domingo, 12 de abril de 2009

Divagações pascoalinas

Há umas duas semanas escrevi que o Grêmio estava tentando repatriar Rafael Carioca. Em primeiro lugar, é uma confissão de erro da diretoria por ter vendido o jogador. Precisava tanto de dinheiro?

Ouvi na ocasiãodois conselheiros próximos da diretoria justificando a venda pelo fato de Rafael Carioca não fazer gols (dias antes o garoto havia perdido um gol feito) e não cometer muitas faltas. Queriam, como o ‘indesejado’ admitiu publicamente, um volante volantão, que sai na porrada, mata a jogada.

Ponderei: sim, vocês gostam daquele volantão que seguidamente deixa o time na mão porque é expulso, principalmente em jogos decisivos.

Rafael se foi. Talvez volte. Reconsiderar é um gesto de grandeza, insistir no erro é pura burrice. Mas parece difícil que Rafael Carioca volte. Só espero que alguém não se lembre do Nunes.

Agora, o time precisa urgentemente de um bom volante. O colega Nildo Júnior lembrou do Rodrigo Souto. Então, fui conferir o volante do Santos contra o Palmeiras. O cara é muito bom. O problema é tirá-lo do Santos, que ontem bateu o Palmeiras num grande jogo. Foi melhor e mereceu a vitória. O Palmeiras sentiu o peso de ter jogado dias antes pela Libertadores, o que é natural. Vamos ver como reage o São Paulo hoje contra o Corinthians. Lá os grandes não desprezam o regional, mesmo que possa custar caro.

Mas tem muita gente boa por aí. Por exemplo, o Renan, do Juventude. É muito melhor que o Diogo (toc-toc-toc), e sai barato. É possível que também o Caxias tenha um volante bom, não prestei muita atenção no time armado por Argel.

Confiram hoje Inter x Ulbra. Nem percam tempo secando, porque o Inter tem muito mais time, está com moral, torcida a favor. Enfim, vence a Ulbra e segue rumo ao título do Gauchão, com toda a justiça. Mas confiram o meia Léo Dias, um articulador de qualidade, força e velocidade. Jogou muito tempo no Atlético Mineiro, está com 28 anos.

Sobre o treinador:

É preciso muito cuidado ao contratar. Essa direção gremista é perigosa, já mostrou isso ao manter Celso Roth. Técnico não se contrata por impulso, assim como se compra um par de tênis. Tampouco pelo seu momento, que pode induzir a erro.

Escrevo isso pensando no Ney Franco. Depois da goleada de 4 a 0 sobre o Vasco, seu nome pode crescer entre os mais distraídos. Técnico se contrata pela trajetória, pelo modo como trabalha, sua proposta de jogo. Ele até pode ser um grande técnico, não sei. Ney Franco só não pode ser contratado em função da goleada sobre esse Vasco mambembe.

Mas acho que vem mesmo é o Paulo Autuori, a melhor pedida no momento. Depois do Felipão, claro.

Boa Páscoa a todos.

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