sábado, 23 de maio de 2009

Futebol, o oásis da moralidade

Todos nós sabemos que não existe maracutaia no futebol. Essa história de caixa 2, propina por baixo do pano, grana por fora (o PF), corrupção, gente que se vende por alguns dinheiros, falta de ético e decoro. Tudo isso nós encontramos só na política, onde dólares viajam em malas, cuecas e mochilas.

O futebol é, sem dúvida, o último reduto dos honestos e dos vestais. O futebol me lembra aquela imagem de pureza e integridade que um determinado partido construiu durante décadas e destruiu em poucos meses de poder.

Quando falo em futebol, me refiro ao futebol brasileiro, claro.

Em outros países, essas coisas que estamos acostumados a ver na política acontecem amiúde (sempre tive vontade de usar esta palavrinha). Lembram daquele estouro na Itália. Grandes clubes foram punidos. Alguém pode imaginar isso acontecendo aqui?

Agora, em outros locais é até comum a maracutaia. Por exemplo, no Quirguistão, capital Bichkek, um jogador que defendia bravamente e com profundo amor estimulado por salário de milhares de dólares um grande clube local, o Kolorachek, em determinado momento, talvez de tédio, intermediou a vinda de um colega para outro clube, um que um dia, muito distante, já teve a camisa mais bonita do planeta, e que hoje de vez em quando aparece com fardamento extravagante.

Sempre muito generoso com os amigos, certa vez levou um deles para trabalhar como técnico no Turcomenistão. O colega arrumou o emprego. No dia em que pegou seu primeiro contracheque, apareceu lá um desconto inesperado. Era uma comissãozinha básica para o amigão desinteressado. O treinador esse até hoje guarda os contracheques como recordação. Dizem que até emoldurou um deles e o colocou na parede. Gosta de mostrá-lo para as visitas.

No Brasil, esse tipo de coisa não acontece. As pessoas que gravitam em torno do futebol, que, como disse o Paulo Autuori, tem como protagonistas apenas os jogadores e os torcedores, são todas muito íntegras.

É possível que algum dia a gente descubra que não é bem assim. Pode ser. Nós acreditávamos que o Rio grande Sul era a terra dos políticos honestos e incorruptíveis. Se o partido lá para cima se mostra corrupto, o mesmo partido aqui é íntegro. Engano do Ledo.

Alguém pode lembrar de alguns casos obscuros no futebol. Eu mesmo recordo de alguns, mas não vale a pena registrar agora, neste momento em que manifesto com sinceridade igual a de político em campanha eleitoral ou de político depondo em CPI, meu voto de total confiança nos propósitos de todos os que trabalham no futebol brasileiro, um segmento que movimenta em torno de 2 bilhões de dólares por ano.

Mas, apesar disso, torço para que um dia o Ministério Público e a Polícia Federal apurem se realmente eu estou certo, que o futebol brasileiro é um oásis de moralidade neste país.
Enquanto isso, manifesto minha fé nos dirigentes, nos treinadores, nos empresários, nos jogadores e nos árbitros. Ah, e na imprensa.

No mais, é pura paranóia suspeitar que um juiz possa ser engavetado, um jogador entregar partida porque seu empresário tem determinado interesse, um treinador ter parceria com empresário para fazer negócio com jogador, um treinador convocar jogador com objetivo de promovê-lo e ganhar algum, um dirigente receber comissão na compra e ou venda de jogador, resultados arranjados, etc.

Só pode ser paranóia. Esse tipo de coisa só acontece em outros países. No Quirguistão, por exemplo.

8 comentários:

  1. Pô Ilgo; kkkkk esta foi legal. Bom fim de semana. E ai Rafael; pronto para Mônaco? Lewis Hamilton não está segurando o rojão.

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  2. Pôxa vida, QUASE q o ubinho consegue a pole, quassseeee, foi por pouco. Sacanagem da equipe com ele, claor. Aliás, foi a 17ª vez q fizeram saanagem com o Rubinho e isso só em Mônaco, hein? Sem levar em conta os outros trocentos GPs.
    HEHEHEHE!

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  3. Ilgo... tu e o Hiltor gostam dos países "...istão", né? Pelo jeito o Usbequistão e o Quirguistão guardam muitas semelhanças no futebol. É por coisas assim que penso que nossos políticos combinam tanto com nós mesmos: estamos MUITO BEM REPRESENTADOS. Abraço e bom final de semana!

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  4. é muito jogo war. a gente fica conhecendo os '...istao' da vida.
    tem cada historia...

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  5. Agora, falando sério: futebol tem um pouco de destino também, né? De que outra maneira se explica uma seqüência de vitórias como a do Inter até aqui? Desde que começou a enfrentar adversários qualificados, o time vem acumulando vitórias graças à sorte. Só pode ser sorte e destino! Espero que isso dure este ano todo mais o ano que vem... no minimo!

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  6. É, e o "destino" da "sorte' do Inter, tem nome: Fernando Carvalho.
    Assim como o da "sorte" do Grêmio teve Fábio Koff.
    Ou tu achas q o José Asmuz, por exemplo, já não teria vendido o D'Alessandro pq tem o Andrézinho; o Magrão, porque tem o Sandro e aí por diante? Imagina se ele não teria vendido o Nilmar na primeira migalha de oferta que tivesse.
    Faltou criatividade foi p dar um nome ao time da Azenha, já q sobrou pra falar em KOLORAD....

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  7. Opa! Olha eu aqui!
    Não sei que coisa fizeram contra o ubinho. Se alguém se dispor a explicar, agradeceria. Ouvi em algum lugar que o carro dele é mais pesado que o do Button. Será verdade?
    Francisco, em um GP como Mônaco, sem pontos de ultrapassagem, o ubinho sair em terceiro não vai dar resultado. Se saindo na frente do Button ele já perde, imagina atrás, em Mônaco. Esse ano já tem campeão anunciado.
    Esquilo, o Asmuz não venderia se a situação do clube fosse essa. O próprio fernando carvalho vendeu o diogo rincón por migalhas, e ainda aceitou receber apenas a metade. Em época de vacas magras, as vezes o clube tem que ficar com a proposta que vier. O luxo de esperar a melhor proposta é de poucos. E é um risco. Veja o sp, a 5 meses o hernanes era super valorizado, agora, com atuações ruins, caiu muito seu valor no mercado.

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  8. HAHAHAH, GREMISTAÇO, HEIN? O ASMUZ VENDERIA ATÉ AA MÃE DELE.
    O cara vendeu o Falcão (PRECISAVA VENDER MAIS ALGUÉM?, POIS VENDEU. VENDEU TODO MUNDO Q JOGAVA ALGUMA COISA). Bah,^defender o Asmuz eh ser gremista doidão, seria o mesmo q eu quisesse defender o Obino.
    Quando ao Diogo Rincon, GRAÇAS A DEUS QUE VENDEU.

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