Os gols que faltaram na Libertadores sobram no Brasileiro depois da eliminação. Até o Alex Mineiro, aquele que perdeu o gol mais feito que vi nos últimos tempos no Mineirão, acertou o pé e fez o seu. Depois, o Jonas, outro que tem um percentual baixo de aproveitamento, também marcou na primeira oportunidade que teve. Por fim, outro "reserva", Rafael Marques, completou: 3 a 0.
Primeira constatação: conforme escrevi há muito tempo, o Grêmio não tem um ataque titular. Tanto faz quem jogue. O único mais diferenciado é o Maxi Lopex. Por isso, não é muito certo dizer que o Grêmio jogou com seu ataque reserva. Até o Paulo Autuori, na entrevista pós-jogo, na qual não cansa de repetir "no futebol como na vida", admite que há indefinição sobre quem é titular do seu ataque.
O Grêmio fez uma partida de exceção contra o Corinthians, o festejado time do Mano Menezes. Ganhou com uma facilidade impressionante. Em dois lances na área do rival, fez dois gols. Isso foi decisivo na história do jogo. Depois, a expulsão do zagueiro corintiano.
Adilson foi o grande nome da partida. Ronaldo parou no Léo e no Rafael Marques. "Só conhecia o Ronaldo da TV e dos games", disse o Léo.
Agora, se o Grêmio teve méritos, é preciso reconhecer que o Corinthians sentiu a sequencia de jogos (teve um no meio da semana). Ronaldo mostrou que precisa mesmo intercalar partidas.
Outro que sentiu o ritmo de jogos e de decisões foi o Inter. É duro para os colorados admitirem isso. No programa Terceiro Tempo, da Guaíba, sexta-feira, eu disse que o time sentiria o desgaste após a viagem e o jogo no Equador. Quase fui linchado pelo Haroldo, que discursou sobre os salários milionários, que eles não podem alegar cansaço, etc.
É claro que os jogadores sentem. Não que isso justifique o mau momento colorado, mas é um componente importante.
O Inter largou na frente, num chute do Nilmar, favorecido pelo desvio do zagueiro. Depois, foi cedendo espaço ao Atlético. Taison voltou a jogar mal. Bolívar cometeu um pênalti idiota. O Inter chegou a ser apático, principalmente quando levou o terceiro gol. Tentou reagir no final depois do gol de Alecsandro, mas já era tarde. E quase levou o quarto gol do Atlético, que vinha de uma goleada por 4 a 1 diante do Grêmio. Mas o Brasileirão é assim mesmo, uma "caixinha de surpresas".
O Inter já não é mais líder do Brasileiro. Perdeu a Copa do Brasil e a Recopa. Tite cada vez mais a perigo. Com Muricy liberado, especialista em Brasileirão, o Inter já está perdendo tempo por não trocar de técnico.
Já Autuori começa a ajeitar o time.
É a velha balança do futebol gaúcho em plena semana Gre-Nal, onde tudo o que está bem pode ficar mal, e vice-versa, muito antes pelo contrário.
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Realmente, inexplicável como agora a bola entra, os atacantes fazem os gols que erravam quando estávamos na Libertadores. Seria uma questão psicológica? Fora que perdemos pelo menos três gols, com Perea, Souza (que gol perdido hein) e Maylson.
ResponderExcluirSobre o inter, não vi o jogo. Mas acho que o Tite está perdendo a mão. Não abre mão das ovelhinhas. Parece abatido com a sombra do Muricy.
No mais, estou preocupado com o Francisco, que sumiu. Ele e o Zé Tico & Teco.
Olá Ilgo. Assisti ao vivo e revi os melhores momentos. Legitimo jogo engana bobo. Vamos ver contra o Coritiba de René. Depois é a hora da onça beber. Melhores: Adilson e Victor; piores Tcheco e Túlio. Maylson pede passagem. Estava esperando os demais. Estou escrevendo demais...
ResponderExcluiro futebol é curioso.
ResponderExcluiro Francisco implica com o Tcheco.
Ele foi um dos melhores do time, aliás, ele está muito bem. não tem ninguém melhor hoje para essa função no time, Francisco.
Rafael, sobre o Tite, se ele ficar até sábado, ganha o Gre-Nal.
vale umas cevas no boteco