sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Boca cresce. Renasce o sonho da vendetta


É só a Libertadores entrar na fase quente que o Boca Juniors começa a mostrar a sua força. O time inicia assim como quem não quer nada, meio preguiçoso, jogando o suficiente para garantir classificação. Quando chega no mata-mata, o Boca se agiganta e mete medo.

Ontem, empatou com o Defensor, no Uruguai, por 2 a 2. Esteve na frente duas vezes, e cedeu o empate. Quando Palermo fez o primeiro gol, um golaço, o Chico Izidro ficou estático em sua cadeira, diante da TV de 42 polegadas, que ele controla como se fosse sua. Chico torcia furiosamente, mas em silêncio, pelo Defensor.

Diferente de alguns gremistas, Chico dispensa a vingança pela humilhação sofrida na final da Libertadores de 2007, aquela que o festejado e idolatrado ‘salve-salve’ Mano Menezes ajudou a perder quando achou que Riquelme dispensava marcação individual.

Ontem, sem Riquelme, diga-se, o Boca mereceu vencer. Mas sua zaga vacilou e o time sofreu dois gols. Mesmo assim, foi um ótimo resultado. Tem ampla vantagem no jogo da volta, na Bombonera. Vai pegar, pelo jeito, o Estudiantes na semifinal. Acho que passa, se tiver o Riquelme, que anda lesionado. Assim, já antevejo o Boca na decisão.

Já o Grêmio precisa passar pelo Caracas para começar a sonhar com a final. Pelo que vi do time venezuela, não será fácil, mas o Grêmio tem um bom time, faz uma campanha espetacular e deve seguir em frente.

Bem, aí é que o caldo engrossa. Numa projeção feita entre os gremistas da redação, restou o consenso: melhor é pegar o São Paulo. O Grêmio dá mais sorte com o São Paulo. Em 1981, calou o Morumbi lotado e foi campeão brasileiro. O SP tinha mais da metade da seleção brasileira da época.

Contra o Cruzeiro, em especial no Mineirão, o time costuma se dar mal. Aliás, o Cruzeiro não perde há oito meses no Mineirão. Melhor, então, que seja eliminado. Passando o SP, provavelmente a final de 2007 se repetirá.

Os gremistas que querem a vendetta esfregam as mãos, mas, como não são loucos, apenas torcem para que Riquelme não volte tão cedo ou, se voltar, que volte a sofrer uma lesãozinha, coisa pouca, o suficiente para que não jogue na fase final.

Ganhar do Boca com Riquelme tem mais sabor, mas não se pode correr o risco de Paulo Autuori imitar Mano Menezes e deixar o Riquelme livre outra vez. Por isso, o melhor é torcer para que ele não jogue.

Mas que seria bom ser campeão em cima do Boca com Riquelme, ah, seria.

Afinal, ser campeão da Libertadores sem superar o Boca não tem muita graça. Não é mesmo?

NOS ACRÉSCIMOS

Sugestão: se acontecer isso que está se desenhando, o Autuori poderia consultar o Renato Portaluppi, que é o único técnico brasileiro que conseguiu, até hoje, eliminar o Boca Jrs. da Libertadores.

Falsa discussão: mal-intencionados de um lado e ingênuos de outros debatem se o Grêmio vai mudar o esquema para dois zagueiros. Se o time está bem, invicto, não há sentido em mudar agora quando faltam quatro jogos para ir à final.

6 comentários:

  1. Só para acrescentar, saiu a repercussão do jogo nos jornais argentinos, vejam:
    http://www.clicrbs.com.br/esportes/rs/noticias/futebol,2511282,Imprensa-argentina-destaca-que-Boca-tem-problemas-cronicos.html

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  2. Para vencer o Boca basta atacar e marcar algumas peças como o Riquelme. Entrar se defendendo e marcando por zona não resolve. Basta uma escapada e a bola entra. Estando 3 ou 4 na frente não se retira atacante para colocar volante e sim procura o 5° ou 6° gol. Este é o melhor remédio. Permitir que jogadores como Douglas, Souza e Mithyuê partam sobre os adversários vencendo-os abrindo os espaços e caminhos para o gol. Atualmente é proibido isso no Olímpico. Para Pelaipe e Cacalo o Roth e seu esquema defensivo é a “CARA DO GRÊMIO” deles... Vai penar o Autuori para mudar a filosofia implantada. No primeiro empate ou derrota vão chamar de faceirinho... Francisco Coelho

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  3. Olá Ilgo; segundo o globo.com o Diogo que já não consta mais no site do Grêmio acertou com o Flu do Quico (Kiko) Parreira. Menos um na folha. Makelele, Léo, Ruy, Orteman, Reinaldo e Tcheco poderiam seguir o mesmo caminho. Não resisti à provocação. KKKK Creio que o Parreira antes dos jogos come farinha pois passa os 90 minutos cuspindo algo.

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  4. Ué, o Portaluppi era técnico do Santos dos anos 1960???? HEHEHEHE

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  5. Presidente Juan Carlos15 de maio de 2009 às 20:38

    Pôxa vida, me rebaixarama presidente, eu que já fui REI, hehehhe

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