domingo, 28 de fevereiro de 2010

Iser deu um nó em Silas

O Grêmio é o legítimo campeão do primeiro turno pelo que fez ao longo do campeonato. A conquista da Taça Fernando Carvalho merece e deve ser festejada.

Agora, é preciso deixar bem claro que no jogo de ontem Silas levou um nó de Gilmar Iser. Perdeu o duelo de técnicos. O Noia foi superior a maior parte do tempo. Seu goleiro quase não trabalhou. Vitor foi mais exigido.

O resultado justo seria um empate e depois a loteria dos pênaltis. Por ironia, quem salvou o Grêmio dessa situação foi, além de Vitor, o volante Ferdinando. O jogador indicado por Silas e contestado pela torcida, e que ainda não mostrou que pode ser titular, fez o gol da vitória.

O gol salvou o Grêmio, salvou Silas.

O técnico gremista não soube sair da arapuca armada habilmente por Iser. Pior, ainda tentou justificar o mau desempenho do seu time pela lesão do goleador Borges logo no começo.

Se ele, com todo um repertório de opções, chora, o que resta para técnicos como Iser, administradores da escassez.

Desculpa esfarrapada

A lesão de Borges, que deve ficar fora alguns jogos, aconteceu aos 37 do primeiro tempo. Com ele em campo, o ataque do Grêmio foi tão apático, tão inoperante quanto no tempo restante. Então, o choro de Silas não procede. É vidente que Borges é importante, mas não se pode atribuir à sua saída o pífio rendimento do time.

Lances polêmicos

Ocorreram alguns lances polêmicos no jogo. O Noia reclama pênalti num lance entre Rafael Marques em Gustavo, após rebote de Vitor. O Grêmio queria pênalti no final sobre Hugo. Em lances assim fico com a arbitragem, que precisa decidir na hora e às vezes sem o melhor ângulo de visão. Acho que Carlos Simon acertou em ambos.

Dizem por aí...

... que ganhar o Gauchão, mesmo jogando mal, é bom, mas receber o trofeu das mãos de Fernando Carvalho não tem preço.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hugo ou William Magrão?

Quando Leandro ameaça engrenar, eis que ele se lesiona. Ontem, saiu do campo sentindo uma dor muscular. É desfalque para a decisão contra o Novo Hamburgo.

Mas não chega a ser um problema para o técnico Silas, que tem opções de sobra para compor o meio-campo. A primeira delas é Hugo. Se não por mérito, por antiguidade. Como diz um v velho ditado da caserna, antiguidade é posto.

Até que Hugo tem entrado bem no time durante os jogos, é um reserva de luxo. Quando a bola cai na perna esquerda ele é um perigo. Mas eu penso que William Magrão poderia começar o jogo.

O Novo Hamburgo mostrou contra o Inter (está bem, os reservas do Inter) que tem um ataque insinuante, alguns bons jogadores, e um técnico ardiloso.

Por isso, até para evitar uma surpresa desagradável, como um chute lotérico do Chicão de fora da área, seria sinal de bom senso iniciar com um meio-campo mais consistente, mas com três jogadores (FR, Magrão e Douglas) que chegam fácil ao ataque.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A Placar e os favoritos da Libertadores

Se o futebol do Inter não foi aquele que se esperava no jogo contra o Emelec, os adversários brasileiros, pela amostra neste início de Libertadores, não chegam a assustar. Há quase um consenso de que o título deste ano ficará com um clube verde-amarelo.

Os paulistas defendem seus representantes - a imprensa de lá já vê o gordo Ronaldo com a mão na taça -; os colegas cariocas projetam Adriano estendendo seu império por toda a América Latina; e os mineiros, sem estardalhaço, quietinhos como de hábito, apostam todos os seus pães de queijo no Cruzeiro.

Nós, da crônica, e também os torcedores, somos exigentes demais e críticos ao extremo. Mais que isso: queremos impor nossa maneira de pensar e ver futebol ao técnico Jorge Fossati, como se ele fosse um aprendiz, um neófito.

O Inter não foi aquela maravilha que esperávamos, mas conseguiu vencer. Não fez pior que os seus concorrentes nacionais. Por enquanto, todos estão no páreo, sem favoritismos.

Não pegou bem entre os gremistas a reportagem da revista Placar, edição de fevereiro, tendo na capa (aqui para o RS) os ex-sãopaulinos Souza, Borges, Hugo, Fábio Santos e Leandro.

O Grêmio é chamado de filial do São Paulo no Sul. No Inter, virou motivo de gozação. Um dirigente brincou: “É o time B do São Paulo”.

Dentro da revista, uma foto com os cinco citados vestindo uma camisa do Grêmio, mas com a cor vermelha no lugar da azul.

DIZEM POR AÍ

... que Fernando Carvalho vai ficar doente domingo e não irá ao Olímpico.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Noia é mais fácil

Todos sabem que para o Grêmio enfrentar o Novo Hamburgo é mais fácil que pegar o Inter, seja num jogo amistoso, seja numa decisão como a de domingo. Mas se alguém do Grêmio deixa escapar essa obviedade, logo tenta consertar.

Foi o que aconteceu ontem na entrevista coletiva do técnico Silas. Ao ser questionado sobre se fica mais tranquilo não ter de enfrentar o Inter na decisão, Silas foi sincero.

“Eu comparo com Brasil e Argentina. Com a Argentina fica mais fácil”, afirmou, se apressando em salientar que na verdade a grande vantagem é decidir no Olímpico e que o Novo Hamburgo é um adversário perigoso.

Silas ainda reforçou a emenda elogiando Iser, que, na realidade, ele mal conhece. O treinador do Grêmio está preocupado em não dar qualquer tipo de arma para seu adversário.

Ele sabe que qualquer declaração que indique, mesmo que de leve, menosprezo ao Noia, será usada por Gilmar Iser, que aliás fez isso para motivar seus jogadores contra o Inter.

EM TEMPO

Tenho usado textos que publico na coluna do CP, com alguns ajustes.
Em breve, voltarei a me dedicar inteiramente ao boteco, bebendo à mesa com meus parceiros. Enfim, voltarei a uma das coisas que me faz feliz.

Jogos Olímpicos e o gol de Alecsandro

Quem ainda não viu não sabe o que está perdendo. Os Jogos Olímpicos, transmitidos pela Record, são um show de técnica, agilidade, coragem e força.

As imagens são belíssimas. É difícil escolher quais as provas mais sensacionais. Agora, de todas as competições que acompanhei até aqui, a que mais gostei foi a patinação artística.

São provas que envolvem música e manobras impressionantes, além de lindas mulheres, como a canadense Tessa Virtue. Ela ganhou a medalha de ouro ontem na modalidade dança no gelo com seu par, Scott Moir.

Os Jogos continuam. Vale a pena conferir.

EM TEMPO

quem foi ao Olímpico ontem teve o privilégio de assistir à dupla que em breve será titular no meio-campo. Os volantes da casa, Adílson e William Magrão, enfrentaram o Porto Alegre. Ambos foram muito bem, descontando a qualidade do adversário, que acabou goleado por 6 a 0. Os dois, por enquanto, estão fora do time. Mas só por enquanto.

O jogo-treino no Olímpico marcou as estreias do zagueiro Rodrigo e do lateral Edílson. O atento repórter João Paulo Fontoura flagrou Rodrigo orientando o sistema defensivo, em especial seu companheiro de zaga, Saimon. Edílson, que jogou praticamente todo o tempo, foi discreto, mas eficiente. Ambos não foram muito exigidos.

NOS ACRÉSCIMOS

Final de noite. O Inter acabou de vencer. A redação agora está em silêncio. Há pouco, colorados agitados corriam de um lado para o outro festejando o gol de Alecsandro, o mesmo jogador que minutos antes eles amaldiçoavam.

Futebol é assim. Alecsandro é um bom centroavante. Nesse jogo, contou com o passe com açucar de Walter para mandar para as redes e sufocas as vaias que começavam a vir das arquibancadas. Vaias para todo o time, diga-se, mas principalmente para o técnico Fossati, que custou a descobrir que o time precisava de mais gente para atacar do que para defender.

Os técnicos são assim. Eles demoram mais a aprender.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A estratégia colorada e o Grêmio que imita o Santos

Ao escalar um time reserva para a decisão de ste domingo, o Inter correu um risco calculado e pagou o preço da ousadia. Sim, ousadia, porque o técnico Gilmar Iser, que já havia comprovado sua competência anteriormente, armou um time competitivo, bem estruturado na defesa e com alternativas eficientes para o contra-ataque.

No sábado, escrevi que suspeitava que alguns titulares seriam escalados, porque uma eliminação prematura no Gauchão acaba trazendo consequências imprevisíveis. O Grêmio que o diga.

O Inter apostou as suas fichas nos reservas, a exemplo do que fez o Grêmio no ano passado em Caxias do Sul. O time que Fossati mandou a campo conta com alguns jogadores de muito bom nível, mas faltou entrosamento, um entrosamento que sobrou no Nóia.

A verdade é que o Inter menosprezou do campeonato, repetindo o Grêmio ano passado.

Quando o NH empatou, Fossati mandou o time para o ataque, sacou um volante, Josimar, e colocou Walter. Seu maior erro foi ter começado com apenas um articulador, dois volantões e três zagueiros

Com isso, os dois centroavantes foram pouco municiados. O estreante Kléber Pereira não viu a cor da bola. Damião só queria saber de cair.

Mesmo depois da entrada de Walter, que mais criou chances de gol foi o Novo Hamburgo. No final, um golaço de Chicão.

O Inter repete o Grêmio do ano passado. Não deu bola pro Gauchão e se ferrou. As consequências foram funestas para o tricolor.

GRÊMIO E O SANTOS

O Grêmio de Silas me lembra o lendário Santos dos anos 60. Imagino que seja desnecessário ressaltar que tecnicamente existe um abismo separando o time de Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe, deste formado no Olímpico. O Grêmio, como o velho Santos, toma gol, mas os faz em maior número.

Dia desses, o técnico Paulo César Carpegianni comentou que o Flamengo de 81 (campeão do mundo) também era assim. Ele disse que não se importava quantos gols o time tomava, desde que sempre fizesse mais. O Grêmio atual tem essa vocação ofensiva, que ao menos no Gauchão funciona.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Os corneteiros e a busca do equilíbrio

Aves de mau agouro alardeiam que Muricy Ramalho está livre no mercado e que, em função disso, os técnicos de grandes clubes que ainda não mostraram serviço estão a perigo. Entre eles, Silas, lembram.

O treinador do Grêmio recém iniciou seu trabalho e já é corneteado, criticado e até vaiado por uma parte pequena, mas atuante como os integrantes de um determinado partido, da torcida.

O pecado de Silas é o sistema defensivo, que estaria sofrendo gols demais. Não é bem assim, mas Silas está com dificuldade para ajustar a marcação. Adilson, o volante mais combativo do grupo, segue lesionado. Ferdinando tem jogado até por falta de outro com suas características. Se Adilson voltar e ainda assim o indicado por Silas continuar na equipe será caso de demissão por justa causa.

Além do mais, o outro volante, FR, se transformou num armador. É raro ele tirar a bola de alguém. Há problemas na defesa, mas muito mais por falta de material humano adequado. O jovem Fernando talvez possa exercer essa função, a de mordedor à frente dos zagueiros, mas não estou certo disso.

Na verdade, o Grêmio tem muitos 'segundos volantes'.

Os mesmos que criticam Silas pela vulnerabilidade defensiva, desprezam o fato de que o time, desde o início do Gauchão, está bem ofensivamente. Só não fez mais gols porque a dupla Jonas e, principalmente, Borges, errou demais nos primeiros jogos.

Quer dizer, o sistema de Silas proporciona jogadas para marcar. Quando a marcação for acertada, teremos o bom e saudável equilíbrio, um ataque goleador e uma defesa mais firme.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Abbondanziere e a classificação do Inter

O argentino Abbondanziere foi recebido festivamente por dezenas de colorados. Nem jogou - talvez por isso mesmo - e já é tratado como ídolo. Aos 37 anos, ele tem como ponto forte a experiência.

Quem acompanha o futebol argentino, sabe que Pato já não é aquele jogador que levou o Boca a empilhar títulos na Bombonera. Mas o Inter, se percebe, não queria só um goleiro, queria uma grife.

À noite, ao lado de D'Alessandro, o goleiro argentino assistiu ao jogo do Inter e viu o ex-titular, Lauro, fazer pelo menos uma grande defesa.

O Inter foi muito superior ao Juventude. Marcou logo no começo, Alecsandro, e deu a impressão de que iria golear o misto do Ju.

Mas ficou na impressão, porque o Ju resistiu, deu alguns sustos. Seu goleiro, o veterano Sílvio Luiz, fez algumas defesas importantes, uma delas, cabeceio à queima-roupa de Kléber, foi sensacional. No minuto seguinte, o gol de Sorondo.

O Inter garantiu sua vaga, o que era previsível. Foi o único integrante da chave mais forte na fase classificatória a passar à semifinal. domingo, pega o NH. Neste sábado, às 19h30, Grêmio x Inter de Santa Maria.

Vai dar Gre-Nal na decisão. Por enquanto, sem favoritismo.

EM TEMPO

A contratação de Rodrigo não vai resolver o problema defensivo do Grêmio. Sem um meio-campo com mais pegada, e pelo menos um volante mordedor (tipo o Guiñazu), o time continuará sofrendo gols com a mesma facilidade com que tem chegado na área inimiga. Dos volantes que estão no grupo, Adilson é o mais combativo.Fábio Rochemback é hoje mais armador do que volante.

QUESTAO DE ORDEM

Confesso que sinto satisfação sempre que um treinador - desses medalhões que recebem remuneração milionária - sofrem questionamentos e acabam comprovando que não são tão bons quanto fazem parecer. Escrevo a propósito da demissão de Muricy, que não emplacou no Palmeiras, embora seja um técnico de primeira linha.

Muricy, que acumulava conquistas importantes, caiu em desgraça. Vive seu inferno zodiacal desde o ano passado, quando foi demitido do São Paulo. Depois, substituindo um interino, Jorginho, que ganhava todas, afundou no Palmeiras. O treinador é importante, claro, mas muito menos do que eles pensam que são.

Ah, o Palmeiras, depois de perder uma fortuna com o rabugento, contratou o ex-zagueiro Antônio Carlos, algoz de Muricy na véspera.

Classificação sofrida

O Grêmio começou a confirmar sua presença na fase semifinal do Gauchão com uma jogada de seu melhor atacante, o mesmo que evitou a derrota para o Veranópolis na fase classificatória. Jonas foi esperto na disputa com a zaga, driblou e desviou com habilidade de Vanderlei. Em outros tempos, aqueles em que ele era substituído e não tinha sequência, Jonas teria mandado para fora ou chutado no corpo do goleiro.

Depois do gol, o bom time da Serra passou a ameaçar, aproveitando as falhas de marcação do meio-campo. Ferdinando foi muito mal. E foi piorando a cada murmúrio vindo das arquibancadas. Depois, vieram as vaias. os dois volantes do Grêmio mais uma vez não tinham pegada.

Em sua busca do empate, o VEC deixou espaços generosos para contra-ataques. Foi assim que o Grêmio chegou ao segundo gol, após uma tabela entre Jonas e Fábio Rochemback, que deixou Borges na cara do gol. O VEC manteve uma disputa equilibrada, não se intimidou.

No início do segundo tempo, descontou, após outro vacilo da defesa e da marcação na intermediária. O VEC ficou assanhado, passando a pressionar. O Grêmio continuou atacando. Criou novas chances de marcar, enquanto o VEC deixava a torcida assustada com suas investidas. Todos os quatro defensores ganharam cartão amarelo.

O sufoco só passou quando Mário Fernandes dribou na área e chutou cruzado fazendo 3 a 1. Depois, Hugo entrou e fuzilou o goleiro Vanderlei. No finalzinho, Hugo soltou a bomba e fez 4 a 2. Mas o VEC foi valente até o fim e marcou seu segundo gol, com Vitor falhando no lance.

Agora, o Grêmio pega o Inter SM e deve passar com mais facilidade.
Feio fez o Zequinha, que perdeu em casa.

EM TEMPO

Abbondanzieri acertou e chega hoje para o Inter. Resta saber se o Inter acertou em sua contratação.Meu palpite: acho que errou.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Voltas que o mundo dá

Na coluna de ontem, no CP, sugeri que o Grêmio aceitasse transferir seu jogo para quinta-feira, permitindo que o Inter jogasse quarta e sábado, já que há o jogo pela Libertadores na terça. Seria uma gentileza. Um gesto de paz, bandeira branca.

Ocorre que no ano passado, em situação muito parecida, a direção colorada foi inflexível. O Grêmio pleiteava alteração na data das quartas de final do Gauchão antes mesmo da definição do seu adversário. Estava classificado para essa fase quando teve a infeliz ideia (entre tantas que marcaram 2009 no Olímpico) de enfrentar o Caxias no Centenário, quinta-feira, 2 de abril, com um time reserva. Foi goleado e, por sua posição na tabela, teve de enfrentar o Inter no domingo.

A direção gremista tentou de todas as formas mudar o dia do Gre-Nal porque na terça enfrentaria o Aurora. Alegava o mesmo que o Inter hoje: representava o Rio Grande do Sul. Não levou, perdeu o Gre-Nal, foi eliminado do Gauchão e Roth caiu. Agora, a vingança.

TREINADORES

É difícil entender os treinadores. Por exemplo, Fossati treinou todo o tempo com Giuliano no time reserva. No lugar do meia, entrou o atacante Edu, que ficou na função de articulador. Contra o Juventude, em casa, até pode dar certo. Kléber Pereira substituiu Alecsandro no segundo tempo. No Olímpico, Silas insinua que pode voltar ao 3-6-1, depois de três vitórias seguidas com o 4-4-2.

Não há sentido em alterar o esquema. Talvez seja só para atingir o Jonas, que continua discutindo sua renovação. Ele quer uns 180 mil para renovar. O Borges ganhar quase isso. O FR ganha mais de 200 mil, e joga esse futebol até agora decepcionante. FR e Borges estão com 29 anos.
Jonas tem 25. Ainda pode render uma boa grana para o clube. É um investimento.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Grêmio segue perdendo gols, e o problema é na defesa?

O Grêmio enfrentou o São José, sensação do campeonato com seis vitorias seguidas, invicto, líder do seu grupo ao lado do poderoso Inter.

Não é pouca coisa.

Ao contrário de muita gente, acho que o time foi muito bem, muito bem mesmo. Teve alguns problemas, porque o Zequinha apesar de ser um clube pequeno tem uma equipe arrumadinha, alguns bons jogadores, e faz uma campanha excelente.

O Inter, só pra lembrar, penou para vencer o lanterna Avenida. O Grêmio penou para vencer um time forte do Gauchão. Não vale lembrar a folha de pagamento, que não entra em campo.

F. Rochemback ganha mais de 200 mil. Seu salário paga toda a folha do Zequinha e sobra. Mas seu futebol no momento é de jogador de 50 mil no máximo. Então, o que vale é o futebol dentro de campo.

O que vimos foi um amplo domínio do Grêmio sobre esse adversário que estava invicto.
O Grêmio criou inúmeras chances de gol, o que tem ocorrido com freqüência. O goleiro salvou o time, levou o Zequinha nas costas, como fez o Vitor contra o Araguaia.

Então, o meio e o ataque produziram. Até o FR, no quesito armação foi bem, só falhou na pegada, na marcação, ele não suja o calção. Isso sobrecarregou o Fernando, que na verdade é um jogador modesto, mediano.

Adilson é titular com um pé nas costas. E Magrão está voltando.

O sistema defensivo mais uma vez teve problemas, mas nada grave. Repito, o adversário tem qualidade, toca a bola, aproximação, foi assim que envolveu a defesa e fez 1 a 0. Mérito do Zequinha, não falha do Grêmio, a meu ver. Ou será que os adversários nunca têm mérito?

É importante frisar que Victor praticamente não fez defesa, prova que a defesa não foi mal. É claro que precisa melhorar, principalmente a marcação no meio de campo, porque acaba estourando na zaga.

O Grêmio fez o que tinha que fazer. Foi para cima, pressionou, criou chance, deu poucas chances para o rival. O que mais pode se pedir? Melhor eficiência nas conclusões, óbio, mas que me lembro não teve gente perdendo gol feito, e sim defesas sensacionais do goleiro.

Resumindo, contra seu adversário mais forte até no Gauchão, o Grêmio deu uma resposta positiva. Só não goleou porque não aproveitou melhor as oportunidades criadas.

E o que dizer do Inter? Mais uma vez decepcionou. O time titular tem vencido seus jogos sem convencer. Não adianta ter três times para disputar competições. É preciso ter um qualificado para vencer competições. Para vencer o Gauchão, o time tem time, mas será que realmente está preparado para vencer aquela que mais interessa, a Libertadores?

Na minha opinião, o Inter não tem time para ser campeão da Libertadores.

Mas é o favorito, a meu ver, para ser campeão regional mais uma vez. Isso se o Grêmio não ajustar melhor sua equipe, o que está acontecendo gradativamente desde a entrada de Douglas e a definição pelo 4-4-2, conforme eu e outros botequeiros defendemos entre uma gelada e outra.

Ah, conheci uma cerveja muito boa lá no meu concorrente, o boteco Apolinário, ontem à noite: a Paulistânia, que é, claro, de SP.

EM TEMPO

Brincadeira aquela aferição de temperatura no Olímpico. Mas foi melhor assim.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A estrela é o termômetro

A situação criada pelo Sindicato dos Atletas é embaraçosa, para dizer o mínimo. Os jogadores vão se preparar, física e psicologicamente, para entrar em campo às 16h, horário definido entre sindicato, federação e o juiz da Justiça do Trabalho que acatou a ação.

O mesmo acontece com o quadro de arbitragem. Nas arquibancadas, disputando lugar à sombra, os torcedores. Sem falar no pessoal da imprensa e outros ligados ao espetáculo.

Aí, o delegado da federação (os árbitros sustentam que termômetro não é seu acessório) entra para medir a temperatura 15 minutos antes das 16h, conforme o acordo desta semana.

Se tiver acima de 35 graus, ele será obrigado a transferir o início do jogo para as 18h. Então, como é que fica esse pessoal todo? E o Estatuto do Torcedor, ainda vale?

Acrescente-se a disparidade técnica na rodada que irá definir classificados e os confrontos da próxima etapa se realmente houver jogos começando em horários diversos. O calor está fazendo estragos.

Em tempo

Há muito cantei a pedra: Hugo não se compromete com o jogo, só quer bola no pé. Dizem até que ele só joga mesmo quando tem transmissão de TV com grande abrangência. No Olímpico, sua fama já é de um jogador descompromissado com os objetivos do time.

QUESTAO DE ORDEM

Borges está me surpreendendo. Corneteei o cara demais. Assumo, e até pode ser que eu tenha errado redondamente. Sempre disse que ele é um bom jogador, mas nunca um centroavante capaz de decidir. Por enquanto, contra adversários de nível inferior, ele está fazendo gols e decidindo. Então, no momento estou errado. Vamos ver contra as grandes equipes e nos grandes jogos.
Se ele corresponder também aí eu pago cerveja pra todos, principalmente pro André, fã de carteirinha do Borges.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A lista de Dunga

O técnico Dunga fez a última convocação antes da lista final para a Copa do Mundo na manhã desta sexta-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

O meia Ronaldinho Gaúcho não está entre os 22 atletas chamados pelo treinador.

As novidades são Michel Bastos e Gilberto, do Cruzeiro. O Brasil disputa um amistoso contra a Irlanda no dia 2 de março, no Emirates Stadium, em Londres, na Inglaterra.

Aqueles que defendiam a convocação do RG se quebraram. Será que eles não se deram conta ainda de que Dunga não quer saber de pagodeiro na Seleção?

Será que eles não sabem que Dunga gosta de trabalhar com profissionais sérios, compenetrados e devotados à sua profissão?

Jogador festeiro não terá vez com Dunga Até pode acontecer, mas duvido muito.

E aqueles que querem a cabeça do Robinho, e são muitos na crônica esportiva, em especial aqui no RS amado, também vão se dar mal.

Dunga não vai esquecer jamais que Robinho foi, se não me engano, o único medalhão que foi com ele disputar a Copa América. E Robinho foi o melhor daquele torneio, vencido pelo Brasil.

É claro que se Robinho começar a vacilar no Santos, se preocupar mais com festas e noitadas, também irá dançar.

Acho que a lista da Copa está pronta, com exceção de duas ou três vagas ainda em aberto.

Nelas não deverá haver lugar para RG, para desespero de determinados coleguinhas da crônica esportiva.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Borges e a influência de Douglas

Borges perdeu dois gols daqueles que reforçariam a minha opinião a seu respeito.

Mas existe uma velha máxima: a gente deve ter cuidado ao criticar um centroavante, porque vacilou ele está fazendo gol. Mesmo os piores centroavantes. Não é o caso do Borges, um bom jogador.

Logo depois, ele ficou livre de novo, numa bola enfiada por Jonas, de atuação quase espetacular. E aí Borges não perdou.

Ele voltou a marcar no segundo tempo, mostrando agilidade, esperteza, oportunismo.

Agora, o que eu gostei mesmo foi quando ele fez aquilo que eu espero de um centroavante: o drible. Ele passou por dois, mesmo pressionado, e marcou um gol típico de quem conhece o caminho do gol, e chega lá nos menores espaços.

Eñtão, Borges cresceu no meu conceito. Mas ainda penso que um time com a pretensão do Grêmio precisa de alguém superior. Além disso, estamos no Gauchão, que é o campeonato me engana que eu gosto.

Coincidência ou não, Borges evoluiu, assim como Jonas, e até Lúcio, com a presença do meia que eu pedi aqui: Douglas.

O cara arrumou a casa. Com o desconto necessário de que o adversário foi o Universidade

Mas é importante frisar que contra adversários de porte semelhantes o time encontrou mais dificuldade, até porque não jogou no esquema que eu pedi aqui na semana passada, o 4-4-2, com o Mário Fernandes na lateral-direita.

Já o Inter penou para vencer o meu Avenida. No final, já estava até fazendo tempo. Pode ser presunção minha -e é-, com mais cinco minutos a gente virada o jogo no Beira-Rio.

E o Robinho, hein? sou fã dele. Calem-se corneteiros.

Bem, estou deixando a redação do CP agora. Edição fechada. Agora, com esse calor, só mesmo uma gelada.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pimenta no campeonato morno

O Sindicato dos Jogadores conseguiu liminar impedindo jogos do Gauchão entre 11 e 17h.
Jogar as 11 da manhã é sacanagem com jogadores e torcedores, principalmente os jogadores. Sem falar no pessoal da imprensa e todos os que trabalham no entorno.

Demorou o sindicato a tomar atitude. Precisou o Batista desmaiar e aquele calor de 41 graus no jogo do Grêmio.

O juiz poderia ter adiado o jogo para as 18h, mas aí tem a força da TV que paga uma boa grana para os clubes.

Agora, jogar às 17 é normal, mesmo com calor. É claro que uma temperatura em torno dos 40 graus complica, mas não mata ninguém.

Será que o pedreiro, o pessoal que colhe maçã na Serra, o sujeito da britadeira assando no asfalto, eles também podem parar quando esquenta muito?

Nem vou falar na diferença salarial. Parece que jogador de futebol é de manteiga. São bem nutridos, preparados fisicamente, então podem jogar. Repito, excetuando situações especiais como a do jogo Grêmio x São Luiz, ou jogo às 11h, em qualquer temperatura.

No mais, essa iniciativa do sindicato ajuda a colocar uma pimentinha no campeonato, que por enquanto está apenas morno.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A chapa está esquentando

Silas pede tempo. É justo. A torcida não gostou do que viu na tarde quente de ontem, recorde histórico em Porto Alegre. Nada menos do que 41,3 graus, temperatura mais elevada do país.

A chapa está esquentando para o Silas. A insistência com Joílson é inaceitável. Acredito que depois do que se viu contra o São Luiz Silas desista dessa experiência absurda.

Vi o jogo todo. O empate foi cruel para o Grêmio. No primeiro tempo, era para ter sido 2 a 0. Jonas perdeu duas oportunidades magníficas, uma delas criada por Mário Fernandes, realmente um jogador fora de série.

O Grêmio foi superior ao time de Ijuí.

No segundo tempo, já com um esquema mais adequado, 4-4-2, um balde de água fria, que até viria a calhar para quem estava no Olímpico, desde que a expressão fosse literal.

O bom time do São Luiz fez 1 a 0 logo na saída. Depois, meio no desespero, a luta pelo empate. O Grêmio continuou melhor, apesar de tudo.

Borges impediu a derrota. Marcou um belo gol de cabeça. Quando a bola chega nele, o aproveitamento até que é razoável, mas ele é muito dependente. Precisa demais de jogadas dos outros.

Conforme um botequeiro, o Rafael M., observou no tópico anterior havia só um atacante no banco de reservas, sobrou volantes, meias e zagueiros.

Silas revela um lado rothiano que eu desconhecia.

A chapa está esquentando.

EM TEMPO

O Inter continua sobrando. Joga com titular, reserva e reservas dos reservas.
Praticamente três times. Em todos os jogos, um rendimento melhor que o dos titulares gremistas. Em Novo Hamburgo foi assim. Damião é mesmo um goleador. Sorondo voltou marcando de cabeça. Depois, um abraço no conterrâneo Fossati. O Gauchão já tem o seu favoritaço.

As experiências de Silas e os defensores de RG

No duelo dos técnicos que chegaram há pouco, Fossati tem vantagem. Pegou um time praticamente pronto, vice-campeão brasileiro e atual bi do Gauchão.

Silas precisa ajustar a equipe. Afinal, o Grêmio ostenta o humilhante título de ‘Perdedor de Tudo’ em 2009. O marquetingui do clube, que no ano passado aprovou uma camisa horrorosa, poderia explorar essa idéia.

Silas tem direito e mesmo o dever de explorar alternativas e possibilidades. Mas é difícil entender que ele faça isso insistindo com um jogador que só não saiu do Olímpico por falta de interessado.

Joilson, já escrevi aqui, é tecnicamente bom. Tem boa base, mas até hoje não mostrou mais do que isso. Terá Joilson um dindo forte no clube? Ou Silas, que conhece futebol, isso é inegável, vê nele realmente qualidades para ser titular de um clube de ponta?

Qualidades tantas que fazem Silas colocar em segundo plano jogadores criados em casa e com imenso potencial, como Maylson e Saimon, só para citar dois.

Ontem, Silas disse que ainda não chegou a hora de Maylson.

O que me dá direito de desconfiar que a hora de Silas treinar num clube grande tenha sido adiantada.

A não ser que realmente haja algo por trás dessa opção pelo Joilson, algo nada a ver com as questões de campo. Mas não pode ser, não deve ser, não deveria ser assim.

Sou do tempo em que as escalações se davam apenas por questões técnicas.

Então, hoje Silas mantém o time que perdeu o Gre-Nal. Mantém os três zagueiros jogando em casa contra o São Luiz, sensação do campeonato.

E vai de novo com dois volantes. Se os dois alas jogarem alguma coisa, Hugo terá companhia na criação. Se não, o Grêmio não passa de um empate, se tanto.

Silas está certo ao menos numa coisa, na insistência. Ele está, por alguma razão, convencido de que fez as escolhas certas para o momento. E vai fundo. O problema é que pode ir fundo demais, caindo num buraco sem volta.

Todos nós somos técnicos de futebol. Sem a remuneração de boa parte deles, é claro.
Ninguém me paga para armar o time dos outros, mas o melhor que Silas poderia fazer agora é jogar com dois zagueiros.

Mário Fernandes, talvez o melhor lateral direito do país, na lateral direita, óbvio.
Não gosto dele na zaga. No gol de Alecsandro ele estava fora do lugar, chegou atrasado.
Na esquerda, qualquer um dos que estão lá.

Depois, Adilson, Ferdinando, Maylson e Hugo (considerando os jogadores hoje à disposição). Talvez o Mithyuê no lugar do Maylson, que passaria para o lugar do Ferdinando, deixando o time mais ofensivo.

Na frente, Jonas e mais um. Pode ser o Borges, mas com chance para o William o mais rápido possível.

Silas, é minha humilde contribuição.

PERGUNTINHA

Onde estão os defensores da convocação de RG, o rei da noite na Itália?

DIZEM POR AÍ...

... que hoje tem show em Novo Hamburgo. Estreia o 'estacular' Mathias. Que responsabilidade jogaram sobre o rapaz.

EM TEMPO

O presidente Duda Kroef pode ter implodido a contratação de Igor, zagueiro da defesa mais vazada do último Brasileirão. "O bom é o outro, o Durval", disse o presidente com singela franqueza. E se o Igor desembarcar, o que dirá o presidente? E mais, se realmente pensa assim, Duda deveria se impor e não aceitar a contratação de Igor.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Gre-Nal: não vi e não gostei

Volto de Ibiraquera e só agora, segunda-feira , 17h45, que consigo ter acesso a um computador.
Deparo com um fogo cruzado contra a direção do Grêmio.

Não vi o Gre-Nal e só fui saber do resultado domingo à noite, num boteco à beira da barra da lagoa de IBiraquera, iluminada pela lua cheia.

Soube que foi 1 a 0 ao ouvir um grupo de colorados festejando a vitória.

Voltei ouvindo programas esportivos. Dei uma lida nos jornais. Conclusão: foi um jogo parelho.
No ano passado, em Erechim, o Grêmio foi melhor e perdeu.

Este ano, jogo igual, o Grêmio perdeu.

Está ficando monótono.

Agora, pode alguém esperar vitória gremista quando o médico e o técnico não conseguem se comunicar minimamente para que o time não ficasse seis minutos com um jogador a menos, Souza lesionado (ele agora vai parar por seis meses, o que faz me lembrar do William Magrão no ano passado)?

Pode alguém querer que o Grêmio vença com um Gre-Nal contra esse Inter forte e entrosado com Joilson de titular?

Joilson foi bem contra o Santa Cruz. Silas se iludiu. Mas não é o caso de um dirigente (se é que eles existem no Olímpico) sussurrar no ouvido do técnico que Joilson não dá, que ele só continua no Olímpico porque ninguém o quis, pelo menos pagando o que o milionário Grêmio paga pra ele?

Quando o Grêmio começou a empilhar sobras do SP eu critiquei. Fui xingado por uns e outros.
Antes do Gre-Nal eu sugeri Maílson na lateral-direita. Deixa o time mais forte, mas com uma jogada de ataque também. Silas preferiu Joílson.

Lúcio e o Fábio são quase bons laterais ou alas. O Borges é quase um bom centroavante. O Hugo é outro quase. O time com tanto quase no máximo é quase campeão.

A lesão de Souza facilitar a vida do Silas. Ele agora tem onde colocar Hugo e Leandro, jogadores caros. Os dois disputam posição. Por mim, Hugo fica sempre como opção para o segundo tempo.
Mas aí pra fazer a única jogada que ele sabe fazer, que é pela esquerda, pelo flanco, talvez revivendo a jogada Lúcio/Carlos Eduardo. E só.

No ataque, imperdoável a substituição do Jonas. Não vi o jogo, mas sei que o centroavante chaveirinho perdeu um gol, e seguiu em campo até o final para alegria da zaga colorada.

É hora de testar William ao lado do Jonas. Borges teve a sua chance.

Depois, investir na gurizada. Afinal, Gauchão é pra fazer experiência e arrumar (ou desarrumar ainda mais) a casa.