Obviedade 1: o Corinthians é favorito ao título da Copa do Brasil.
Obviedade 2: o Cruzeiro é favorito à classificação na Libertadores.
O resto fica por conta de um fato inquestionável: não existe jogo jogado.
E isso remete para frases originais e criativas como:
- não tá morto quem peleia.
- enquanto há vida há esperança.
- a esperança é a última que morre.
De minha parte, prevejo o futebol gaúcho enlutado a partir dos dois jogos que colocam Porto Alegre como capital do futebol brasileiro nesta semana de expectativas e de esperanças.
O Inter, com Nilmar, tem mais poder de fogo, mais perícia nas conclusões, o que faltou nos 2 a 0 em São Paulo. Tem, ainda, o fator local a seu favor. Mas o time não terá Sandro. E o Magrão, se jogar, estará descontado. Bolívar é dúvida por questões legais.
Do outro lado, o Corinthians. Um time que tem Ronaldo já começa como meio gol. Mais meio, e o Inter terá de fazer quatro gols. Será, sem dúvida, um grande jogo, talvez até melhor do que foi o de ida, emocionante, com os dois times criando situações de gol.
No Olímpico, vejo o Grêmio com ainda menos chances de atingir seu objetivo. O vestiário está agitado (Ruy reclamou e foi afastado), Jonas foi punido. E por aí vai.
Falta comando firme no clube. Falta também conhecimento de futebol.
Paulo Autuori não começa com Alex Mineiro. Agora, só agora, ele constatou que o jogador não vive bom momento. Deveria ter percebido isso antes do jogo no Mineirão.
O Grêmio com Herrera. E daí? Só aumenta a correria no ataque, a vontade de ganhar, que nem isso o Mineiro demonstra. Pelo contrário, parece que se esforçou para perder os gols no Mineirão. Quem depende de gols do Herrera e Maxi Lopez (este até é bom, mas não tem jogada pra ele), não pode mesmo ir longe numa Libertadores.
Joguei a toalha.
Já podem imaginar qual foi o meu voto na enquete aí no alto.
terça-feira, 30 de junho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Quando Koff irá ao vestiário?
O semestre está terminando. A Libertadores se aproxima do fim. E até agora nem sinal do presidente multicampeão no vestiário do Grêmio.
Ainda ressoa em meus ouvidos, principalmente no esquerdo, que é o de melhor funcionamento, as palavras do presidente campeão do mundo, Fábio Koff, durante o processo eleitoral, no qual contribuiu decisivamente para eleger a atual diretoria.
- Eu estarei presente no vestiário -, prometeu o presidente do Clube dos 13, através de emissoras de rádio, enquanto amealhava votos no pátio do Olímpico numa manhã de sábado a favor do então candidato Duda Kroeff.
Foram palavras sedutoras aquelas. Eu, particularmente, acreditei que Koff daria uma mãozinha no vestiário. Sua presença vencedora seria importante na campanha da Libertadores.
Imagino que Koff até atue nos bastidores, aconselhando e coisa e tal, mas é pouco, principalmente porque paira no ar uma promessa para ser cumprida.
A presença de Koff poderia melhorar o ambiente no vestiário. As coisas não andam bem por lá. Ruy foi flagrado corneteando o Autuori. O técnico pediu sua cabeça, sem trocadilho. Ruy, que agora pode ser chamado de 'bocão', porque falou demais, já foi embora.
Se Autuori e os dirigentes prestassem mais atenção, talvez ouvissem outros comentários desairosos nos bastidores.
Até agora, Paulo Autuori não justificou o tempo perdido à sua espera.
Um fracasso na quinta-feira, e será forçosa a renúncia de todos os que bancaram essa brincadeira de esperar 40 dias por um técnico em meio a uma Libertadores.
NOS ACRESCIMOS
E a recepção ao Dunga no Salgado Filho? Ele desfalcou Inter e Grêmio e ainda é festejado. Que me interessa a Copa das Confederações? Se o Inter tivesse Nilmar no primeiro jogo contra o Corinthians estaria hoje em melhores condições para brigar pelo título. O mesmo em relação a Victor, que fez falta no Mineirão.
Dunga pensa em ir ao Beira-Rio e ao Olímpico. Duvido. Se a dupla se der mal, pode sobrar pra ele.
Ainda ressoa em meus ouvidos, principalmente no esquerdo, que é o de melhor funcionamento, as palavras do presidente campeão do mundo, Fábio Koff, durante o processo eleitoral, no qual contribuiu decisivamente para eleger a atual diretoria.
- Eu estarei presente no vestiário -, prometeu o presidente do Clube dos 13, através de emissoras de rádio, enquanto amealhava votos no pátio do Olímpico numa manhã de sábado a favor do então candidato Duda Kroeff.
Foram palavras sedutoras aquelas. Eu, particularmente, acreditei que Koff daria uma mãozinha no vestiário. Sua presença vencedora seria importante na campanha da Libertadores.
Imagino que Koff até atue nos bastidores, aconselhando e coisa e tal, mas é pouco, principalmente porque paira no ar uma promessa para ser cumprida.
A presença de Koff poderia melhorar o ambiente no vestiário. As coisas não andam bem por lá. Ruy foi flagrado corneteando o Autuori. O técnico pediu sua cabeça, sem trocadilho. Ruy, que agora pode ser chamado de 'bocão', porque falou demais, já foi embora.
Se Autuori e os dirigentes prestassem mais atenção, talvez ouvissem outros comentários desairosos nos bastidores.
Até agora, Paulo Autuori não justificou o tempo perdido à sua espera.
Um fracasso na quinta-feira, e será forçosa a renúncia de todos os que bancaram essa brincadeira de esperar 40 dias por um técnico em meio a uma Libertadores.
NOS ACRESCIMOS
E a recepção ao Dunga no Salgado Filho? Ele desfalcou Inter e Grêmio e ainda é festejado. Que me interessa a Copa das Confederações? Se o Inter tivesse Nilmar no primeiro jogo contra o Corinthians estaria hoje em melhores condições para brigar pelo título. O mesmo em relação a Victor, que fez falta no Mineirão.
Dunga pensa em ir ao Beira-Rio e ao Olímpico. Duvido. Se a dupla se der mal, pode sobrar pra ele.
Muricy na moita e o 'sangre' gremista
Muricy, o ‘paladino da ética’ – ele me lembra outro, um barbudo – recebeu proposta do Palmeiras. Seu empresário, Márcio Rivellino, confirma. Mas Muricy pediu um tempo, está descansando em seu sítio. O vestal do futebol espera pelo Inter, que decide sua sorte, e a do Tite, na quarta-feira contra o Corinthians?
Frase do Rivellino:
- O futebol é muito dinâmico. O parecer dele hoje é de não pegar nenhum projeto. Na próxima semana, ele pode achar que já ficou muito tempo em casa e estar pronto para pegar outro projeto.
Entre pegar uma bronca em São Paulo, num clube em que a torcida derruba treinador, e trabalhar num local onde ele é amigo do rei e tem a admiração do reino, Muricy certamente vai ficar com a segunda opção.
Quase eliminado da Recopa e na iminência de dar adeus ao título da Copa do Brasil, Tite está na corda bamba. Não duvido que ele caia até se for campeão. Afinal, os colorados mal e mal o engolem. Não gostam dele. E com o Muricy, mestre em ganhar Brasileirão, dando sopa...
Muricy tá na moita. Só espiando.
SANGRE
Leio e ouço jogadores gremistas prometendo o sangre (Maxi Lopez) e a vida (Herrera) para ganhar do Cruzeiro.
- Temos que jogar à morte. Tem que se matar para conseguir a classificação -, diz o Herrera, uma frase que soa como música da primeira fase do Michael Jackson nos ouvidos da torcida.
Se eles só jogarem um futebol coerente com o que recebem de salário, já estará de bom tamanho. Porque aí farão os gols, aproveitando as oportunidades que surgem. Sem sangue, sem vida, sem loucuras. Só com futebol. Simples.
Frase do Rivellino:
- O futebol é muito dinâmico. O parecer dele hoje é de não pegar nenhum projeto. Na próxima semana, ele pode achar que já ficou muito tempo em casa e estar pronto para pegar outro projeto.
Entre pegar uma bronca em São Paulo, num clube em que a torcida derruba treinador, e trabalhar num local onde ele é amigo do rei e tem a admiração do reino, Muricy certamente vai ficar com a segunda opção.
Quase eliminado da Recopa e na iminência de dar adeus ao título da Copa do Brasil, Tite está na corda bamba. Não duvido que ele caia até se for campeão. Afinal, os colorados mal e mal o engolem. Não gostam dele. E com o Muricy, mestre em ganhar Brasileirão, dando sopa...
Muricy tá na moita. Só espiando.
SANGRE
Leio e ouço jogadores gremistas prometendo o sangre (Maxi Lopez) e a vida (Herrera) para ganhar do Cruzeiro.
- Temos que jogar à morte. Tem que se matar para conseguir a classificação -, diz o Herrera, uma frase que soa como música da primeira fase do Michael Jackson nos ouvidos da torcida.
Se eles só jogarem um futebol coerente com o que recebem de salário, já estará de bom tamanho. Porque aí farão os gols, aproveitando as oportunidades que surgem. Sem sangue, sem vida, sem loucuras. Só com futebol. Simples.
domingo, 28 de junho de 2009
A Seleção e as batatas podres
O melhor do trabalho de Dunga é que ele afastou as batatas podres, aquelas que contaminaram a seleção da dupla bonachona Zagallo/Parreira na última Copa.
A Seleção do Dunga, como ele frisou depois do jogo, é feita acima de tudo por homens. É por aí que se forja uma equipe vencedora. Todos precisam estar compromentidos com o objetivo comum. Quem não estiver, cai fora.
Méritos de Dunga, que, além de tudo, tem a sorte ao seu lado. Competência + sorte = vencedor.
Dia desses, li num site famoso, um texto de derramados elogios ao Maxi Lopez. No final, o autor simplesmente decretou que o argentino é melhor que o Luís Fabiano.
Fico com a frase do Dunga, ontem: atacante bom é o que faz gols.
Por falar em fazer gol, mais uma vez o Grêmio desperdiçou as chances (poucas) que criou e acabou batido pelo Sport. Antes de terminar o primeiro tempo, eu previa uma goleada do Sport, e até comentei isso no post anterior.
Time ruim quando cria chances e não faz, sempre acaba perdendo. Time ruim precisa aproveitar todas as suas chances. O Grêmio até me surpreendeu no segundo tempo. Foi melhor até a expulsão de Jonas. Essa de puxar a perna do zagueiro foi demais. Coisa de varzeano, com todo o respeito aos jogadores da várzea. É coisa de gente que não anda bem da cabeça. Aliás, tem mais gente assim no Olímpico.
E o Douglas Costa? Quanto mesmo que ele vale? Alguém acredita em proposta milionária por ele? Sou mais, muito mais, o Mailson. Pelo que ele jogou ontem vai entrar no time contra o Cruzeiro. Pode jogar até de lateral-direito.
Sobre o Autuori: ele está justificando o meu temor, manifestado aqui antes de sua contratação. Ontem, ele poderia ter colocado uns garotos no ataque, o Roberson e o Ricardo, mas preferiu morrer com os dois medalhões atrapalhados.
Por fim, o Inter. Uma grande vitória com seu time reserva. Bolanos desencantou. Não estava jogando nada, mas aí fez o primeiro gol e desabrochou. Bom para o Tite, que tem mais uma opção de qualidade no time.
A Seleção do Dunga, como ele frisou depois do jogo, é feita acima de tudo por homens. É por aí que se forja uma equipe vencedora. Todos precisam estar compromentidos com o objetivo comum. Quem não estiver, cai fora.
Méritos de Dunga, que, além de tudo, tem a sorte ao seu lado. Competência + sorte = vencedor.
Dia desses, li num site famoso, um texto de derramados elogios ao Maxi Lopez. No final, o autor simplesmente decretou que o argentino é melhor que o Luís Fabiano.
Fico com a frase do Dunga, ontem: atacante bom é o que faz gols.
Por falar em fazer gol, mais uma vez o Grêmio desperdiçou as chances (poucas) que criou e acabou batido pelo Sport. Antes de terminar o primeiro tempo, eu previa uma goleada do Sport, e até comentei isso no post anterior.
Time ruim quando cria chances e não faz, sempre acaba perdendo. Time ruim precisa aproveitar todas as suas chances. O Grêmio até me surpreendeu no segundo tempo. Foi melhor até a expulsão de Jonas. Essa de puxar a perna do zagueiro foi demais. Coisa de varzeano, com todo o respeito aos jogadores da várzea. É coisa de gente que não anda bem da cabeça. Aliás, tem mais gente assim no Olímpico.
E o Douglas Costa? Quanto mesmo que ele vale? Alguém acredita em proposta milionária por ele? Sou mais, muito mais, o Mailson. Pelo que ele jogou ontem vai entrar no time contra o Cruzeiro. Pode jogar até de lateral-direito.
Sobre o Autuori: ele está justificando o meu temor, manifestado aqui antes de sua contratação. Ontem, ele poderia ter colocado uns garotos no ataque, o Roberson e o Ricardo, mas preferiu morrer com os dois medalhões atrapalhados.
Por fim, o Inter. Uma grande vitória com seu time reserva. Bolanos desencantou. Não estava jogando nada, mas aí fez o primeiro gol e desabrochou. Bom para o Tite, que tem mais uma opção de qualidade no time.
sábado, 27 de junho de 2009
A noite em que eu sonhei com o Lula
Ontem à noite sonhei com o Lula. Acho que foi porque ele andou por aqui, Porto Alegre. Foi um sonho bom, o que é surpreendente, porque deveria ser um pesadelo.
Eu estava feliz no sonho. Feliz porque finalmente tinha conseguido dizer pessoalmente ao Lula o que eu penso dele e do seu partido. Tão feliz que só não acabei aderindo ao lulismo que se alastra como erva daninha, como o fogo no capim seco ou moto-serras na floresta amazônica, nosso maior patrimônio, porque fui acordado abruptamente.
Ouvi um ruído forte e, segundos depois, gritos de ladrão, ladrão. Saltei da cama, abri a janela. Dois ladrões haviam entrado na garagem do edificio e já sumiam na escuridão da madrugada.
Graças a eles eu não havia ‘lulado’ no sonho. Foi por pouco.
Ainda me lembro de alguma coisa que sonhei.
Eu estava num evento qualquer. O Lula sentado à cabeceira. Com ele, uns três ou quatro sujeitos. Um deles parecia o Tarso, mas fixei bem os olhos nele em determinado momento e vi que era outra pessoa.
Eu estava em pé, parecia que trabalhava, caminhando de um lugar para o outro. Nem olha para a cara do Lula, até aí tudo normal e coerente. Até que um dos sujeitos me perguntou porque eu não conversava com o Lula, não pedia para tirar foto ou pedia um autógrafo, como faziam todos, já que Lula estava ali tranqüilo, sem seguranças, afável, simpático, bonachão, bebericando uma cerveja.
Acho que ele seria um bom parceiro aqui do boteco, com certeza muito melhor do que presidente. Porque, como a gente, sabe em boteco se joga conversa fora, se salva a humanidade, e se diz muita bobagem. Então, tudo a ver.
Bem, aí eu respondi ao meu interlocutor o seguinte, a gênese do meu pensamento político:
- Eu sou brizolista. O PT sempre rejeitou qualquer aliança com o Brizola para apear do poder ‘as elite’...
O Lula sacudiu a cabeça para cima e para baixo, parecendo concordar comigo.
-... Não fosse o PT o Brizola teria chegado à presidência e hoje o Brasil seria um país muito melhor, não teria havido Fernando Henrique, por exemplo. Tudo porque o PT alegava que o Brizola era populista, que o povo não precisava do peixe, precisava aprender a pescar... E hoje o que faz o PT no poder, sob o comando do Lula? O que é o bolsa família, ou bolsa esmola? – discursei veemente, mirando meu interlocutor, enquanto o Lula me olhava com espanto.
Houve um silêncio rápido, e o Lula falou com a sua voz rouca, que as petistas acham sensual:
- O companheiro tem razão, mas eu sou um homem do partido. Foi uma decisão do partido...
Eu o interrompi:
- Não, o sr. é dono do PT, o chefão do PT, o grande líder. Sem o Sr. o PT, hoje, depois do mensalão, não é nada, ou quase nada. O Sr. poderia ter feito a aliança com o Brizola, mas não fez. O Sr. a única grande liderança do PT...
Foi aí que olhei para o cara ao lado do Lula, que eu pensava ser o Tarso Genro. Fosse o Tarso, ele não gostaria que eu dissesse isso. Afinal, ele se considera um grande lider petista, um possível candidato à presidência, até. Mas aí eu vi que não era o Tarso, era alguém que não conheço. Bem, os sonhos são assim mesmo.
Aí, o Lula me convidou para sentar. Conversamos e bebemos amistosamente. Já estava combinando uma peladinha do time dele, la´de Brasília (com o Zé Dirceu, o Delúbio, o Genoíno, o homem da cueca) , contra a turma da redação do CP. Confesso que já estava achando o Lula um cara legal.
Cheguei a pensar, no sonho, repito, que até poderia votar nele...
Foi aí que ouvi o barulho na rua e o grito de ‘pega ladrão’.
Acordei feliz e assustado. Feliz porque tinha dito o que eu pensava para o próprio Lula. E assustado porque, no sonho, eu também já estava me entregando pro Lula.
Ainda bem que sonho é sonho.
PS: qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência.
PRA NÃO DIZEREM QUE NÃO FALEI DE FUTEBOL
O Palmeiras entrou na briga por Muricy. Se o Tite cair, acho que o Inter deveria buscar o Celso Roth, tão elogiado pelos colorados, principalmente pelo meu amigo Juremir.
Eu estava feliz no sonho. Feliz porque finalmente tinha conseguido dizer pessoalmente ao Lula o que eu penso dele e do seu partido. Tão feliz que só não acabei aderindo ao lulismo que se alastra como erva daninha, como o fogo no capim seco ou moto-serras na floresta amazônica, nosso maior patrimônio, porque fui acordado abruptamente.
Ouvi um ruído forte e, segundos depois, gritos de ladrão, ladrão. Saltei da cama, abri a janela. Dois ladrões haviam entrado na garagem do edificio e já sumiam na escuridão da madrugada.
Graças a eles eu não havia ‘lulado’ no sonho. Foi por pouco.
Ainda me lembro de alguma coisa que sonhei.
Eu estava num evento qualquer. O Lula sentado à cabeceira. Com ele, uns três ou quatro sujeitos. Um deles parecia o Tarso, mas fixei bem os olhos nele em determinado momento e vi que era outra pessoa.
Eu estava em pé, parecia que trabalhava, caminhando de um lugar para o outro. Nem olha para a cara do Lula, até aí tudo normal e coerente. Até que um dos sujeitos me perguntou porque eu não conversava com o Lula, não pedia para tirar foto ou pedia um autógrafo, como faziam todos, já que Lula estava ali tranqüilo, sem seguranças, afável, simpático, bonachão, bebericando uma cerveja.
Acho que ele seria um bom parceiro aqui do boteco, com certeza muito melhor do que presidente. Porque, como a gente, sabe em boteco se joga conversa fora, se salva a humanidade, e se diz muita bobagem. Então, tudo a ver.
Bem, aí eu respondi ao meu interlocutor o seguinte, a gênese do meu pensamento político:
- Eu sou brizolista. O PT sempre rejeitou qualquer aliança com o Brizola para apear do poder ‘as elite’...
O Lula sacudiu a cabeça para cima e para baixo, parecendo concordar comigo.
-... Não fosse o PT o Brizola teria chegado à presidência e hoje o Brasil seria um país muito melhor, não teria havido Fernando Henrique, por exemplo. Tudo porque o PT alegava que o Brizola era populista, que o povo não precisava do peixe, precisava aprender a pescar... E hoje o que faz o PT no poder, sob o comando do Lula? O que é o bolsa família, ou bolsa esmola? – discursei veemente, mirando meu interlocutor, enquanto o Lula me olhava com espanto.
Houve um silêncio rápido, e o Lula falou com a sua voz rouca, que as petistas acham sensual:
- O companheiro tem razão, mas eu sou um homem do partido. Foi uma decisão do partido...
Eu o interrompi:
- Não, o sr. é dono do PT, o chefão do PT, o grande líder. Sem o Sr. o PT, hoje, depois do mensalão, não é nada, ou quase nada. O Sr. poderia ter feito a aliança com o Brizola, mas não fez. O Sr. a única grande liderança do PT...
Foi aí que olhei para o cara ao lado do Lula, que eu pensava ser o Tarso Genro. Fosse o Tarso, ele não gostaria que eu dissesse isso. Afinal, ele se considera um grande lider petista, um possível candidato à presidência, até. Mas aí eu vi que não era o Tarso, era alguém que não conheço. Bem, os sonhos são assim mesmo.
Aí, o Lula me convidou para sentar. Conversamos e bebemos amistosamente. Já estava combinando uma peladinha do time dele, la´de Brasília (com o Zé Dirceu, o Delúbio, o Genoíno, o homem da cueca) , contra a turma da redação do CP. Confesso que já estava achando o Lula um cara legal.
Cheguei a pensar, no sonho, repito, que até poderia votar nele...
Foi aí que ouvi o barulho na rua e o grito de ‘pega ladrão’.
Acordei feliz e assustado. Feliz porque tinha dito o que eu pensava para o próprio Lula. E assustado porque, no sonho, eu também já estava me entregando pro Lula.
Ainda bem que sonho é sonho.
PS: qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência.
PRA NÃO DIZEREM QUE NÃO FALEI DE FUTEBOL
O Palmeiras entrou na briga por Muricy. Se o Tite cair, acho que o Inter deveria buscar o Celso Roth, tão elogiado pelos colorados, principalmente pelo meu amigo Juremir.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Racismo, malandragem e indignação
Há muito tempo defendo que o bate-boca no jogo de futebol deve ficar restrito ao campo. Os jogadores estão de cabeça quente e dizem coisas que em outra situação não diriam.
Nas arquibancadas, acontece algo semelhante. As ofensas acontecem de tudo quanto é lado, dentro e fora de campo, é fogo cruzado.
Se até quando se joga um futebolzinho informal, entre colegas de trabalho e amigos, conflitos acontecem, imaginem num jogo profissional, onde rola prestígio e dinheiro.
É claro que manifestações racistas são deploráveis. Também é deplorável xingamentos como filho disso e filho daquilo, viado, corno, etc.
Quantas vezes Maxi, Guinazu, Herrera e D’Alessandro não ouviram dentro de campo "argentino isso ou aquilo".
E quando um jogador de time grande chama outro, de time pequeno, de ‘salário mínimo’?
Nem por isso o ofendido sai de campo direto para a delegacia. Fosse comigo, eu resolveria a situação ali mesmo, como acontece frequentemente nos jogos e quem está de fora não se dá conta. Sempre é possível pegar o ofensor na próxima jogada, ou mesmo dar-lhe uma porrada na hora, mas aí com o risco de ser punido pelo árbitro.
Quem ofende, muitas vezes quer apenas isso: irritar o rival para que começa um desatino e seja expulso.
Agora, se ao terminar o jogo, um atleta dizer alguma coisa de cunho racista, bem aí, é diferente. Não foi o que houve no Mineirão.
Aliás, é curioso que o supostamente ofendido Elicarlos não tenha denunciado Maxi Lopez no intervalo do jogo. Ele teve frieza para esperar até o final. Mas como se ele havia sido chamado de ‘macaco’, ou ‘macaquito’?
Ofensa, quando realmente existe e nos atinge, deve ser respondida na hora, o mais prontamente possível.
Ou então não é questão de ofensa, é de pura malandragem.
QUESTAO DE ORDEM
O técnico Paulo Autuori cresceu no meu conceito por seu posicionamento firme depois do jogo. Enfrentou a truculência policial e até recebeu voz de prisão na defesa de seu jogador. Autuori, normalmente um sujeito tranquilo, sereno até demais para o meu gosto, mostrou que tem capacidade de indignação. É essa indignação que faz alguém superar as dificuldades e reverter as situações adversas, como esta em que se encontra o Grêmio, e também o Inter. Ambos precisam reagir, se superar, para reverter a tendência de derrota na Libertadores e na Copa do Brasil. E aí só com muita indignação.
Nas arquibancadas, acontece algo semelhante. As ofensas acontecem de tudo quanto é lado, dentro e fora de campo, é fogo cruzado.
Se até quando se joga um futebolzinho informal, entre colegas de trabalho e amigos, conflitos acontecem, imaginem num jogo profissional, onde rola prestígio e dinheiro.
É claro que manifestações racistas são deploráveis. Também é deplorável xingamentos como filho disso e filho daquilo, viado, corno, etc.
Quantas vezes Maxi, Guinazu, Herrera e D’Alessandro não ouviram dentro de campo "argentino isso ou aquilo".
E quando um jogador de time grande chama outro, de time pequeno, de ‘salário mínimo’?
Nem por isso o ofendido sai de campo direto para a delegacia. Fosse comigo, eu resolveria a situação ali mesmo, como acontece frequentemente nos jogos e quem está de fora não se dá conta. Sempre é possível pegar o ofensor na próxima jogada, ou mesmo dar-lhe uma porrada na hora, mas aí com o risco de ser punido pelo árbitro.
Quem ofende, muitas vezes quer apenas isso: irritar o rival para que começa um desatino e seja expulso.
Agora, se ao terminar o jogo, um atleta dizer alguma coisa de cunho racista, bem aí, é diferente. Não foi o que houve no Mineirão.
Aliás, é curioso que o supostamente ofendido Elicarlos não tenha denunciado Maxi Lopez no intervalo do jogo. Ele teve frieza para esperar até o final. Mas como se ele havia sido chamado de ‘macaco’, ou ‘macaquito’?
Ofensa, quando realmente existe e nos atinge, deve ser respondida na hora, o mais prontamente possível.
Ou então não é questão de ofensa, é de pura malandragem.
QUESTAO DE ORDEM
O técnico Paulo Autuori cresceu no meu conceito por seu posicionamento firme depois do jogo. Enfrentou a truculência policial e até recebeu voz de prisão na defesa de seu jogador. Autuori, normalmente um sujeito tranquilo, sereno até demais para o meu gosto, mostrou que tem capacidade de indignação. É essa indignação que faz alguém superar as dificuldades e reverter as situações adversas, como esta em que se encontra o Grêmio, e também o Inter. Ambos precisam reagir, se superar, para reverter a tendência de derrota na Libertadores e na Copa do Brasil. E aí só com muita indignação.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Quem não faz, leva. parte 2
Depois dos gols perdidos no primeiro tempo, o Grêmio começou o segundo tempo levando de saída mais um gol. Logo em seguida, o terceiro.
A vaca se encaminhava placidamente para o brejo quando o juiz sentiu uma lesão. Parou o jogo. Na volta, Souza bateu falta e descontou.
Será difícil reverter os 3 a 1. Até não seria coisa do outro mundo se o Grêmio tivesse atacantes goleadores, matadores.
Há muito tempo venho repetindo que o time não tem um matador. Maxi provou que é o melhor dos atacantes que estão no Olímpico, mas não é exatamente um matador.
A primeira providência, agora, é dispensar o Alex Mineiro, que ganha uns 150 mil para perder gol e dar tapinha na bola. Nem raça ele tem.
Sobre o Autuori: para que mesmo ele foi contratado?
A vaca se encaminhava placidamente para o brejo quando o juiz sentiu uma lesão. Parou o jogo. Na volta, Souza bateu falta e descontou.
Será difícil reverter os 3 a 1. Até não seria coisa do outro mundo se o Grêmio tivesse atacantes goleadores, matadores.
Há muito tempo venho repetindo que o time não tem um matador. Maxi provou que é o melhor dos atacantes que estão no Olímpico, mas não é exatamente um matador.
A primeira providência, agora, é dispensar o Alex Mineiro, que ganha uns 150 mil para perder gol e dar tapinha na bola. Nem raça ele tem.
Sobre o Autuori: para que mesmo ele foi contratado?
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