sexta-feira, 31 de julho de 2009

Verticalização no Grêmio dá resultado

O Grêmio verticalizou mesmo seu futebol, desde a base até o profissional. O que o ataque do time junior gremista fez hoje contra o Atlético Mineiro pela semifinal da Taça BH mostra que o trabalho de Paulo Autuori e seus companheiros (o Gremista Patético aqui da redação do CP sugere que eu escreve 'cupinchas') está dando resultado.

A gurizada está imitando direitinho o Herrera e o Jonas (vou deixar o Maxi livre dessa): perdendo gol um atrás do outro.

Se não fosse o Pessali, que marcou um e deu passe para o outro, o time tinha caído já nos tempo normal. O mais impressionante é que o Grêmio foi muito melhor, poderia mesmo ter vencido com facilidade. Mas aí o ataque foi aquilo, desperdiçando as chances de gol criadas.

A defesa, então, vazou também como a titular ultimamente. Aliás, essa tem sido a regra sob o comando do Autuori.

O pior mesmo aconteceu nas cobranças de pênalti. É muita incompetência.

Antes, o Inter bateu o Flamengo. Nos pênaltis. Deu show de cobrança e teve um goleiro especialista para defender. Não tenho dúvida de que o Inter será o campeão da Taça BH, repetindo o Grêmio, atual campeão.

MUDANDO DE CONVERSA

Em editorial, Folha de S.Paulo pede fechamento da TV Brasil

Redação Portal IMPRENSA

O jornal Folha de S.Paulo veio a público criticar a existência da emissora pública TV Brasil. Em editorial publicado nesta sexta-feira (31), o veículo paulistano ressalta a saída de seis dos 15 conselheiros do canal e classifica a funcionalidade da empresa de comunicação como "um cabide de empregos".
"O governo queria, com a EBC (Empresa Brasil de Comunicação, administradora da TV Brasil), criar uma grande rede pública nacional. Após a saída de três diretores vinculados ao Ministério da Cultura, o controle ficou nas mãos da Secretaria de Comunicação. A TV que se queria pública é antes de mais nada um cabide de empregos", diz o texto.
O editorial questiona a relevância técnica da emissora. Segundo o jornal, o canal público possui baixo alcance na rede aberta, contemplando sua audiência em clientes das operadoras de TV por assinatura.
Ao final do texto, a Folha ainda critica, de forma enfática, a funcionalidade da emissora. "Os vícios de origem e o retumbante fracasso de audiência recomendam que a TV seja fechada - antes que se desperdice mais dinheiro do contribuinte".

PAÍS RICO É OUTRA COISA...

Grêmio, alternativas para não afundar mais

Perder no Morumbi para o São Paulo não é nenhuma desgraça. Há poucos dias o Inter empatou com o SP no Beira-Rio. O problema é a série constrangedora de resultados negativos fora do Olímpico. Sem sua torcida, o bafo na nunca, o Grêmio é presa fácil.

Não sei se não seria o caso de fazer uma seleção dos melhores do pessoal da Avalanche e colocar em campo. Um lateral melhor que o Fábio Santos apareceria com certeza. Todos os gols, ou quase todos, que o Grêmio toma começam pelo lado esquerdo da defesa. Esse rapaz é desatento, marca mal e seus apoios quase nada acrescentam. Melhor improvisar um zagueiro por ali.

E com isso já resolveria outro problema. Túlio seria um bom reserva de um time que ambiciona uma vaga na Libertadores de 2010. Aliás, com o tipo de planejamento que faz essa direção não adianta nada entrar na próxima Libertadores, porque mais uma vez o time não irá chegar. Túlio não consegue cobrir o setor esquerdo, não tem pegada forte, diferente do Adilson. Volante de contenção veterano precisa ter muita técnica para compensar as deficiências que chegam com a idade. Só o William Magrão poderia dar um jeito.

Na frente, titular só o Maxi Lopez. O resto é tudo japonês, como diz o meu colega Paulo Moura, do alto de sua larga experiência.

Sobre idade, a observação vale também para Tcheco. O problema é que não tem ninguém no grupo para o seu lugar. O Souza, acho que não resta dúvida, só joga sob o calor da torcida. Longe de casa, ele vira jogador comum. E isso talvez ajude a explicar um pouco tanto resultado negativo fora do Olímpico.

O cavalo está passando encilhado para o técnico gremista. O problema é se ele sabe galopar, ou ao menos subir no animal. É hora, aliás, já passou da hora, de apostar mais na gurizada. É observar esse pessoal que disputa o torneio de junior em MG e investir.

O Saimon se apresentou e pode ser útil. Quem sabe até como volante. Ou ainda lateral-esquerdo. Pior do que os que estão jogando ele não vai fazer.

O esquema atual 4-2-2-2 é muito bom, em tese. Faltam os jogadores adequados. Com o que o Grêmio tem, melhor seria voltar aos três zagueiros. Mas isso o Autuori não fará.

Sobre o Autuori, ele tem carta branca até nas categorias de base. É hora de ele mostrar serviço, sendo mais criativo, menos conservador. Por enquanto, ele consegue ser pior, muito pior, do que o Celso Roth.

Jamais pensei que fosse escrever essa frase. Mas, como diz um velho conhecido: essa é que é a verdade, essa é que é a realidade.

EM TEMPO

Douglas Costa. Sejamos honestos. O guri só entra em fria. No ano passado, o indesejado escalou o guri e ele deu boa resposta em um ou dois jogos. E logo voltou para a reserva, entrando só no finalzinho. Enfim, um processo de queima. Só faltou o indesejado repetir a frase que usou certa vez em relação ao Chiquinho, no Inter:
“Vai lá queridinho da torcida, vai lá e resolver”. Ainda tenho esperança no Douglas Costa. Ontem, ele entrou bem no jogo. Com moral e apoio do técnico, ele pode resolver.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sorondo, um exemplo

O melhor do jogo de ontem no Beira-Rio foi o abraço do Sorondo, se não me engano, no goleiro Michel Alves, ainda em campo, junto à goleira, assim que o árbitro apitou. O uruguaio mostrou ali, que além de ótimo zagueiro, tem grande caráter.

O ex-goleiro do Juventude levou cinco gols nos últimos dois jogos. A defesa está vazando, mas ele também. Por isso, a solidariedade de Sorondo e depois dos outros colegas. O futebol também dessas coisas bonitas, o conforto na hora difícil de um colega.

Mais adiante, palavras fortes de alguns jogadores em favor de Tite. Andrezinho, que se revela um jogador diferenciado, surpreendendo a todos, foi dos mais enfáticos no apoio ao treinador.

A propósito, o pai de Tite, Genor Bachi morreu no começo da madrugada. Espero que não tenha subido para o andar de cima ouvindo as vaias de colorados ensandecidos, que não admitem que o grande time do Gauchão é um time médio no Brasileiro, independente do técnico. Um time que precisa suar a camiseta para vencer, como qualquer outro deste campeonato em que não há favorito ao título.

No jogo contra o Barueri, que tem realmente um time de respeito, o Inter recuperou a pegada. E só por isso venceu.

Marcou dois gols no começo e, repetindo o que houve contra o SP, quase entregou o jogo. A diferença é que dessa vez o time teve mais vergonha na cara, ninguém se arrastou em campo. O Inter foi um time humilde. Um Inter com a cara do Inter. No final, teve a recompensa pelo esforço: o gol do Sorondo, após outra cobrança de falta maravilhosa do Andrezinho.

Torço pelo Tite, pelo Andrezinho e, principalmente, pelo Sorondo.

Jogadores embonecados como esse Douglas Costa, que corre o risco de sair do junior direto para o time de veteranos, deveriam se mirar nesse uruguaio, que está superando um problema muito grave para poder jogar futebol. Ele precisou de muita luta, muito sacrifício, muito esforço, para voltar aos gramados.

Enquanto isso, os Douglas Costa da vida, com plena saúde, se esforçam para jogar a carreira fora.

EM TEMPO

A solução para o problema da lateral-direita do Grêmio está no Olímpico. Saimon voltou. É só dar a camisa pra ele. Se bem que o Mário Fernandes não está comprometendo.

Depois, vai faltar só a lateral esquerda. Bem, tem o meio campo, onde o garoto Roberson pode ser uma alternativa para Souza ou Tcheco.

terça-feira, 28 de julho de 2009

As festas e o saco de batatas

Alguns jogadores do Inter andam demais na noite. É o que dizem. Quero deixar muito claro que eles não apareceram aqui no boteco.

Soube que um grupo é assíduo freqüentador da boate La Barca (dica: quarta-feira após o jogo e/ou quinta-feira). E daí? Se a festa for moderada, dia ou noite de folga, sem treino pela manhã, não há problema.

Agora, se forem cometidos excessos, principalmente etílicos, a coisa muda de figura e acaba repercutindo no desempenho em campo, nos gramados para ser mais específico e para evitar dupla interpretação.

As extravagâncias extra-campo, inclusive alimentares, refletem no preparo físico. E aí não há preparador físico, por mais competente, que resolva.

É aquela velha história: o time está perdendo e aí surgem esses boatos, e também informações, sobre orgias, etc, para explicar os fracassos; ou o time realmente passou a ter mais dificuldades diante da melhor qualidade dos adversário?

Antes, quando o time vencia, não havia festa? Ou as festas ocorriam da mesma forma, mas eram desprezadas em função dos resultados positivos?

Eu acho que as festas aumentaram. E por que? Talvez por causa do frio, quem não gosta de um cobertor de orelha, um corpo quente, pela macia e cheirosa ao lado?

Na verdade, as festas aumentam por várias razões. Digamos que o clube não está pagando em dia, prêmios atrasados. O jogador, o mau profissional, se vinga. “Ah é, não me pagam e ainda querem que eu abra mão dos prazeres da vida? Eles vão ver uma coisa”, e lá vai o tigrão pra farra.

A desmobilização pode ocorrer também por causa do treinador. O discurso já não cola mais, soa mal aos ouvidos, não motiva, não agrada. E aí a panelinha que reúne as lideranças passa a agir. A panelinha existe sempre, para o bem ou para o mal.

É nesse momento que é preciso um comando forte, impositivo. Primeiro, o diálogo, o algodão entre os cristais. Depois, só mesmo na porrada.

A direção colorada demorou a entrar em campo. Acho que andava distraída, ainda comemorando títulos recentes, acreditando que tudo se resolveria ao natural, sem maiores confrontos.

Se existe batata podre no saco, ela deve ser tirada. Uma batata podre basta para apodrecer todas as outras.

Não sei se é o caso de D’Alessandro. Mas sobrou pra ele neste primeiro momento. Ele poderia perguntar:

- E os outros?

domingo, 26 de julho de 2009

Revolta colorada

É preciso estar mesmo muito revoltado para sair de casa num sábado à noite, com a temperatura em torno do zero grau, para ir ao aeroporto insultar jogador e dirigente de futebol.

Foi o que fez um grupo de colorados ontem à noite. Como se adiantasse alguma coisa? Mas torcedor de futebol é assim mesmo.

Foram pedir de novo a cabeça de Tite, reclamar do Píffero e exigir providências do Fernando Carvalho. Tite, que vive um drama pessoal, ainda teve de ouvir poucas e boas, pelo que li de um relato do Diogo Olivier.

A irritação do pessoal aumentou quando soube que a direção colorada não estava no mesmo avião.

Levar 3 a 2 fora de casa no Brasileiro não é nenhuma calamidade, mas o resultado vem precedido de outras atuações desastrosas.

É interessante como o Inter anda levando gol bobo, que antes a defesa evitava sem maior esforço. Destaque-se que o ataque, agora definitivamente sem Nilmar, fez a sua parte. Marcou dois. A defesa, que era o ponto mais forte do esquema colorado até maio, anda vazando muito, está fora do lugar.

Está muito claro, pra mim, que há problemas no vestiário colorado. Sei de jogadores que andam festeando demais, e casualmente são aqueles que mais caíram de produção.

A vitória do Grêmio, de virada, no Olímpico, colocou um tempero a mais na irritação dos colorados. Não importa se era o Santo André, um time do nível do Avaí, que anda cometendo seus crimes ultimamente. São quatro vitórias seguidas. Ontem, 3 a 1 sobre o Atlético PR em plena Arena, na estreia do glorioso ex-jogador Alex Mineiro.

Souza foi o grande nome do jogo. Outro dia, ouvi dizerem que Souza é só um jogador médio. Bem, alguém precisa rever seus conceitos. Souza não é craque, mas é um jogador acima da média. Do nível do até há pouco glorificado D’Alessandro, que agora vive má fase.

Rafael Marques se destacou pelos gols marcados, mas está dando conta do recado atrás também. Vai disputar posição com Léo, sem dúvida.

A lamentar que o filósofo Autuori não tenha colocado o Ricardo. O Isael entrou mas não teve tempo de mostrar coisa alguma.

Herrera e Jonas fizeram a sua parte: perderam gols.

EM TEMPO

Sei que muita gente não vai gostar, mas vou antecipar agora o que será confirmado mais adiante.
O Sandro é um jogador de futebol elegante, de boa técnica, mas ele está comprometendo. É lento, chega atrasado e é obrigado a cometer faltas. Normalmente está fora do lugar. O agravante é que ele joga ao lado de dois outros volantes, Magrão e Guinazu, que dão combate forte. Não duvido de que comecem a pedir a volta do Edinho.

ÚLTIMA FORMA

Vamos torcer e rezar pelo Massa. Agora, ficar perto do Rubinho dá nisso. Que cara mais pé-frio.

sábado, 25 de julho de 2009

Frio e covardia

Encosto o nariz na janela. Ele congela. Espirro. São flocos de neve que saem das minhas narinas vermelhas, enrijecidas.

Se eu não fosse tão covarde, iria ao Olímpico hoje, no começo da noite, quando o sol estará pousando no Guaíba.

Já fui a jogos em dias de muito frio, até mais do que este de agora. Há 30 anos, eu estava no jogo da neve, em Bento, à noite.

Antes disso, na minha única viagem como torcedor, ainda barbudo, cara de tupamaro, enfrentei um frio de ranguear cusco para ver Grêmio e Novo Hamburgo. Fiquei encarangado na arquibancada, duro de frio. E ainda perdi o jogo por 1 a 0, gol do Xameguinha.

Na volta, a gente só queria a cabeça do técnico, Oto Glória. Fomos todos esperar a delegação no Olímpico.

Esperto, o técnico idolotrado em Portugal ficou no meio do caminho, no aeroporto.

Não sei se ele foi covarde ou digno.

Só sei que eu sou covarde mesmo. Não encaro mais o frio para ver jogo de futebol.

Mas qual motivo eu teria para ir ao Olímpico, num jogo contra o glorioso Santo André?

Ricardo. Ele pode estrear.

Está bem, ele deve ficar no banco de reservas. É o único atacante escalado para o banco. São boas as chances de que ele entre. E eu gostaria de estar lá para conferir. Levo muita fé nesse jogador. Ricardo tem o estilo de Nilmar.

Futebol é assim mesmo: sai um craque, aparece outro. Demora um pouco às vezes, mas o futebol segue, a vida segue, como diria o filósofo Paulo Autuori.

Eu, por exemplo, perdi a vontade de ir ao Olímpico quando Renato Portaluppi foi vendido por 600 mil dólares ao Flamengo, em quatro parcelas, sempre pagas com atraso.

Nilmar sai por 40 milhões.

Não importa o dinheiro que entra, e sim a alegria de ir aos estádios que nos deixa.

Vou assistir à estreia do Ricardo diante da TV, cuia na mão e cuca no prato.

Estufa ligada, claro.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ciúmes e a dramatização no futebol

O amplo espaço da mídia a Maxi Lopez por causa do gol marcado no Gre-Nal provocou duas reações de ciúme, uma diferente da outra.

A primeira foi da mulher do atacante. Wanda Nara aproveitou um episódio confuso, mal-explicado, para também ela receber atenção da imprensa. A moça está acostumada a aparecer na mídia argentina, lá ela é uma celebridade. Ainda não sei exatamente por que, mas é, talvez como outras daqui, que surgem do nada e ao nada retornam.

Na verdade, nos últimos tempos ela apareceu mais do que o marido. Então, de repente, ele passou a brilhar mais. Aí, ela pegou essa história do ‘sequestro em que o sequestrado persegue o sequestrador’ e repassou para os amigos da imprensa argentina (incrível, ontem uma equipe da TV argentina veio a POA para reconstituir a história), sabendo que o assunto logo teria destaque por aqui.

Wanda Nara, enfim, começou a ser ‘celebridade’ aqui na província. Em breve, deverá aparecer em programas como o da Luciana Gimenez.

Outra crise de ciúme foi do Tcheco. Ele quis dizer que se mata em campo, ninguém reconhece, enquanto todos só querem saber do "bonitinho’ que faz gol. É mais ou menos isso.

A frase deveria se esgotar nela mesma. Mas, nós jornalistas, gostamos quando acontecem essas coisas mais incomuns no futebol. Estamos cansados de falar de gol perdido, impedimento não marcado, pênalti inexistente, essas coisas que se repetem à exaustão.

Hoje, o técnico Autuori colocou o assunto no seu devido lugar: nós dramatizamos demais os incidentes do futebol.

Acho que levamos o futebol muito a sério. Afinal, o futebol cada vez mais é um grande negócio, em que muita gente fatura muito dinheiro, nem sempre de maneira lícita, ética ou moral.

Essas três palavrinhas me remetem imediatamente à venda finalmente concretizada de Nilmar. Ele acabou mesmo no Villarreal. Tem muita gente soltando foguete, e não apenas os gremistas mais fanáticos.

Já aqueles que dramatizam de verdade o futebol, os torcedores, no caso do Nilmar, estão neste momento tristes. Talvez até revoltados, porque acreditaram que com 100 mil sócios o clube não precisaria mais vender seus craques, ou não precisaria tanto.

Mas, como diria o filósofo do Olímpico, ‘no futebol como na vida’, quanto mais se ganha, mais se gasta.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Técnicos e o jeans Diesel

Com todo o respeito aos catarinas, mas o Avaí tem um time fraquinho, embora tenha um meia bom, Marquinhos, uma zaga eficiente pelo alto, e um goleiro que não compromete. Mas é candidato ao rebaixamento.

Mesmo assim, esse time bateu o Grêmio, apesar de ficar uns 20 minutos com um jogador a menos. A dupla de trombadinhas, que se deu contra o Inter, ontem penou, ficou batendo cabeça e fazendo aquilo que mais gosta, principalmente o Herrera, trombar com os zagueiros. Driblar zagueiros? Ora, melhor brigar com eles o tempo todo. Jonas deveria ter substituído Herrera no intervalo.

O pior foi o técnico Autuori depois do jogo. O Grêmio afunilou, disse ele, não jogou com Joilson e Fábio Santos. Pois eu nunca vi dois laterais serem tão acionados. O problema é que eles foram improdutivos.

O Joilson, que entrou no segundo tempo, recebeu uma dezena de bolas perto da área. Em vez de buscar o fundo (fez isso uma vez e levou perigo), deu corte para o meio e meteu a bola para o colega mais próximo, no meio. Então, a bola chegou nele e ele nada fez. O mesmo no lado esquerdo. Por que não entrou o Jadilson?

E o Rever, que falta mais idiota aquele diante da área e que resultou no gol? Eu não tenho dúvida de que a grande maioria dos jogadores é intelectualmente prejudicada, burrinha mesmo. Um lance como esse apenas confirma a minha tese. Pior que esse só o do Thiego na semana passada.

E o Tite? O que dizer do Tite? Logo eu que sou admirador do seu trabalho? O que posso dizer nessa hora, depois que ele coloca em campo o Taison aos 42 do segundo tempo? Nem vou discutir outras opções dele no jogo. Fico só nessa. Quem descobriu o Taison no Beira-Rio, ignorado pelo Abel, foi ele, o Tite. É também por isso que ele não poderia cometer esse crime.

Colocar o Taison no finalzinho é quase um pedido de demissão. Em cinco minutos, o garoto levou perigo ao goleiro em duas oportunidades. Se tivesse jogado pelo menos uns 15min, no lugar de qualquer um dos volantes de preferência, o Inter talvez fizesse o terceiro gol.

Autuori, Tite, Muricy, Rospide, Jorginho, Luxa: não adianta, são todos iguais na essência. A diferença é que uns têm grife, como um jeans Diesel, que custa uns mil reais, mas não vale mais do que 100.

EM TEMPO

Provocado pelo botequeiro Francisco, algoz do Tcheco (para ele sempre o Tcheco é o culpado), declaro que o Tcheco ontem não jogou absolutamente nada.
E o Souza, jogou o que mesmo?
Quando os dois articuladores não jogam, os dois trombadinhas pouco podem fazer além de trombar com os zagueiros. O Maxi, coitado, ainda fez algumas jogadinhas, mas com essa parceria de ontem, nem o Luís Fabiano jogaria.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Wanda Nara e o 'sequestrador'

A bela Wanda Nara levou um susto. Ela acha (ou achou) que escapou de uma tentativa de sequestro. Até pode ser, mas tudo indica que ela se enganou.

Seguiu um taxi, que havia contratado num shoppping da zona norte, para chegar ao Olímpico, onde buscaria o marido Maxi López. O taxista atalhou por uma vila, ela viu um motoqueiro de uma pizzaria junto ao seu carro. Se assustou (estava com a filha no carro), e entrou numa rua para fugir. Acabou se perdendo. Telefonou para Maxi, que foi ao seu encontro orientado no trânsito por Herrera.

Não deram queixa na delegacia talvez porque Maxi quis evitar exposição maior. Imaginem o que teria de coleguinha por lá, e não daria em nada. Mas é possível, também, que ele percebeu que sua bela mulher realmente tenha apenas se assustado, o que é aceitável diante do quadro de insegurança que vivemos hoje.

Além do mais, nunca vi o 'sequestrado' seguindo o 'sequestrador'.

PAPO DE REDAÇÃO

Enquanto isso...

Na redação de um veículo de comunicação dá-se o seguinte diálogo entre dois colegas:

- Bah, parece que o jogador fulano, irmão do jogador beltrano, também é viado.

- PQP, coitado do pai deles, dois filhos viados.

Eis que entra na conversa um colega considerado - por quem o conhece melhor - um gay ainda preso no armário:

- Ué, qual é o problema? Eles não têm nenhuma doença...

Fim de papo.

QUESTAO DE ORDEM

Se Nilmar não for mesmo para o clube alemão é basicamente por uma coisa: o imposto de renda lá come 50 por cento do salário, que na Alemanha é todo registrado em carteira, não tem esse negócio de 'direito de imagem'.

Nilmar e o 'da cá o meu'

A saída de Nilmar é inevitável. Ele deve ir para o clube alemão aquele cujo nome só o Chico Izidro – para quem não sabe, trata-se do afro-descendente mais germânico que existe por aqui – sabe pronunciar, o Wolfsburg.

O Chico enche a boca para pronunciar VÔLFS, coloca um acento circunflexo reforçado no O e depois dá uma espichada no S, algo assim: sssss. E complementa feliz, irradiante: BURG. Mas não é um BURG comum, desses que a gente pede nas lancherias com jeito norte-americano.

O BURG do Chico tem a letra U com o som quase igual o da letra O, com ‘chapeuzinho’, como aprendi em tempos idos, e bota idos nisso, lá na gloriosa Lajeado, no colégio estadual Fernandes Vieira, num tempo em que dava gosto em estudar em colégio público porque as professoras ainda não eram ‘trabalhadoras em educação’.

Bem, era um tempo em que o legado do grande LEONEL BRIZOLA em termos de EDUCAÇÃO ainda persistia e era respeitado.

Isso posto, concluída a aula de alemão, retomo a questão Nilmar. Essa imprensa, devo reconhecer, é muita chata. Está ‘vendendo’ o Nilmar desde que ele começou a fazer gol pelo Inter, mostrando sua completa recuperação.

Agora, a coisa esquentou. Chegou a esquentar antes, mas Nilmar continuou aqui para alegria daqueles que apreciam o talentos no futebol e, principalmente, para satisfação dos colorados.

O que emperra o negócio: o rachids.

Não, não é nenhum milionário árabe, ou turco.

É a divisão da grana. Tem muita gente querendo pegar uma beirada nos 42 milhões de reais do negócio, uma megasena muito acumulada.

É X para o Inter, Y para o investidor, Z para o empresário, e... Vou parar por aqui se não vai o alfabeto inteiro.

É isso, o futebol virou um grande negócio. Eu escrevi negócio, não negociata.

Como é que se diz ‘dá cá o meu’ em alemão? Vou perguntar ao Chico.

QUESTAO DE ORDEM

Quem virá para o lugar do Nilmar? Sugestões devem ser encaminhadas ao Beira-Rio, mas pode ser enviadas para cá também.

A PROPÓSITO...

O chico Izidro, consagrado autor de ERA VIDRO E SE QUEBROU vem aí com novo romance. Não li, mas já gostei. Não percam, nos melhores botecos.

domingo, 19 de julho de 2009

Cem anos depois deu Grêmio de novo

O Grêmio começou a ganhar o Gre-Nal 377, o do centenário, a partir de dois fatos:

- o técnico não era Celso Roth, que perdeu quatro grenais em cinco disputados, um com goleada;

- ao trocar Joílson por Mário Fernandes, Paulo Autuori recompôs o sistema defensivo, que se tornaria frágil demais com a apção anteriormente anunciada e que destaquei no meu comentário anterior ao clássico. E o garoto, o famoso 'doril', deu conta do recado com muita qualidade.

Agora, pesou muito também o fato de o Inter ter jogado sem inspiração, faltou criatividade, e acima de tudo, vi o time por várias vezes um pouco apático, ou sem aquela garra necessária para vencer um Gre-Nal.

O Nilmar fez o gol, numa falha clamorosa do Souza (ele se redimiu depois ao empatar cobrando falta) após escapada de Andrezinho, mas, fora esse lance, se submeteu à marcação. Ele já está com a alma na Espanha, no Villarreal.

Taison foi ainda pior: nem fisicamente parecia estar em campo. A estratégia de Autuori foi inteligente: posicionou o time mais atrás para não dar espaço ao Taison, que assim se torna um jogador comum. Ele precisa de campo para jogar.

Começar o jogo com Taison, que também não anda em boa fase, foi o maior erro de Tite. Deveria deixar o garoto para o segundo tempo.

No Grêmio, a dupla das trombadas só mostrou alguma coisa no segundo tempo. Primeiro, no gol de Maxi Lopes, oportunista, cabeceando para fazer 2 a 1, pegando rebote de Guinazu, que evitou o gol de Rever. Depois, Maxi fez grande jogada trombando com Sorondo e Índio, levando a melhor, e deixando Herrera livre para ampliar: a bola bateu na trave direita.

Maxi foi um guerreiro. Irritou a marcação com seus puxões e empurrões. Quase no final, o Guinazu pisou em sua perna, de propósito, após uma ríspida disputa, tipo luta de vale-tudo.

Resumindo: Autuori ganhou o duelo tático e seus jogadores mostraram mais entusiasmo, mais determinação. Um indício importante a favor da minha análise: D'Alessandro estava calminho demais. Não discutiu, não brigou, mas foi o mais efetivo do meio para a frente, com alguns chutes perigosos.

Arbitragem correta do Gaciba, facilitada pelo estado de espírito dos jogadores.

Vitória justa do Grêmio.

A direção colorada nega, mas Tite deve mesmo dançar.

Sobre o buquimequi do CP: havia cravado 4 a 1 para o Grêmio. Perdi dois reais.

O botequeiro Francisco acertou: ele cravou 2 a 1 na cabeça.

sábado, 18 de julho de 2009

O Gre-Nal e o buquimequi

Dica de Leitura: a coluna do grande Nilson Souza, na ZH deste sábado, no caderno de abobrinhas, digo, variedades. Imperdível.

Outra dica: caderno especial do CP, que sai neste domingo, sobre o centenário do Gre-Nal. É de guardar.

Agora, vamos ao que interessa.

Com D’Alessandro liberado, conforme se previa, embora não tão rapidamente, o Gre-Nal volta a ficar equilibrado. Antes, sem o argentino e o Magrão, o time colorado perderia muito, perderia a alma de qualquer equipe, que é o meio-campo. Ainda mais com Sandro voltando depois de lesão. Então, o Grêmio era favorito.

Era, porque agora equilibrou, embora o jogo seja no Olímpico.

O Grêmio vai para o jogo com um time ofensivo, mais leve na marcação. E isso em Gre-Nal normalmente custa caro. Seus dois alas, ou laterais, têm problemas para marcar. Os dois volantes terão trabalho redobrado. Tcheco até ajuda, mas basicamente só cerca.

Um esquema assim dá certo se o ataque funciona, ou seja, aproveita bem as chances que cria. Porque não tenho a menor dúvida de que o Grêmio vai levar gol, ou gols. Temos de considerar também que Réver está voltando de lesão.

Outra coisa: o Jonas deveria começar, não o Herrera. Teremos dois trombadinhas no ataque.

Vejo o Inter mais consistente em termos de marcação. E, com D’Ale confirmado, também efetivo em termos de ataque. Acho que o Inter começa com Nilmar e Alecsandro. Taison fica para o segundo tempo. Eu faria isso.

Não dá pra apontar um favorito.

Mas no buquimequi do CP, cravei 4 a 1 para o Grêmio. Era o único resultado que não tinha. Quer dizer, tinha 4 a 1 para o Inter, mas não acredito tanto no ataque colorado, ainda mais sabendo que Nilmar vai entrar só com o corpo no clássico. A alma já está na Espanha. Salvo engano.

Agora, se Nilmar resolver me contrariar, aí dá Inter.

E eu perco minha aposta.

Aliás, descobri que o termo buquimequi é coisa dos antigos. Chamei o boy, o Diego Souza, para ele me trazer o buquimequi e ele não entendeu o que eu queria. Foi preciso o Carlos Correa, arguto setorista do tricolor, o conhecido Agenda Negativa, explicar que eu estava pedindo o bolão de apostas.

Bem, eu continuo chamando buquimequi, como era em 1909.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vida de gado

‘Contra injustiça, só silêncio, paciência e tempo’. Quem ensina é José Sarney, se fazendo de vítima.

Vítima de quem? Só pode ser dele mesmo, de seus atos como homem público, ente que não pode ser considerado uma ‘pessoa comum’, como pretende o presidente Lula.

Na realidade, Sarney não é mesmo uma pessoa comum. Como pode ser comum uma pessoa que é protegida pelo ‘foro privilegiado’, esse instrumento constitucional que blinda os responsáveis por grandes falcatruas com o dinheiro público?

Sarney é um mestre. A frase acima mostra o que acontece quando existem denúncias, acusações, investigações, inquéritos, etc contra pessoas incomuns. Deixe o tempo passar, fica em silêncio. Daqui a pouco tudo será esquecido. Sai da manchete vai para o rodapé. Infelizmente, é assim que funciona.

E isso vale principalmente para os amigos, os mais chegados, os mais íntimos, aqueles que dão sustentação a projetos maiores, mesmo que estes tenham sido combatidos ferozmente no passado.

Hoje, são aliados para garantir a governabilidade. Leia-se, a eternização no poder.

O mal do Brasil não é a corrupção. É acima de tudo a falta de vergonha na cara e, principalmente, a impunidade.

Sem contar a passividade de um povo, que hoje só se mobiliza se tem alguma entidade para lhe pagar o lanche e o transporte para as manifestações, normalmente de cunho unicamente ideológico, que não reflete a vontade da maioria silenciosa.

Enquanto isso, os corruptos se divertem, debocham dos honestos. Criam milhares de cargos comissionados para os parceiros, a criminalidade avança, a saúde adoece, a educação se analfabetiza e a floresta amazônica é ceifada por serras elétricas.

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética.O que mais preocupa é o silêncio dos bons".
Martim Luther King.


Pra fechar, música no boteco, lembrando Zé Ramalho:

...Ê, ô ô, vida de gado, povo marcado, ê, povo feliz.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Estudiantes: ganhou o melhor

Foi uma quarta-feira gorda. Depois do jogo do Grêmio, que acompanhei na redação entre uma matéria e outra, me fixei mais no duelo do Mineirão, mas atento também ao Inter no Beira-Rio.

Há mais de um mês escrevi que considerava o Estudiantes o time mais forte, mais capacitado, para ser campeão. Muito antes, disse que o Grêmio nem chegaria à final. Com tantas trapalhadas da direção, que conseguiu a proeza que jamais será igualada de disputar a Libertadores com três técnicos, o Grêmio até foi longe demais.

Bem, o Estudiantes é o campeão. Foi muito superior no jogo de ida e manteve um jogo equilibrado no Mineirão. O goleiro Fábio, a meu ver, falhou grosseiramente no primeiro gol. Ficou debaixo da goleira com a bola cruzando a pequena área. Deu mandrake nesse grande goleiro.

Depois, o segundo gol. Vitória por 2 a 1. Resultado justo. Mereceu o Estudiantes.

Agora, ficou a sensação de que essa foi uma Libertadores fácil de ser conquistada, porque nenhum time realmente despontou. Foi tudo muito parelho. E isso só compromete mais a atuação da diretoria gremista.

No Beira-Rio, o Inter deu uma respirada na noite fria. Fez 2 a 0 ao natural, mas depois se complicou. Penso que o Inter foi o mais prejudicado nas expulsões, aliás, exageradas, de Fred e Magrão. Fred não vem jogando nada, está em conflito com a direção do Flu. E Magrão é um guerreiro, mesmo que tecnicamente possa não estar em sua melhor fase.

O Fluminense reagiu. Aí, entrou o Taison para colocar a casa em ordem. Marcou dois gols e salvou o Inter, que vai para o Gre-Nal com moral mais elevado.

Sobre desfalques, o Inter perde mais sem D’Alessandro e Magrão. O Grêmio não terá Thiego (merece uma bela punição interna e também no tribunal) e Léo. Se não puder contar também com Rever, aí a vantagem passa a ser do Inter.

Agora, se Maxi Lopez também não se recuperar, o Inter passa a ser favorito.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um pontapé matou o Grêmio

O começo do Grêmio foi promissor. Jonas recebeu uma bola excelente enfiada por Fábio Santos, deu um corte no zagueiro e chutou para fazer 1 a 0.

Ficou visível que o time já tem um toque de bola diferente. Trabalho de Paulo Autuori. Mas jogar com dez contra um time empolgado, com apoio de sua torcida, é difícil. Não me refiro a William Thiego, mas a Alex Mineiro.

Estou em dúvida se o Grêmio o libera de uma vez - é isso que ele quer, voltar ao Atlético PR - ou fica com ele, como castigo. Mas longe do time, treinando separado e abrindo espaço para a gurizada da base.

A dupla paraíba, Carlinhos e Marcelinho, era a única preocupação do sistema defensivo do Grêmio. E pensar que Marcelinho estava aí livre depois de sair do Flamengo.

No final do primeiro tempo, gol dele. Marcelinho acertou um chute daqueles raros no futebol: 1 a 1. Resultado justo.

No começo do segundo tempo, William Thiego dá um pontapé violento por trás num adversário, na bandeirinha de escanteio, no campo de ataque. Injustificável, imperdoável. Foi expulso, claro. São seis expulsões em onze jogos no Brasileirão. A maioria por bobagem.

Aí o Coritiba ficou à vontade para virar. Ariel marcou o segundo. O Coritiba insistiu. Mesmo com dez o Grêmio soube se defender. Mas não teve força no ataque.

Bem, aí Autuori olhou para o banco. Era de chorar. Entraram Makelelê, Perea e Joílson. Tem como buscar o empate?

Onde estão os garotos?

Agora, o Gre-Nal. O Grêmio não terá Léo, terceiro cartão amarelo, e Thiego. Réver também não deve jogar. Ou seja, a defesa mais do que improvisada.

O Inter começa a ser favorito.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Nós que nos amávamos tanto


O encontro de Lulla (cada vez mais se justifica o 'éle' duplo) e Collor no interior de Alagoas. Juntos, os inimigos de 20 anos atrás, mostram apenas que todos os políticos são iguais, querem a mesma coisa: o poder. E depois, continuar no poder. Para isso, não medem esforços, não selecionam amigos, sócios ou cúmplices.

Gosto de tango. Quando vi esses dois juntos, sorridentes como duas hienas, me lembrei de um clássico de Gardel, com letra do brasileiro Alfredo Le Pera: Volver. Aí vai um trecho da letra:

Volver,con la frente marchita,las nieves del tiempoplatearon mi sien.

Sentir, que es un soplo la vida, que veinte años no es nada, que febril la mirada,

errante en las sombraste busca y te nombra.

Vivir,con el alma aferrada a un dulce recuerdo,que lloro otra vez.

D'Ale e o ministro


O D’Alessandro agiu como um guri de colégio, na pelada do recreio, chamando para a briga um colega da outra turma. Quando mais o William ria na cara dele, mais o argentino se enfurecia. Virou um tourinho bravo. Foi um cena hilária, mas como aconteceu em meio a jogo de decisão, não no pátio do colégio, alcançou dimensão maior. As imagens correram mundo pela TV e internet.

Eu imaginava que ele pegaria alguns jogos de suspensão. Algo próximo ao aplicado a Diego Souza, que protagonizou uma ação chocante e grosseira, nada cômica, ao ser expulso e voltar para o campo para agredir um adversário, o Domingos, pelas costas. Pois o Diego levou oito jogos.

Se fosse o Ibson (então no Flamengo) no lugar do D’Ale, qual seria a punição? Se é que haveria punição.

Então, o tribunal julga conforme cores clubísticas. Nenhuma novidade nisso. Mas a gente não se acostuma com as injustiças, não adianta. Se irrita, protesta, escreve alguma coisa no blog para descarregar, mas realmente é duro. Quando não são os juizes de campo, são os julgadores do tapetão.

Soube agora que o grande ministro Gilmar Mendes mandou soltar um grupo de deputados de Alagoas, acusado de desvio de verba e de assassinato. Eles voltam à Assembléia local.

Enquanto isso, o D’Ale fica dois meses sem poder trabalhar. Penso que a punição maior dele (e da torcida) foi ter prejudicado o Inter na decisão, quando o time começava a reagir.

Ainda acho que o Inter pode amenizar a pena do jogador recorrendo ao Pleno. Ou levando para o STF, deixando tudo nas mãos do ministro Gilmar Mendes.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Liderança absoluta no Cartola

Meu time no Cartola segue arrasador. Prova inquestionável, irrefutável, de que sou um profundo conhecedor de futebol.

Na semana passada, assumi a liderança da Liga do Boteco e também da Liga do Correio do Povo. Não escrevi nada porque foi de leve, diferença mínima.

Agora, com os 95,45 pontos que fiz na rodada, a décima, disparei na frente.

Na Liga do CP, estou com 634,96 pontos, o segundo colocado, Lamb FC, aparece com 40 pontos a menos.

Na Liga do Boteco (o Francisco pipocou e não entrou), o segundo colocado é o mesmo Lamb FC.

Pra quem não sabe, meu time é o Alfredo FC, homenagem ao meu cardeal (tem registro no Ibama), que, como Carlos Gardel, canta cada vez melhor.

Se o Meira sair, é só me chamar.

domingo, 12 de julho de 2009

Caixinha de surpresas

Os gols que faltaram na Libertadores sobram no Brasileiro depois da eliminação. Até o Alex Mineiro, aquele que perdeu o gol mais feito que vi nos últimos tempos no Mineirão, acertou o pé e fez o seu. Depois, o Jonas, outro que tem um percentual baixo de aproveitamento, também marcou na primeira oportunidade que teve. Por fim, outro "reserva", Rafael Marques, completou: 3 a 0.

Primeira constatação: conforme escrevi há muito tempo, o Grêmio não tem um ataque titular. Tanto faz quem jogue. O único mais diferenciado é o Maxi Lopex. Por isso, não é muito certo dizer que o Grêmio jogou com seu ataque reserva. Até o Paulo Autuori, na entrevista pós-jogo, na qual não cansa de repetir "no futebol como na vida", admite que há indefinição sobre quem é titular do seu ataque.

O Grêmio fez uma partida de exceção contra o Corinthians, o festejado time do Mano Menezes. Ganhou com uma facilidade impressionante. Em dois lances na área do rival, fez dois gols. Isso foi decisivo na história do jogo. Depois, a expulsão do zagueiro corintiano.

Adilson foi o grande nome da partida. Ronaldo parou no Léo e no Rafael Marques. "Só conhecia o Ronaldo da TV e dos games", disse o Léo.

Agora, se o Grêmio teve méritos, é preciso reconhecer que o Corinthians sentiu a sequencia de jogos (teve um no meio da semana). Ronaldo mostrou que precisa mesmo intercalar partidas.

Outro que sentiu o ritmo de jogos e de decisões foi o Inter. É duro para os colorados admitirem isso. No programa Terceiro Tempo, da Guaíba, sexta-feira, eu disse que o time sentiria o desgaste após a viagem e o jogo no Equador. Quase fui linchado pelo Haroldo, que discursou sobre os salários milionários, que eles não podem alegar cansaço, etc.

É claro que os jogadores sentem. Não que isso justifique o mau momento colorado, mas é um componente importante.

O Inter largou na frente, num chute do Nilmar, favorecido pelo desvio do zagueiro. Depois, foi cedendo espaço ao Atlético. Taison voltou a jogar mal. Bolívar cometeu um pênalti idiota. O Inter chegou a ser apático, principalmente quando levou o terceiro gol. Tentou reagir no final depois do gol de Alecsandro, mas já era tarde. E quase levou o quarto gol do Atlético, que vinha de uma goleada por 4 a 1 diante do Grêmio. Mas o Brasileirão é assim mesmo, uma "caixinha de surpresas".

O Inter já não é mais líder do Brasileiro. Perdeu a Copa do Brasil e a Recopa. Tite cada vez mais a perigo. Com Muricy liberado, especialista em Brasileirão, o Inter já está perdendo tempo por não trocar de técnico.

Já Autuori começa a ajeitar o time.

É a velha balança do futebol gaúcho em plena semana Gre-Nal, onde tudo o que está bem pode ficar mal, e vice-versa, muito antes pelo contrário.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Fracasso previsível e a volta de Muricy

Quem observa o futebol com um mínimo de distanciamento já sabia que o Inter não conseguiria reverter o resultado do primeiro jogo, 1 a 0, contra a LDU.

A altitude de Quito e a qualidade do adversário, aliada a má fase de alguns jogadores colorados, indicavam outro fracasso colorado.

No programa Cadeira Cativa, da TV Ulbra, ontem, no começo da noite, o Reche perguntou aos debatedores, entre eles a minha pessoa, qual a previsão para o jogo que aconteceria logo mais.

Meus dois colegas de bancada, ambos colorados, manifestaram otimismo. Eu fui pela lógica:

- O Inter não tem a menor possibilidade de vencer a LDU – afirmei peremptoriamente. Gosto dessa palavra usada certa vez pelo sr. Tarso Genro.rio, aliada a mito e a qualidade do advers

O mesmo havia afirmado em relação aos dois jogos decisivos da dupla na semana passada. É claro que milagres podem acontecer, mas ainda prefiro me guiar pelos dados concretos, pelos fatos, etc.

No mesmo programa, o Reche informou que o Palmeiras estava contratando o Muricy Ramalho por 500 mil mensais.

Eu, do alto da minha humildade, ponderei que ainda acreditava que Muricy esperava o resultado do jogo contra a LDU.

Essa demora do Muricy, o ético, se devia ao desejo de voltar ao Beira-Rio, não tenho dúvida disso.

Hoje, vejo na internet, que não houve acordo entre o técnico e o Palmeiras, que já partiu atrás de outro treinador. Quem seria? Tite está entre os cotados.

Aguardem, pois, como escrevi aqui há uns 10 dias, Muricy vem aí.

Pode até não vir, mas que ele já está com o pé no Beira-Rio, está.

E, aqui entre nós, o Inter faz bem em trazer o Muricy, especialista em ganhar o Brasileiro por pontos corridos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lula e Dunga


O presidente Lula, em suas andanças pelo planeta, viveu uma situação constrangedora ontem, dia 7, em Paris. Ele recebia um prêmio da Unesco pela Busca da Paz quando ativistas do Greenpeace subiram ao palco com bandeiras que denunciavam o massacre da serra elétrica na floresta amazônica - na minha opinião a parte mais condenável do governo petista, porque compromete o futuro.

"Lula, salve a Amazônia, salve o clima", diziam as faixas.

Lula, que não sabe patavina de inglês (deveria ter aula com o professor do Joel Santana) e com sua megalomania, deve ter imaginado que isso era uma saudação dos franceses.

Depois, já em Roma (eu devia ter estudado menos, talvez virasse presidente) Lula mostrou que ambiciona o posto do técnico Dunga na Seleção. Ele liberou o brasileiro Amauri, goleador da Juventus, para disputar a Copa pela Itália. "Nós temos o Luis Fabiano", justificou o cidadão que está indicando empreiteira para obras no Corinthians, segundo revelou o Ronaldo Fenômeno do alto de seu salário de R$ 1,1 milhão por mês.

Dunga, porém, não parece preocupado. Depois de detonar o Grêmio e, principalmente, o Inter, na Libertadores e na Copa do Brasil, respectivamente, foi festejado no tradicional evento do João Bosco Vaz, segunda-feira. Tapinhas nas costas, sorrisos, abraços. Ele se sentia em casa. Tão à vontade que cometeu essa declaração:

- O Grêmio chegou à semifinal da Libertadores e o Inter é vice da Copa do Brasil. São duas grandes campanhas, temos que olhar por esse lado.

Então, ficamos combinados que um segundo lugar da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010 está de bom tamanho.

Se deixar escapar o título de campeão serve para a dupla Gre-Nal, serve também para a Seleção do Dunga.

Será que serve também para o torcedor, para o patrão do Dunga, o Ricardo Teixeira?

Vice é bom, vamos festejar os vices. Temos que ver pelo lado positivo.

Começo a achar Lula e Dunga muito parecidos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A cerveja e o psicanalista

Boteco é saúde. Agora, está cientificamente provado que frequentar boteco faz bem, pelo menos enquanto a bebida for cerveja.

Quem nos dá esse salvo-conduto (é com hífen) é Joan Ramón Barbany, professor de Fisiologia do Exercício da Universidade de Barcelona. Segundo seu estudo, a cerveja é uma bebida eficaz pela alta presença de elementos antioxidantes, que ajudam a reduzir dores musculares e a fadiga.

O trabalho, intitulado "Idoneidade da cerveja na dieta equilibrada dos esportistas", foi apresentado em Alicante, Espanha, durante os Jogos Mundiais de Medicina e Saúde. Segundo Barbany, a cerveja tem alta presença de elementos antioxidantes, derivados de sua origem vegetal, que combatem o surgimento de radicais livres.

Então está explicado porque me sinto tão bem quando pratico Levantamento de Copo (esse esporte será olímpico um dia) durante horas a fio e depois, apesar de tanto esforço, me sinto pronto pra outra.

Nesses dias de frio, bebo mais vinho tinto. É porque, além de aquecer o corpo e a alma, faz bem para o coração.

Então, eu bebo (só) por uma questão de saúde.

Dia desses, o centroavante Fred, do Fluminense, teve que se defender de uma nota de um importante colunista do Rio, que o acusava de beber muita cerveja e de treinar pouco.

- Eu bebo minha cervejinha, mas nunca falto aos treinos -, disse o Fred, altivo.
Quer dizer, ele bebe, mas se garante.

É digno de frequentar o nosso boteco. Outro que será bem-vindo é o Adriano. Aliás, estou pensando em criar um brinde em homenagem ao Adriano. Será à base de cerveja, com frutas, muitas frutas.

O Lula não, ainda mais agora que ele indicou empreiteira amiga para ajudar o Curintia.

Vou criar uma confraria aqui. Na inauguração não poderá faltar esse espanhol, meu novo ídolo. A confraria pode até levar seu nome: Barbany.

Melhor que ele só o psicanalista de um amigo meu. Ele receitou ao meu amigo, que andava muito estressado, que tirasse uma noite na semana para sair sozinho à noite, sem hora pra chegar.

- A minha mulher não vai gostar disso -, ponderou o meu amigo, já pensando na bronca que levaria em casa.

O psicanalista respondeu:

- Mande ela falar comigo que eu explico.

É claro que a esposa do meu amigo foi lá. Ficou puta da cara, mas aceitou.

Isso foi há uns três anos. Meu amigo está curado, mas se finge de estressado para continuar nessa vida mansa. Solto na noite uma vez por semana. E, por orientação do psicanalista, é "obrigado" a deixar o celular em casa.

Gente boa o meu amigo. Pena que ele não frequente o nosso boteco.

Ah, com o que andam fazendo no Grêmio acho que também preciso consultar esse psicanalista. Gostei desse remédio.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Grêmio na final da Libertadores?

A direção do Cruzeiro acionou a CBF. Quer garantias para jogar em La Plata.

Quem pode garantir alguma coisa sobre esse vírus, que se alastra cada vez mais rapidamente?

Na verdade, o Cruzeiro gostaria mesmo é de jogar em outro lugar.

O zagueiro Anderson reflete o pensamento do grupo mineiro: “A gente corre risco de ir jogar lá e alguém voltar doente. E aí, como fica o segundo jogo? Vamos correr risco do momento em que chegarmos ao país, no aeroporto, no hotel... É preocupante”.

Pelo jeito, se o jogo sair realmente, o que já começo a duvidar, o Cruzeiro irá viajar no dia da decisão, quarta-feira, saindo do aeroporto direto para o estádio, talvez com um repouso no hotel. É uma alternativa para tentar driblar o vírus, que já matou mais de 60 argentinos.

Como a Argentina tem mais ou menos um terço da população brasileira, a conclusão é que, se fosse no Brasil, a gripe teria matado mais de 180 pessoas. Não é pouca coisa. A situação é mesmo muito grave.

O Gremista Patétito, colega do Correio do Povo, sugere que a Conmebol mantenha o jogo em La Plata. E se o Cruzeiro não quiser jogar, que indique o Grêmio para representar o Brasil na final da Libertadores.

Outra sugestão do GT: transfira o jogo para um local distante da Argentina, para impedir que os torcedores do Estudiantes viagem em grande número. O Estudiantes não vai aceitar. Então, a Conmebol indica o Grêmio ou o Nacional, eliminados na semifinal. A decisão pode ser no par ou ímpar ou em dois jogos, o que determinaria o adiamento do primeiro jogo da final.

É claro que ninguém pensa nessas coisas, só um gremista ainda atordoado pelo golpe sofrido. O título do tri da Libertadores no ano do centenário colorado foi só um sonho, um delírio.

Aqueles que, como eu, alertaram para os problemas do time e anteciparam que o título seria quase impossível (quase, porque no futebol tudo pode acontecer), foram chamados de pessimistas, mensageiros do apocalipse e secadores.

Faz parte.

PS: não duvido que a Conmebol adie a final da Libertadores até que a crise termine ou amenize. O problema é que pode demorar muito.

domingo, 5 de julho de 2009

Nilmar, Maxi e Herrera

Uma vitória é pouco para cicatrizar a ferida aberta com a perda do título da Copa do Brasil e a eliminação da Libertadores.

A dor ainda é grande, mas voltar ao Brasileiro vencendo - e bem - é um bálsamo.

O Grêmio com sua dupla de touros furiosos no ataque, aplicou 4 a 1 no Atlético Paranaense. O ataque de asma que fracassou contra o Cruzeiro, encontrou inspiração sabe-se lá onde, calibrou a pontaria, e marcou três gols em três oportunidades.

Um aproveitamento de 100%, algo inimaginável depois do que se viu nos jogos contra os mineiros. Bem, Alex Mineiro não estava em campo hoje. Aliás, estou curioso para ver como ele vai reagir - e a torcida - quando ele entrar no time de novo. E isso deve ser logo, porque Maxi Lopez e Herrera se esforçam para levar cartão amarelo, a maior parte sem necessidade.

Maxi Lopez cada vez me impressiona mais. É realmente um atacante perigoso. Ainda tem um problema de pontaria, mas está justificando sua contratação. O Herrera, menos, mas ele foi muito habilidoso em seu primeiro gol ontem, dando um corte no zagueiro.

Não gostei do time no segundo tempo. Gostei menos ainda de Paulo Autuori. Ele não conseguiu neutralizar a pressão do Atlético, que dominou o meio-campo. Suas alterações foram pífias. No final, Herrera ainda marcou, num dos raros lances de ataque do time na segunda etapa. Jogada iniciada por Maxi.

Agora, atacante mesmo é o Nilmar. Não precisa dar trombada em ninguém. Joga com técnica, inteligência e velocidade. Ontem, no gramado ruim do Náutico, marcou dois gols e sofreu um pênalti. Nilmar, como já escrevi, fez muita falta ao Inter na primeira partida contra o Corinthians.

Corintianos, agradeçam ao Dunga esse título da Copa do Brasil.

EM TEMPO

A torcida manifestou sua revolta com a direção. Sobrou mais para o Duda e o Cacalo, este por ter sido um dos avalistas da candidatura vencedora. Os torcedores revoltados esqueceram do Fábio Koff, o fiel da balança na eleição.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A bebida do presidente e meu novo ídolo: D'Alessandro

O mistério sobre o que havia na caneca do Jô Soares durou meses, anos. Um dia, ele esclareceu: chá ou água, dependia da noite.

Hoje, na coletiva em que Duda Kroeff confirmou Luís Onofre Meira como vice de futebol no lugar de André Krieger, que deixou o banco à deriva e caiu fora, os repórteres pareciam mais interessados em descobrir o havia no copo diante do presidente gremista.

Entre o discurso sonolento do Meira e o intrigante líquido que Duda bebericava, os setoristas ficaram, e com total razão, com a segunda hipótese.

Terminada a sessão lexotan, ou maracugina, o repórter aqui do CP, esperou a dupla sair e avançou sobre a mesa, atropelando os colegas assim como o Kléber atropelou a defesa do Grêmio.

- É todynho -, gritou o Carlos, identificando sua bebida favorita depois da coca cola e do ki suco de framboesa.

Pode um presidente anunciar um novo (velho) comandante do futebol depois de uma eliminação de Libertadores beber todynho (não seria nescauzinho?) numa coletiva?

O Duda tinha que estar bebendo olina com limão para ficar mais ácido e agressivo.

Dirigente de futebol na pior das hipóteses pode tomar café bem forte e sem açúcar durante uma entrevista. Em casa, até pode ser champanhe.

Não pode, antes de um jogo decisivo, entregar placa em homenagem ao adversário, como fez o presidente gremista. O Duda, sempre gentil e cavalheiro, não poderia ter entregue uma placa ao Zezé Perrela pela participação do Cruzeiro na Libertadores.

'Ah, eu fiz isso com todos os clubes", justificou.

Dias antes o Perrela denegriu (sem trocadilho) para todo o país a imagem de um patrimônio do Grêmio, o Maxi Lopez, no Mineirão. Depois, o Perrela ligou para o Piratini pedindo segurança para seu time, e para ele, o valentão do Mineirão.

Em troca, o dirigente recebeu uma placa do nobre Duda. O Grêmio não precisa de um diplomata, precisa de um comandante.

D'ALESSANDRO

Sou o mais o estilo belicoso do D'Alessandro. Achei que ele agiu bem ao tentar erguer o jogador do Corinthians. Exagerou um pouco e foi expulso, a meu ver injustamente, porque ele não agrediu o adversário. Depois, foi espalhafatoso ao chamar William para brigar como se fosse um guri no colégio. Torço para que ele não sofra punição grave.

Gostei mais ainda de suas entrevistas. Depois do jogo, disse que o bate-boca entre ele e William, que o provocou todo o tempo, fica restrito ao gramado. Ele deve ter ouvido 'argentino isso ou aquilo'. Fora os risinhos irônicos do zagueiro esperto. Gostei, porque coincide com o que penso. Ofensa de campo deve morrer ou ser resolvida ali, a não ser que ganhe outra dimensão.

Hoje, ele chamou a imprensa para dizer que se for punido pelo tribunal com pena grave será porque é argentino. Disse que não agrediu ninguém, e é fato. Enfim, não fugiu. D'Alessandro encarou.

Encarou, enfrentou o problema com coragem. Como fez o Grêmio contra o Cruzeiro. Foi um time valente, com atitude, que não leva desaforo pra casa e se impõe na bravura e na força, se não conseguir isso só com futebol.

Pena que essa direção seja exatamente o oposto. É uma direção que não tem a cara do Grêmio.

QUESTAO DE ORDEM

Aqui no boteco não servimos toddynho.

Já coloquei a placa.

sem surpresas

O Grêmio foi bravo como sempre. O Cruzeiro teve duas chances e marcou. Repetiu o Mineirao, praticamente. O Grêmio criou, mas nao fez. Wellington, um atacante médio, teve três chances, marcou três gols.

A eliminação começou com a renovação de Roth, ano passado.

André Krieger, o mentor intelectual do fracasso, anunciou que está fora. Que fique e conclua a sua obra ao lado do treinador que tanto queria.

O time do Grêmio honrou a camisa tricolor. Os dirigentes, pelo contrário, não honraram as tradições do Grêmio.

O sr Fábio Koff continua sem aparecer no vestiário. Já os seus eleitos estão aí, repetindo o período Flávio Obino.

Eu sei aonde isso vai parar, mas fico por aqui.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Deu a lógica

Mais previsível que o fracasso do Inter em reverter os 2 a 0 do Pacaembu, era o apoio do PT (aquele partido que iludiu grande parte da população e que cada vez mais se confunde com a velha Arena e com todos os partidos atuais, menos o PSol) ao Sarney.

Sim, porque depois que Lula se entregou à velha raposa (por falar em raposa...), era óbvio que o restante iria atrás.

O Inter teve o retorno de Nilmar, o Corinthians o de André Santos. Ambos ficaram de fora do primeiro jogo. Ambos são importantes. Ontem, o lateral foi decisivo. Nilmar melhorou o time e provou que no primeiro jogo a história seria diferente se ele jogasse. Um gol, ao menos, o Inter faria.

André Santos fez a jogada do primeiro gol e marcou o segundo. Pronto! Era o fim do Inter. O jogo estava liquidado. Mas o Inter foi bravo. Não se entregou, diferente do Lula diante do Sarney. Empatou o jogo. Faltavam 15 minutos quando D’Alessandro não conteve seu ímpeto de bad boy e foi expulso, caindo na provocação corintiana. Jogo paralisado. O ímpeto da reação colorada foi contido naquele momento. E o jogo ficou nos 2 a 2.

O Inter saiu de campo de cabeça erguida. Excelente a arbitragem do jovem mineiro. Nada a reclamar. Só fica o registro daquilo que escrevi antes do jogo: deu a lógica.

O Corinthians confirmou seu favoritismo. Era mesmo muito difícil reverter os 2 a 0 do primeiro jogo.

Se prevaleceu a lógica no Beira-Rio, tudo indica que se dará o mesmo no Olímpico. Minha previsão é de que o Grêmio cai até com mais facilidade que o Inter, que, a meu ver, tinha um pouco mais de potencial para reagir em razão de seu time de boa qualidade.

Já o Grêmio, só vai para a final contra o Estudiantes se contar com a ajuda dos deuses do futebol, porque se depender do time, da direção e do técnico, não há nenhuma chance.

Ah, mas e a torcida?

Bem, o Beira-Rio estava lotado, não estava?

EM TEMPO

É bom esse Lula. Antes do jogo ele disse que haveria empate. Em SP, ele também acertou.
Quem sabe ele larga a presidencia e vai ser cronista esportivo, ou cartomante?