dor.

Conca, está aí o craque que o Grêmio precisa.

Ah, outra coisa, ele nasceu em 1983...

domingo, 24 de outubro de 2010

Depois da sensação de goleada, alívio com o empate

O Grêmio foi melhor. Foi o time que melhor trabalhou a bola na zona de ataque, tabelando, criando jogadas e situações de gol com troca de passes e dribles.

O que o ataque gremista fez durante a maior parte do jogo, o do Inter conseguiu realizar quando ficou com um jogador a mais em campo. O Grêmio ficou encurralado, porque, afinal de contas, o Inter tem jogadores de qualidade, como D'Alessandro.

A bem da verdade, o talento do argentino só apareceu com a expulsão de Fábio Rochemback, que fazia uma partida formidável. Deve-se considerar também que Rafael Sobis foi o companheiro que faltava para D'Ale.

O Grêmio teve o jogo na mão até os 15 do segundo tempo. Fazia tempo que eu não via uma superioridade tão grande no clássico. Foi um vareio.

E por que? A troca de um marcador, Gleidson, por um atacante, Sobis, num primeiro momento foi ótima para o Grêmio, que ficou com mais espaço para atacar.

O jogo estava 1 a 0, gol de André Lima de cabeça no primeiro tempo. O Grêmio teve chance de fazer uns dois gols tranquilamente. Mas aí houve excesso de preciosismo na hora de concluir. Lembro de um lance de Lúcio pela meia esquerda, na risca da grande área e em condições de avançar e chutar. Ele preferiu o passe e jogada foi perdida.

Teve outro lance com Douglas. Bola rolando, mansa, no seu pé esquerdo. Ele repetiu o que havia feito no primeiro tempo e tentou colocar. A bola subiu demais. Aliás, Douglas foi o pior jogador do Grêmio. Por esses dois gols perdidos, pela omissão na maior parte do tempo.

Em meio ao chocolate gremista, pensei: o Inter tem jogadores talentosos, se facilitar daqui a pouco tudo pode virar.

E não deu outra. Lembro-me de como iniciou a reação colorada. Douglas foi enfeitar pelo lado direito, Guinazu roubou a bola, que foi parar nos pés de D'Ale, depois Sobis. A falta do Wilson. A cobrança de D'Ale e uma defesa milagrosa de Victor. Na sequência, no rebote do escanteio, a bola sobrou pro argentino, que obrigou Victor a salvar de novo.

Pronto, o jogo havia mudado. Em seguida, o gol de pênalti marcado por Alecssandro. FR, de cima da risca, havia defendido com a mão, de quebra, a expulsão.

O 1 a 1, então, ficou de bom tamanho para o time que havia dominado e criado inúmeras situações de gol e agora via a casa desabar em pleno Olímpico.

É nessas horas que acontecem milagres. Quando parecia perdido, Fábio Santos brilhou. Recebeu passe precioso de André Lima, invadiu a área como gente grande e meteu de bico na cara do Renan: 2 a 1.

Com um jogador a menos, o Renato reforçou a marcação com Adilson. Mas aí o jogo ficou à feição para o talento de Sobis e D'Ale, que lá pelas tantas, em meio ao sufoco, dominou na frente da área e chutou no canto esquerdo, inapelável: 2 a 2.

Se alguém tinha alguma dúvida sobre quem é melhor, se D'Ale ou Douglas...

Nos contra-ataques, o Grêmio ainda ameaçou o terceiro gol. Mas eu não tenho dúvida que com mais uns cinco minutos o Inter faria o terceiro.

Sobre os treinadores. Vitória tática do Renato. É incrível como o Roth não conseguiu bloquear o lado esquerdo do Grêmio com Lúcio e Fábio Santos. Roth fez o feijão com arroz. Teve, na realidade, muita sorte.

SAIDEIRA

Carlos Simon. Não fez nada mais do que dele eu esperava. Soube controlar os jogadores, impedindo que o jogo descambasse. Até aí, tudo bem.
Mas nitidamente pendeu para o Inter nas pequenas faltas.

Houve um lance em que André Lima disputou com Índio e cabeceou. Simon marcou falta do atacante, sinalizando que ele havia tocado com o braço na bola. Em outro lance, ele inverteu falta sofrida por André Lima, marcando contra o atacante. É claro que errou também contra o Inter, mas muito menos.

Agora, aos 29 do primeiro tempo, ele deixou de marcar pênalti sofrido por Lúcio, empurrado por Bolívar, e na sequencia uma dividida de bola entre Renan e Jonas. O goleiro pode ter cometido falta em Jonas, mas fiquei na dúvida. O empurrão nas costas de Lúcio, que ia dominar a bola dentro da área, foi nítido. Acho que até o pipoqueiro fora do estádio viu.

Ah, comprovando uma velha tese: Guinazu pode bater à vontade que ele só leva cartao amarelo depois dos 30 minutos do segundo. Não deu outra. Ele levou cartão só aos 35 após violenta entrada no Clementino.

Virada política no Inter e o favoritismo no clássico

O domingo começa com uma informação que confirma o que escrevi há tempo: a dupla Vitório Píffero-Fernando Carvalho vai continuar no comando.

Os atuais candidatos já teriam recuado em favor dos dois.

Dias atrás escrevi que o Inter perderia muito sem VP e, principalmente, FC, e que a tendência seria de queda a partir de 2011.

Acometido de Santanite Aguda, acho que andam me lendo no seio colorado. Primeiro, foi o o presidente do Nunca Antes Se Viu Tanta Corrupção, que usou a expressão 'exterminador do futuro'.

PRATO PRINCIPAL

Agora, o domingo é de Gre-Nal.

O Grêmio é o favorito. Joga em seu estádio, vive melhor momento com Renato, tem o goleador do campeonato e seu goleiro é muito melhor do que o do Inter.

A favor do Inter, um time melhor entrosado, um esquema mais consolidado.

Motivação sobra para os dois.

Como Gre-Nal é Gre-Nal e vice-versa, tudo pode acontecer.

Se eu tivesse que apostar, ficaria no empate. Num buquimequi, no qual sou um dos lanternas, apostei no 1 a 1.

Se o clássico tiver vencedor, será o Grêmio.

Bem, esperemos que o sr. Carlos Simon faça uma arbitragem isenta, corajosa e transparente, sem favorecer nenhum dos lados, que é como sempre deveria ser no futebol.





que, kiioy> do vírus Santanite AgurN~soAgoraçcom qualquer candnPFC baseado esad: na hora H, com divisão das correntes, vai dar FC

sábado, 23 de outubro de 2010

Ferreira Gullar, outro 'reaça'

Ferreira Gullar é comunista, foi preso durante os governos militares, não se tratando de nenhum “reacionário”, como adoram dizer alguns leninistas participantes do governo Lulla. Portanto é uma avaliação sobre o governo Lula e sua candidata Dilma, vinda de um comunista histórico.

Artigo publicado na Folha de SPaulo, dia 5 de setembro de 2010.

Vamos errar de novo?

Por Ferreira Gullar

FAZ MUITOS ANOS já que não pertenço a nenhum partido político, muito embora me preocupe todo o tempo com os problemas do país e, na medida do possível, procure contribuir para o entendimento do que ocorre. Em função disso, formulo opiniões sobre os políticos e os partidos, buscando sempre examinar os fatos com objetividade.

Minha história com o PT é indicativa desse esforço por ver as coisas objetivamente. Na época em que se discutia o nascimento desse novo partido, alguns companheiros do Partido Comunista opunham-se drasticamente à sua criação, enquanto eu argumentava a favor, por considerar positivo um novo partido de trabalhadores. Alegava eu que, se nós, comunas, não havíamos conseguido ganhar a adesão da classe operária, devíamos apoiar o novo partido que pretendia fazê-lo e, quem sabe, o conseguiria.

Lembro-me do entusiasmo de Mário Pedrosa por Lula, em quem via o renascer da luta proletária, paixão de sua juventude. Durante a campanha pela Frente Ampla, numa reunião no Teatro Casa Grande, pela primeira vez pude ver e ouvir Lula discursar.

Não gostei muito do tom raivoso do seu discurso e, especialmente, por ter acusado “essa gente de Ipanema” de dar força à ditadura militar, quando os organizadores daquela manifestação -como grande parte da intelectualidade que lutava contra o regime militar- ou moravam em Ipanema ou frequentavam sua praia e seus bares. Pouco depois, o torneiro mecânico do ABC passou a namorar uma jovem senhora da alta burguesia carioca.

Não foi isso, porém, que me fez mudar de opinião sobre o PT, mas o que veio depois: negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura -o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC. Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa.

Durante o governo FHC, a coisa se tornou ainda pior: Lula denunciou o Plano Real como uma mera jogada eleitoreira e orientou seu partido para votar contra todas as propostas que introduziam importantes mudanças na vida do país. Os petistas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao perderem no Congresso, entraram com uma ação no Supremo a fim de anulá-la. As privatizações foram satanizadas, inclusive a da Telefônica, graças à qual hoje todo cidadão brasileiro possui telefone. E tudo isso em nome de um esquerdismo vazio e ultrapassado, já que programa de governo o PT nunca teve.

Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio. Não obstante, para espanto meu e de muita gente, conquistou enorme popularidade e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.

No polo oposto da disputa está José Serra, homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada. Enquanto ele apresenta ao eleitor uma ampla lista de realizações indiscutivelmente importantes, no plano da educação, da saúde, da ampliação dos direitos do trabalhador e da cidadania, Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.

A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública. Foi Serra quem introduziu no Brasil o medicamento genérico; tornou amplo e efetivo o tratamento das pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, o que lhe valeu o reconhecimento internacional. Suas realizações, como prefeito e governador, são provas de indiscutível competência. E Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República? Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.

O povo nem sempre acerta. Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada -Jânio e Collor. O resultado foi desastroso. Acha que vale a pena correr de novo esse risco?

Celso Daniel: um cadáver insepulto

Manchete do jornal Estadão deste sábado volta a lembrar o caso escabroso envolvendo a morte do prefeito Celso Daniel:

PT e Gilberto Carvalho viram réus em ação sobre propina em Santo André

O partido e o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são acusados de participação numa quadrilha que cobrava de empresas de transporte para desviar R$ 5,3 milhões dos cofres públicos

Ana Paula Scinocca e Leandro Colon

BRASÍLIA- Uma decisão da Justiça traz de volta um fantasma que acompanha o PT e transforma em réu o partido e o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. O assessor e o PT viraram réus num processo em que são acusados de participar de uma quadrilha que cobrava propina de empresas de transporte na Prefeitura de Santo André para desviar R$ 5,3 milhões dos cofres públicos. O esquema seria o precursor do mensalão petista no governo federal.

.....


Segundo a ação, o assessor de Lula transportava a propina para o comando do PT quando era secretário de governo do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002. "Ele concorreu de qualquer maneira para a prática dos atos de improbidade administrativa na medida em que transportava o dinheiro (propina) arrecadado em Santo André para o Partido dos Trabalhadores", diz a denúncia aceita pela Justiça.

De acordo com a investigação, os recursos eram entregues ao então presidente do PT, José Dirceu.

Sombra.

Apontado pelo Ministério Público como mandante do assassinato de Daniel, o ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, é companheiro de Carvalho na relação de réus. Somam-se ao grupo o ex-secretário de Transportes Klinger Luiz de Oliveira Souza, o empresário Ronan Maria Pinto, entre outros. "O valor arrecadado era encaminhado por Ronan ao requerido Sérgio e chegava, em parte, nas mãos de Gilberto Carvalho, que se incumbia de transportar os valores para o Partido dos Trabalhadores", afirma a denúncia.

"A responsabilidade de Klinger e Gilberto Carvalho decorre da sua participação efetiva na quadrilha e na destinação final dos recursos." O dinheiro, aponta a investigação, serviu para financiar campanhas municipais, regionais e nacionais do PT. Por isso, o partido também responderá ao processo como réu.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cervejaria do Boteco


A Cervejaria Tabajara Ltda segue a toda espuma.
No flagrante acima, Gabriel Wink, trabalhador abnegado, sem carteira
assinada, em pleno domingo, opera um triturador de grãos (no caso,
malte alemão) de última geração.

Ao lado, 15 litros da cerveja 1983 fermentando em modernos
recipientes, dentro da mais alta tecnologia.

Em poucos dias, começaremos a entregar os kits encomendados.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Exterminador do futuro diante do espelho

Tempos atrás escrevi que esse governo do 'nunca antes' faria qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pra não largar o osso, igual a um cão faminto.

O que os militantes petistas fizeram com Serra no Rio foi covardia, baixaria com direito a pedrada ou algo parecido. O SBT mostra uma imagem de uma bola de papel arremessada pelos desvairados na cabeça de Serra. A Globo mostra outra imagem, de um objeto pesado, atingindo depois a cabeça do candidato. É claro que nos programas do PT só aparece a primeira imagem.

A questão maior é que o candidato da oposição foi impedido por gente desesperada a continuar sua caminhada. Não me lembro de o mesmo ter ocorrido com a sra. Dilma, que, aliás, anda esbanjando uma 'simpatia' que nunca teve.

Escrevi, também, isso já há uns quatro anos, que o comandante desse governo era, na verdade, o 'exterminador do futuro', principalmente em função de sua política permissiva em relação à destruição da floresta amazônica. Tanto isso é verdade que a ecologista Marina Silva não resistiu e caiu fora.

Hoje, meu estômago embrulhou quando ouvi que o principal cabo eleitoral da candidata deste governo declarou, em Rio Grande, que os governantes que o antecederam eram 'exterminadores do futuro'.

O sujeito se apropriou da minha definição, mas para referir-se a outros, que, aqui entre nós, também merecem esse rótulo, exterminadores do futuro, ao menos no quesito preservação da natureza.

Agora, fiquei preocupado. Será que 'eles' estão lendo este blog?

Já tô levando medo...

SAIDEIRA

Seguem as pesquisas manipuladoras. Querem dar o jogo por jogado.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Simon, o retorno

Carlos Simon tem uma trajetória vitoriosa como juiz de futebol. Teve grandes atuações ao longo da carreira. Poucos árbitros atingiram o nível dele no futebol sul-americano. Merece respeito.

Agora, se em todos esses anos ele acumulou arbitragens exemplares, também é verdade que foi o juiz, pelo menos entre os maiores, que mais erros grosseiros cometeu e que até hoje repercutem. E não apenas aqui no RS.

Como a bronca é com sua indicação - chamar o que acontece na comissão de arbitragem de sorteio é brincadeira de mau gosto - para apitar o Gre-Nal, limito-me a dois erros absurdos, inexplicáveis até para um juiz substituto da várzea.

Aquela bola recuada por um zagueiro para o goleiro Clemer num Gre-Nal - todo o estádio viu o lance - e ele nada assinalou; e a prorrogação de uma decisão do Gauchão entre Inter e XV de Campo Bom, em que ele não contou os minutos do intervalo em que os dois times trocam de lado.

Nesses dois erros o Inter foi beneficiado.

E é por isso, e talvez por mais alguma coisa, que a torcida gremista quer ver Simon longe dos gre-nais. É uma avalanche de críticas à sua presença no Olímpico.

Agora, a estatística aponta que o Grêmio mais venceu do que perdeu clássicos com Carlos Simon.

Então, pode haver exagero na demonização de Simon.

Respeito Simon como um juiz que construiu uma carreira sólida e vitoriosa.

Mesmo levando isso em conta, ainda assim penso que o favoritismo do Grêmio(que já não era lá essas coisas) diminuiu para o Gre-Nal de domingo.

O Gre-Nal e os treinos secretos

Sempre fui contra treinos secretos. Alguns treinadores que não tem nada para mostrar banalizaram o treino secreto. Uma forma de evitar que os repórteres mais atentos descobrissem que ele, o treinador, na verdade não sabia o que fazer nos treinos, a não ser o trivial do trivial.

É claro que um treino com portões fechados à imprensa e à torcida em determinados jogos é aceitável. Não vejo nada de mal nisso.

Numa semana Gre-Nal, por exemplo, seria natural um treino secreto para acertar alguns detalhes, treinar algum tipo de jogada, embora eu acredite que na maioria das vezes isso nada resolve.

Neste domingo, além de um grande jogo, com os dois times empolgados e interessados na vitória não apenas por ser um clássico, mas porque o resultado pode afetar o objetivo de cada um no Brasileiro, inclusive com reflexos na Libertadores/2011, teremos o confronto entre um treinador adepto do treino secreto e outro que não está nem aí pra essa bobagem consagrada por técnicos como Mano Menezes e outros menos votados.

Como eu sou um ser contraditório, até acho que o Renato Portaluppi poderia quebrar essa rotina de franquear os treinos a todos e fechar os portões na sexta-feira, ou no sábado, para treinar alguma jogadinha em cobranças de falta, de escanteio.

Afinal, num jogo tão equilibrado como se prevê, a vitória, ou a derrota, pode ocorrer num detalhe. Felipão é mestre em cuidar dos detalhes.

Outro que é cuidadoso e que valoriza os detalhes é o técnico Tite, que assume o Corinthians em meio a uma crise interna que resultou na queda de Adilson. Torço pelo Tite.

Mas vou torcer muito pelo sucesso de Renato no clássico, até para calar de vez a boca de alguns analistas esportivos que esbravejam nos microfones que Renato era um mau treinador – isso sem ter acompanhado seu trabalho de perto -, e mais, que nem treinador seria.

Agora, com sua tese esmagada a cada vitória do Grêmio, esses comentaristas, sem humildade para reconhecer seu erro de avaliação, insistem em repetir que a sorte acompanha Renato, que ele é um iluminado, tem estrela. Com isso, sonegam o mais importante: que Renato é mesmo um bom treinador. E ainda por cima com estrela, como se está vendo.

Renato pode cometer seus erros, sem dúvida. Mas o que ele já conseguiu no Grêmio prova que estamos diante de um treinador em condições de figurar em breve entre os melhores do futebol brasileiro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O caso Leandro

O meia Leandro volta a ser notícia. Não por alguma jogada brilhante em campo, que é o que se poderia esperar de um jogador que custa caro aos cofres do Grêmio.

Leandro é destaque no espaço policial dos sites nesta manhã.

O jogador teria protagonizado cenas grotestas, incompatíveis a qualquer cidadação comum, mas principalmente a um atleta. Fazia um festa no condomínio luxuoso onde mora. Som alto, bagunça. Vizinhos reclamaram. A segurança foi acionada.

Leandro, então, teria ameaçado o síndico e alguns vizinhos. Foi registrada queixa na delegacia contra ele.

No mesmo local, uns três meses atrás, teria acontecido aquele incidente com o zagueiro Índio, que acabou sendo atendido numa emergência hospitalar.

É essa a resposta mais relevante que Leandro tem dado em sua passagem pelo Grêmio, clube que lhe paga mais de 200 mil mensais, segundo se comenta.

Ontem, ao elogiar a gestão de Meira no futebol, lembrando a contratação de Douglas, o presidente Duda esqueceu-se de mencionar Leandro. Até para ser mais justo.

Vamos ver agora o que fará o presidente diante desse escândalo envolvendo esse jogador, que realmente tem qualidades, mas que ainda não conseguiu jogar no Grêmio.

domingo, 17 de outubro de 2010

Os fogueteiros e a afirmação do Grêmio

Pior que um vizinho fogueteiro são dois vizinhos fogueteiros. Um é gremista, outro colorado.

Quando o Inter foi bi da Libertadores, o colorado soltou foguete até tarde da noite, invadindo a madrugada. Não satisfeito, às 7 da manhã soltou mais um.

Ontem, ele não soltou nenhum. O gremista, em compensação, estourou uns dois ou três a cada gol do Flamengo.

Hoje, o gremista esgotou o estoque quando Jonas virou o jogo no Olímpico, cobrando o pênalti duas vezes, e acertando as duas.

Bater o líder do campeonato, e de virada, num jogo muito difícil, em que o empate seria um resultado normal, merece mesmo comemoração efusiva.

Renato diz que está vendo a luz mais forte no fim do túnel, indicando que a vaga para Libertadores já não está tão distante. E não está mesmo.

Até eu, que de tanto levar laçasso no futebol, costumo ser contido, já estou ficando meio assanhado. A vaga na Libertadores ainda é muito difícil, ainda mais de forem apenas três, mas já não é impossível, como eu acreditava até a tarde deste domingo, antes da vitória por 2 a 1 sobre a forte equipe armada por Cuca.

Mas nem tudo é perfeito. O presidente Duda teve que lembrar do Meira no momento da vitória e da afirmação do Grêmio como equipe competitiva. Lembrou que Meira foi importante na conservação de Victor e Jonas, e na contratação de Douglas.

Bem, lutar para ficar com Victor é mais do que obrigação. O mesmo vale para Jonas, que alguém no clube queria trocar pelo lateral Vitor do Goiás. Agora, a contratação de Douglas, sim, é digna de todos os elogios. Se Meira é o pai da criança, então está aí um de seus acertos.

Duda poderia lembrar, também, que se dependesse de Meira talvez Silas estivesse até hoje no Olímpico. Não fosse por Meira, Silas teria saído do clube há muito mais tempo, o que provavelmente colocaria o Grêmio hoje como candidato ao título nacional, não apenas um postulante à vaga na Libertadores.

O jogo contra o Cruzeiro consolidou o crescimento do Grêmio.

O Gre-Nal de domingo será o divisor de águas no Brasileirão, tanto para o Grêmio como para o Inter.

Quem vencer, estará mais próximo de seu objetivo. Quem perder, pode enrolar a bandeira.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O zumbi e a esperança

Quem já perdeu a esperança, já não sonha, nem tem projetos, mesmo mirabolantes, é como um zumbi desorientado na noite mais escura.

Já me senti um zumbi muitas vezes.

Então, pra me sentir mais vivo, invento coisas pra me distrair, me divertir, desabafar, pra participar de alguma forma, como este boteco, como a cerveja...

O fato é que os últimos anos têm sido sufocantes, massacrantes.

No futebol, a primeira década do século consegue ser até pior de enfrentar do que a de 70. O Inter empilhou títulos gaúchos, ganhou três brasileiros, um de forma invicta.

Eu era jovem, sofria, mas podia agüentar. Meu ingresso no jornalismo esportivo, fazendo setor do Inter no distante 1978, tornou a dor mais suportável.

Hoje, as conquistas do Inter quase não me abalam. Quem sobreviveu a 1970 está curtido. Tudo se torna mais leve.

Mas quando junto ao sucesso do Inter vem a instabilidade do Grêmio, com alternâncias no poder sem que haja um projeto de médio e longo prazos, tudo se torna mais difícil.

Agora, o fardo fica insuportável quando se é obrigado a carregar um sapo barbudo, como dizia o grande e saudoso Leonel de Moura Brizola.

Já são oito anos. Oito anos. Escrevi muito tempo atrás que estamos diante do exterminador do futuro. A floresta amazônica, ou o que resta dela, é avalista desta afirmação.

Mas é aí que eu me abraço na esperança.

As pesquisas, depois de manipularem para soterrar a esperança ainda no primeiro turno, agora são obrigadas a registrar o crescimento da candidatura que pode restaurar a moralidade e bloquear o avanço de ideias nada democráticas como a ‘vigilância’ sobre o trabalho da imprensa.

A esperança nos faz acreditar no impossível. Gosto daquela frase: ele não sabia que era impossível e foi lá e fez. É mais ou menos isso.

Parece impossível, mas quem sabe não teremos uma surpresa? Sei que já tem gente desesperada por aí.

É também a esperança que motiva Renato Portaluppi a seguir acreditando na vaga da Libertadores. Conheço muitos gremistas que pensam da mesma maneira.

Tenho um vizinho que sempre que me vê repete:

- o Grêmio vai ser campeão!

E o pior é que ele acredita nisso mesmo.

Gostaria de ter essa fé. Gostaria de não ser tão racional. Gostaria de ser como aqueles mineiros chilenos.

Gostaria de acreditar na conquista da vaga na Libertadores.

Gostaria de ter mais confiança na vitória de Serra.

Mas o que me resta é mesmo apenas a esperança.

Não fosse ela, eu já teria me transformado num zumbi.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

1983, a polêmica

Em três meses de cervejeiro amador ganhei mais visibilidade do que em 30 anos de jornalismo.

Exagero à parte, a minha foto no blog sempreimortal, que está entre as minhas leituras por contar com colaboradores inteligentes e conhecedores de futebol, alavancou a procura pela 1983.

Vou saltar de 25 unidades comercializadas até agora para umas 80. Nesse ritmo, é possível que dentro de um mês poderei chegar a umas 150 unidades.

Então, aqueles que defendem que o Grêmio busque seus direitos e compartilhem da fortuna que vou levantar com as minhas long necks, estão certos.

Qual seria o percentual que caberia ao Grêmio? Digamos, 10%. Vendendo 150 unidades a cinco pilas vou engordar minha conta bancária em 750 reais. Tirando as despesas deve sobrar uns 100 reais, assim por cima.

A parte do clube é sobre o faturamento bruto ou líquido? É importante, porque ele pode faturar 75 reais ou 10 reais por mês (quantas cevas serão necessárias para pagar o salário de algum medalhão come e dorme do clube?)

Eu não estou mais no CP, mas continuo com a minha empresa de comunicação e marketing (a propósito, aceito propostas de trabalho). Então, tenho pouquíssimo tempo para fazer cerveja. E é um fim de semana aqui, outro ali.

Em três meses fiz 20 litros. Bebi a metade com amigos e familiares. O resto engarrafei, long necks e litrão.

Agora com o comercial gratuito do blog do grande gremista Bernardon sou obrigado a aumentar a produção. Vou terminar outubro com 30 litros. Dessa vez vou beber menos pra poder atender os pedidos.

Aqueles que se preocupam com o possível fim da 1983, um recado: ela vai continuar, nem que seja com rótulo vermelho.

A 1983 é uma boa ideia (repito, minha modesta empresa de um homem só presta serviço de marketing), mas tenho outras melhores. É sério!

Podem tentar secar a 'Cerveja Campeã', mas não há chance de secarem a minha abundante fonte de ideias.

No mais, estou grato pelos elogios recebidos e nem um pouco chateado com observações sobre direitos sobre isso ou aquilo.

Vou continuar brincando e, sempre que possível, encontrar um jeito de provocar meus amigos colorados, até porque eles andam insuportáveis.

A soberba historicamente atribuída aos gremistas, pelos anos de sucesso acumulado, agora mudou de lado.

Por isso, vou de 1983 pra cima deles.

De preferência, bem gelada.

SAIDEIRA

Por favor, não insistam: não tenho nenhuma cerveja disponível. Agora, só encomenda, e vai demorar um pouco. Vendas um kit por CPF, e não adianta chamar a família toda pra comprar (eheheh). O negócio é espraiar a brincadeira. Afinal, 1983 ainda dói neles.

DE ÚLTIMA

Danrlei entregou a camisa tricolor para o Lula. Pronto, agora só nos resta rezar.

Ah, Danrlei desabou no meu conceito. O que dá jogador de futebol se meter na política.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Eleição no Inter e suas consequencias

O Inter pode terminar o ano bicampeão do mundo, mas vai começar 2011 fragilizado.

A mudança no comando do clube é para pior. Fernando Carvalho e, em segundo plano, Vitório Piffero, estão na galeria dos maiores dirigentes do Inter e do futebol gaúcho.

Os dois juntos conquistaram títulos, uma dupla afinada, que lembra Koff/Galia (dupla campeã do mundo em 1983 (olha a cerveja campeã aí), e Koff/Cacalo. Antes, Hélio Dourado/Rafael Bandeira, Ballvê/Dallegrave, e mais uns poucos.

FC e Piffero são venceram quando estiveram juntos. Piffero até tentou jogar sozinho, mas foi obrigado a apelar para FC, que voltou para levar o Inter ao bi da Libertadores.

Os dois candidatos têm bons serviços prestados ao clube colorado, mas é muito difícil que consigam manter o elevado padrão do Inter desses últimos cincou ou seis anos.

Pela lei das probalidades, é quase impossível surgir uma nova geração vencedora tão rapidamente. Mas, por outro lado, 'impossível' nos últimos tempos parece não constar do vocabulário colorado.

É claro que o vencedor da eleição que está provocando um racha na situação, e um racha daqueles de deixar feridas abertas por longo tempo, vai encontrar uma estrutura sólida e vitoriosa e isso facilita. Mas mudanças serão inevitáveis, e tudo indica que talvez sejam para pior.

Vai depender da capacidade de comando e de aglutinação do novo presidente.

Mas o sucesso da nova gestão colorada vai depender, sem dúvida alguma, de Fernando carvalho. Se ele continuar no clube, com voz do comando em especial no futebol, as chances de o Inter seguir na 'senda de vitórias' aumentam consideravalmente.

Com FC fora, o Inter pode começar a descer a ladeira.

Já o Grêmio, com Paulo Odone, comprovadamente um bom dirigente, tende a ter um desempenho em 2011 muito superior ao da atual gestão, até porque pior não tem como ficar.

sábado, 9 de outubro de 2010

O patinho feio virou cisne

Insistir com Wilson de cabeça de área ainda é aceitável em determinadas situações, mas ele ao lado do Ferdinando é grossura em dose dupla.

Renato estava preocupado com a dupla Zé Roberto/Felipe, dois meias muito bons. Não adiantou escalar dois brucutus, porque o Vasco chegou aos 3 a 1.

Depois, com Ferdinando, o Invisível, fora do time, a reação puxada pelo rápido Diego, que entrou no lugar do volante.

Quando Ferdinando saiu o comentarista da Sport TV disse que o jogador não havia nem marcado, nem apoiado.

Foi o que eu vi e acho que todo mundo viu. E espero que Renato tenha visto. Não é má vontade com o profissional, mas eu não consigo ve-lo desarmando um adversário.
É sério. É impressionante, um cabeça de área que não rouba a bola e quando raramente o faz é com falta.

No gol de cabeça do zagueiro vascaíno, no 2 a 1, Ferdinando estava ali, a dois metros, e deixou o sujeito cabecear sozinho.

Bem, mais uma vez a reação saiu dos pés de Jonas. Ele meteu pro André Lima, que devolveu na medida para Jonas entrar e fazer 3 a 2. André Lima não tem a técnica do Borges, mas tem mais tamanho, é inteligente pra jogar, e a meu ver tem boa parte na fase extraordinária do Jonas, que ficou mais leve, mais solto, mais criativo, mais ousado e mais eficiente nas conclusões. Hoje, foram duas, dois gols.

Gostei ainda de outra coisa: aos 40 do segundo tempo, Douglas perde a bola junto à grande área do Vasco. Jonas saiu correndo para o setor defensivo e só parou de correr quando chegou na grande área gremista.

O goleador do campeonato saiu para cobrir um buraco no contraataque vascaíno. Ah, Jonas só não foi goleador no ano passado porque se lesionou. É bom lembrar.

O empate que parecia impossível veio com um golaço de Gabriel. Sabem quem começou a jogada? Paulão. Ele lançou o arisco Diego, que tocou para Gabriel marcar.

Gabriel, enfim um lateral direito incontestável.

O empate foi bom diante das circunstâncias, mas para sem sonha com vaga na Libertadores foi ruim.

Ah, Jonas está a quatro gols de igualar Renato como goleador do Grêmio.

O patinho feio virou cisne, apesar dos Autuoris, dos Manos e dos Roths da vida.

SAIDEIRA

Quando disse e escrevi que Jonas era um atacante do nível de Nilmar tempos atrás, ainda acreditava que o ex-jogador colorado era melhor. Hoje, não tenho dúvida de que Jonas é levemente superior a Nilmar, mais completo.

Podem jogar pedras e me vaiar, mas é isso mesmo o que penso.

Independente de qualquer coisa, sou fã de Nilmar.

A vaquinha, Paul e a rodada do Brasileirão

Sumiu uma das vacas da tal cow parade, uma estratégia para os artistas plásticos mostrarem seu trabalho a um público maior.

São obras de arte, algumas até bonitinhas. O que o abigeatário urbano vai fazer com a vaca roubada?

Vai colocar na sala, no pátio, na frente da casa ao lado de anões e da Branca de Neve?

Quem sabe não irá levar a vaquinha de fibra de vidro e mistura-la a um rebanho de vaquinhas de verdade?

E se o touro gostar dela?

Olha, tem cada uma!

Me lembrei da musiquinha aquela 'aonde a vaca vai, o boi vai atrás...'

E isso me remete pra dupla Lula/Dilma ou Dilma/Lula. Quem é a vaca?

Escrevo essas bobagens depois de acordar cedo pra tentar comprar ingresso pro show do Paul. Foi uma luta, mas consegui.

Desconfio que cobrassem o dobro do preço ainda assim os ingressos seriam vendidos rapidamente. Lógico que boa parte está nas mãos dos cambistas.

Mas para não dizer que não falo mais de futebol, só de amenidades e de cerveja (aliás, assim como os ingressos do Paul as cevas dos dois primeiros lotes estão esgotadas, agora nem no câmbio negro, ou afro-descendente), temos uma rodada importante.

Para Grêmio e Inter é uma encruzilhada. Vencendo, os dois se habilitam aos seus objetivos maiores.

O Grêmio se vencer o Vasco hoje vai consolidar seu crescimento e mostrar que tem bala na agulha para brigar por uma vaga na Libertadores, contrariando todas as minhas expectativas. Já o Inter, batendo o Atlético Mineiro, seguirá com chance de conquistar o título.

E se a vaca aparecer 'pastando' no Beira-Rio?

URGENTE

Acabei de saber que a vaquinha apareceu no centro de Porto Alegre. Acho que foi jogada do artista pra ganhar mais visibilidade.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cerveja 1983



1983, 'a cerveja campeã', agora em embalagem com 3 cevas para presentear gremistas e, por que não?, colorados.
Estoque limitadíssimo (mesmo).
Preço de lançamento R$ 18,00
No máximo dois kits por CPF (não foi assim que fizeram pra comprar ingresso do Paul?)
Exclusividade aqui do boteco.
Encomendas através do email ilgowink@gmail.com

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A mão do treinador

Que partida do Jonas! Quando ele perdia gols, era colocado na reserva e não conseguia ter sequencia de jogos, eu escrevi aqui algumas vezes que ele tinha qualidades, que ele precisava ganhar moral, confiança.

Era um círculo vicioso. Ele não tinha sequencia porque quando entrava perdia gols imperdíveis; ele perdia gols e jogava mal porque não tinha uma sequencia.

Centroavante talvez seja o jogador que mais precisa de estar com auto-estima elevada para render o que sabe, fazer os gols. Vejam o André Lima, que cresce de rendimento a cada jogo. É outro que jogou muito bem.

No começo da temporada, em programas da Guaíba e da Ulbra TV, e aqui mesmo no boteco entre um chopp e outro, afirmei que Jonas era um jogador do nível do Nilmar. Um atacante que tem luz própria, que não depende apenas de jogadas dos outros.

Fui alvo de chacota. Da mesma forma quando defendi a contratação do Renato já no ano passado, naquela fatídica Libertadores, logo após a queda do Roth.

O Grêmio goleou o Prudente. Patrolou. Mas só venceu porque Renato não foi atrás do clima de já ganhou.

Sou do tempo em que futebol se ganha dentro de campo, mas pode se perder antes do jogo se não respeitar o adversário.

É visível que o Grêmio ganhou moral. E isso se deve ao trabalho de Renato Portaluppi, que alguns cronistas da praça fizeram de tudo para que ele não fosse contratado, usando o argumento fajuto de que ele é um ídolo e poderia se queimar.

Houve também quem dissesse que Renato nem é mau treinador, ele simplesmente não é treinador. Eu não esqueço. Se dependesse dessa gente o Renato não estaria no Olímpico hoje, fazendo o Grêmio renascer no campeonato depois da gestão nefasta da dupla Meira/Silas.

Ainda tenho calafrios com algumas decisões do Renato, mas me conforta saber que ele mantém três jogadores de boa marcação no meio de campo, liberando mais o Douglas.

É claro que o gol aos 45 segundos ajudou. A defesa se atrapalhou, Jonas tocou para André Lima fazer 1 a 0.

O segundo gol foi uma pintura. Uma jogada trabalhada como há muito não via. Um corta-luz genial do André Lima e o gol com bola colocada no canto direito pelo Jonas.

O terceiro gol também foi muito bonito. Lúcio lançou, Jonas dominou no peito e, mais uma vez de esquerda, matou o goleiro.

No segundo tempo, o Grêmio diminuiu o ritmo. O Prudente poderia ter descontado. No final, Jonas marcou de Pênalti, sofrido por ele mesmo. Logo em seguida, ele reviveu o Jonas do passado ao perder um daqueles gols feitos após driblar o goleiro.

Em resumo, o Grêmio mudou. A gente vê que cada jogador atua com mais confiança, acreditando mais em si.

E aí está a mão do treinador.

Patrolada e a divisão de méritos

O que leva um colunista esportivo a escrever algo como o Grêmio vai "patrolar" o Prudente logo mais à noite no Olímpico?

Quando li num jornal de hoje essa pérola de texto que serve apenas para incendiar o vestiário do time visitante, me lembrei imediatamente de manchetes que menosprezavam o adversário da dupla Gre-Nal.

Cansei de ver o técnico rival usar esse tipo de material para estimular ainda mais seus jogadores.

- Olha aqui o que esses gaúchos estão dizendo de nós. Vamos mostrar pra eles quem é a galinha morta...

Posso imaginar o técnico, ou um dirigente, cuspindo fogo, olhos esbugalhados, e os jogadores reagindo como trogloditas enfurecidos.

O resultado é que o adversário jogava a vida e até a morte, e normalmente complicava o jogo para a dupla.

O fato é que o Grêmio não tem time para 'patrolar' ninguém. Todas as vitórias que o time teve até agora foram obtidas com muita luta, muito sacrifício, e com boa dose de sorte.

Então, ninguem com um mínimo de conhecimento de futebol e sem má intenção pode escrever que o Prudente será patrolado. Talvez por distração, quem sabe? Ou por ver no Grêmio um supertime.

É provável que o texto descrito parcialmente acima será utilizado no vestiário do time paulista.

Não li todos os jornais, por isso não sei se algum outro veículo menosprezou o Grêmio Prudente a esse ponto.

No Campeonato Brasileiro, no qual as surpresas acontecem a cada rodada, é preciso respeita o adversário, seja qual for.

Também nesse aspecto o técnico Renato Portaluppi está agindo corretamente, pedindo cautela e respeito ao Prudente.

SAIDEIRA

Outra coisa: pelo que tenho lido e ouvido nos últimos dias, estão enchendo demais a bola do Renato, esquecendo os jogadores. São eles que na realidade decidem os jogos, os maiores responsáveis pelos recentes resultados positivos. Renato tem sua parcela nisso, mas estão exagerando nos elogios ao técnico. Daqui a pouco, e vocês sabem como são os boleiros, pode acontecer ciuminho no vestiário...

Renato faz um ótimo trabalho, mas os jogadores estão fazendo a sua parte em campo. Os méritos são de todos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

2010: um ano muito estranho

Este é um ano mágico, estranho. É o ano, por exemplo, em que Celso Roth conseguiu quebrar um tabu de quase 20 anos ao conquistar o título da Libertadores.

É o ano em que eu consegui sair do CP depois de 30 anos. O ano em que eu descobri que os domingos de vadiagem existem, e que as noites podem ser usadas também para descansar, passear, etc. É também o ano em que descobri os feriadões.

É o ano em que Fidel Castro, enfim, admitiu que seu regime fracassou, mas isso depois de deixar milhares de vítimas ao longo do caminho.

2010 é o ano do Tiririca. Vai entrar para a história como o ano em que Tiririca, um comediante sem a menor graça, fez mais de um milhão de votos.

É o ano em que o presidente Lula conseguiu eleger uma burocrata sem carisma, que nunca havia disputado sequer eleição pra síndico. Falta ainda referendar a vitória, mas isso é só questão de mais alguns dias.

É o ano em que o PT conseguiu vencer no Rio Grande do Sul na disputa à presidência. Sua candidata fez 47% dos votos. É um sinal claro que nos encaminhamos para o fim dos tempos. A terra de Leonel Brizola nunca mais será a mesma. Estou desolado.

É o ano em que o PT retoma o poder no RS. Tenho curiosidade sobre o que vai acontecer com a GM. Ou Tarso consertará o erro de Olívio, com quem não tem muita afinidade, e vai recuperar a Ford ou outra montadora?

Quem viver, verá.

Mas 2010 marca ainda outra decepção, entre tantas que venho sofrendo: a eliminação de Luciana Genro da Câmara Federal.

Luciana teve o meu voto. Apesar de sua expressiva votação, uns 130 mil votos, ficou de fora por causa dessa absurda regra eleitoral que faz um nome forte levar à reboque meia dúzia de pessoas inexpressivas, com poucos votos, em detrimento de nomes como o de Luciana Genro, uma pessoa que teve a dignidade de deixar o PT em meio ao escândalo do mensalão.

Ela poderia ter ficado, como a imensa maioria de seus companheiros, inclusive seu próprio pai, mas preferiu preservar sua consciência, sua história e a própria história que o partido havia construído, fundamentado na ética, na idoneidade, no combate à corrupção.

Vamos ver o que 2010 ainda nos reserva.

Ainda vislumbro uma pontinha de esperança ao longe, muito longe, logo após aquela Serra que avisto no horizonte por enquanto sombrio.

SAIDEIRA

A 1983 pode ser encomendada (restam poucas unidades) através do meu e-mail: ilgowink@gmail.com.
Custa R$ 5,00 a long neck.
Quem não gostar recebe o dinheiro de volta.
O interessante é que até colorados estão manifestando interesse na cerveja. Bem, quem acabou de ser bi da Libertadores e está próximo de conquistar o bi mundial tem mais é que manter o bom humor e entrar na brincadeira.

sábado, 2 de outubro de 2010

Um Grêmio surpreendente

Grêmio 3 x 0 Vitória. Está aí um resultado que não reflete o que foi o jogo. O Vitória chegou inúmeras vezes na área tricolor, mas na maioria delas faltou acabamento nas jogadas, no último passe, ou nas conclusões. Em outras, apareceu o goleiro Victor e a zaga, que soube abafar muitos chutes que poderiam resultar em gol do time baiano.

Gostei muito do Saimon como típico cabeça de área, mas com qualidade de passe. Gostei da estrutura inicial do time no meio de campo, completado por Fernando, Maylson e Lúcio, três jogadores que marcam e saem pro jogo com facilidade, em especial Maylson.

Pois Maylson mais uma vez compareceu no placar. Na posição de centroavante, ele concluiu com precisão uma jogada em que o zagueiro falhou e que teve a participação fundamental do Roberson. O guri fez uma partida muito boa técnica e taticamente.

O Vitória foi superior, teve mais posse de bola, criou mais jogadas. Mas o Grêmio soube resistir com calma, e quando teve a bola saiu jogando em velocidade. Marcar e sair para o ataque rapidamente, esta a marca registrada do time armado pelo Renato.

Agora, a ousadia do Renato me assusta. A entrada do Magrão no lugar do Fernando, tudo bem, perfeito. Mas sacar Maylson que fechava bem pelo lado direito e colocar Diego Clementino aos 20 do segundo tempo me deixou preocupado.

A alteração não resultou em maior prejuízo à marcação, ao contrário do que eu esperava que ocorresse. E por que? Diego continuou fechando os espaços pela direita, marcando o adversário como fazia Maylson. E, a exemplo de Maylson, no finalzinho estava lá, como centroavante, para fazer 2 a 0, após uma belíssima jogada do Lúcio com Jonas. Mais uma vez Diego pegou a sobra do goleiro e marcou.

Para concluir, um golaço de Edilson, após jogada entre Gabriel e Diego. Os 3 a 0 foram um castigo para o Vitória e um prêmio para esse Grêmio do Renato, que me surpreende e, por vezes, me assusta, mas está aí somando pontos, muito mais que eu podia imaginar.