sábado, 23 de outubro de 2010

Ferreira Gullar, outro 'reaça'

Ferreira Gullar é comunista, foi preso durante os governos militares, não se tratando de nenhum “reacionário”, como adoram dizer alguns leninistas participantes do governo Lulla. Portanto é uma avaliação sobre o governo Lula e sua candidata Dilma, vinda de um comunista histórico.

Artigo publicado na Folha de SPaulo, dia 5 de setembro de 2010.

Vamos errar de novo?

Por Ferreira Gullar

FAZ MUITOS ANOS já que não pertenço a nenhum partido político, muito embora me preocupe todo o tempo com os problemas do país e, na medida do possível, procure contribuir para o entendimento do que ocorre. Em função disso, formulo opiniões sobre os políticos e os partidos, buscando sempre examinar os fatos com objetividade.

Minha história com o PT é indicativa desse esforço por ver as coisas objetivamente. Na época em que se discutia o nascimento desse novo partido, alguns companheiros do Partido Comunista opunham-se drasticamente à sua criação, enquanto eu argumentava a favor, por considerar positivo um novo partido de trabalhadores. Alegava eu que, se nós, comunas, não havíamos conseguido ganhar a adesão da classe operária, devíamos apoiar o novo partido que pretendia fazê-lo e, quem sabe, o conseguiria.

Lembro-me do entusiasmo de Mário Pedrosa por Lula, em quem via o renascer da luta proletária, paixão de sua juventude. Durante a campanha pela Frente Ampla, numa reunião no Teatro Casa Grande, pela primeira vez pude ver e ouvir Lula discursar.

Não gostei muito do tom raivoso do seu discurso e, especialmente, por ter acusado “essa gente de Ipanema” de dar força à ditadura militar, quando os organizadores daquela manifestação -como grande parte da intelectualidade que lutava contra o regime militar- ou moravam em Ipanema ou frequentavam sua praia e seus bares. Pouco depois, o torneiro mecânico do ABC passou a namorar uma jovem senhora da alta burguesia carioca.

Não foi isso, porém, que me fez mudar de opinião sobre o PT, mas o que veio depois: negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura -o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC. Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa.

Durante o governo FHC, a coisa se tornou ainda pior: Lula denunciou o Plano Real como uma mera jogada eleitoreira e orientou seu partido para votar contra todas as propostas que introduziam importantes mudanças na vida do país. Os petistas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao perderem no Congresso, entraram com uma ação no Supremo a fim de anulá-la. As privatizações foram satanizadas, inclusive a da Telefônica, graças à qual hoje todo cidadão brasileiro possui telefone. E tudo isso em nome de um esquerdismo vazio e ultrapassado, já que programa de governo o PT nunca teve.

Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio. Não obstante, para espanto meu e de muita gente, conquistou enorme popularidade e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.

No polo oposto da disputa está José Serra, homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada. Enquanto ele apresenta ao eleitor uma ampla lista de realizações indiscutivelmente importantes, no plano da educação, da saúde, da ampliação dos direitos do trabalhador e da cidadania, Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.

A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública. Foi Serra quem introduziu no Brasil o medicamento genérico; tornou amplo e efetivo o tratamento das pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, o que lhe valeu o reconhecimento internacional. Suas realizações, como prefeito e governador, são provas de indiscutível competência. E Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República? Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.

O povo nem sempre acerta. Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada -Jânio e Collor. O resultado foi desastroso. Acha que vale a pena correr de novo esse risco?

5 comentários:

  1. Basta a Dilma fazer o que fez no Ministério de Minas e Energia: NÃO DEIXAR O BRASIL TER DE FAZER O FAMIGERADO APAGÃO DIÁRIO.
    Imaginem se fosse o PT q tivesse fieto aquele absurdo, GASTARAM HORRORES DAS RESRVAS DO PAÍS para brincar de MOEDA FORTE.
    Enquanto isso RACIONAMENTO DE ENERGIA TODOS, TODOS TODOS OS DIAS.
    Imaginem se fosse o PT.
    Quanto a esse cidadão aí, sou muito mais CHICO BUARQUE DE HOLANDA (hehehe agora quebra todos teus discos de vinil do Chico, quebra, hahahah).

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  2. O apagão da dirma não existiu pelo visto.
    Acho que o continuismo não faz bem à democracia. Não quando se dá de forma exagerada.
    Mas o grenal promete hein. Acho que o inter vai entrar com tudo, time titular, arbitragem e adereços. Não acredito muito nessa estória de que o jogo não vale muito.
    Olha o bota aí. Não vi o jogo, mas ouvi muitas reclamações por parte do vitória.

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  3. Estes pobres de espírito que não sabem nada e pensam saber de tudo só me dão raiva e vontade de baixar o relho. São as buchas de canhão dos poderosos de plantão e pensam que estão agradando. Ficam os tempos todos repetindo as mesmas ladainhas que são passadas pelos marqueteiros. Ele não tem vida própria. São cordeirinhos do pastor Lulla.

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  4. QUE APAGÃO ZÉ MANÉ? ACHAS Q UM SIATUAÇÃO DE HORAS Não acontece nos EUA, CANDÁ e qualquer lugar do mundo MANÉ?
    APAGÃO FOI O DE VCS Q ERA DIÁRIO, DIÁRIO, COM HORA MARCADA Ô MANÉ.

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  5. baixaf o relho, tu que é o maior cagão da estória? hua hua hua
    P,S ACHO que queres eh baixar as calças

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